O Metalúrgico #452

02 de fevereiro de 2017

Índice:

-Enquanto a Usiminas lucra fruto do trabalho dos metalúrgicos, os salários estão cada vez mais arrochados;
-Mais uma derrota da Usiminas no Plano de Saúde;
-As condições de trabalho dentro da usina estão de mal a pior;
-Mais risco de acidentes na Enesa;
-Zé Protesto;



Enquanto a Usiminas lucra fruto do trabalho dos metalúrgicos, os salários estão cada vez mais arrochados

E no mês de janeiro, o abono mal entrou e já saiu da conta com desconto do imposto de renda

A Usiminas tem imposto cada vez mais o arrocho salarial, começando por pagar apenas as perdas acumuladas medidas pelo INPC e a partir de 2015, a direção da usina até calote nas perdas já acumuladas começou a dar.

Demitiu milhares no início do ano passado, abocanhou o reajuste que foi obrigada pelo Judiciário a pagar e impôs um reajuste para 2015/2016 que está longe das perdas acumuladas em nossos salários.

E no mês passado mais uma vez os trabalhadores sentiram na pele o significa o abono: no dia 10 de janeiro foi depositado a segunda parcela do abono referente a Campanha Salarial, mas o que adiantou depositar? Entrou e já saiu, pois o imposto de renda abocanhou boa parte do valor.

E o pior: o abono não tem nada ver com aumento salarial, ele entra e já saí da conta e não é incorporado aos salários, não entra no 13º, nas férias, não conta para os cálculos da aposentadoria.

Enquanto esmagava os salários dos trabalhadores, os lucros dos acionistas só aumentavam: aumentando ainda mais o trabalho de quem ficou na usina, piorando as condições de trabalho e abocanhando os salários, a direção da Usiminas mais do que manter, ampliou seus lucros.

E para enfrentar isso é preciso dizer não ao arrocho nos salários e participar da Campanha Salarial

Vamos iniciar a organização da nossa Campanha Salarial é o momento de ampliar a mobilização dentro da usina exigindo o que foi arrancando dos nossos salários, o devido aumento salarial e a ampliação dos direitos.



Mais uma derrota da Usiminas no Plano de Saúde

Direção da Usiminas tentou novamente o golpe no plano de saúde dos aposentados, mas não conseguiu. Judiciário manteve a decisão que proíbe a Usiminas de mudar o plano de saúde

A Usiminas no desespero de atacar o plano de saúde do conjunto dos trabalhadores, avançou contra os aposentados no final do ano passado tentando obrigar a mudança de plano o que significaria um aumento de 100% nas mensalidades.

Mas a mobilização e as ações judiciais organizadas pelo Sindicato impediram o golpe da Usiminas.

A Usiminas entrou com recurso contra a decisão de primeira instância e novamente perdeu, o Judiciário em São Paulo manteve a decisão de Cubatão, ou seja, A USIMINAS NÃO PODE ACABAR COM O COSAÚDE E NEM OBRIGAR OS APOSENTADOS A MUDAR DE PLANO.

Essa é uma vitória do conjunto dos metalúrgicos, pois o que quer a Usiminas é piorar o plano de saúde dos aposentados e também de quem está na usina. A mobilização organizada pelo Sindicato junto com os aposentados, mostra que é lutando que garantimos nossos direitos.



As condições de trabalho dentro da usina estão de mal a pior

E são vários os exemplos que mostram as condições precárias de trabalho que colocam em risco a saúde e vida dos trabalhadores:

- No restaurante do LTQ 2, o excesso de gordura na cozinha e outros espaços do restaurante está impregnado por todos os lados e os insetos invadiram geral o local, Ou seja, precisa ter limpeza e dedetização, mas o que faz a direção da usina? Nada, porque não são os acionistas que comem lá. E não adianta ir fazer fiscalização junto com quem responde pela Sapore, esconder tudo para tirar foto montada e depois dizer que não tem problema.

- No vestiário do pátio de placas, o calor maltrata os trabalhadores que até hoje esperam os ventiladores que prometeram instalar e até agora nada. Além disso, partes do forro estão quase caindo na região dos chuveiros. O tal do Siasso é aberto e os responsáveis são avisados, mas resolver que é bom nada.

- Enquanto tetos, pontes rolantes e equipamentos estão caindo aos pedaços, a direção da usina se preocupa com o “púlpito” para colocar a chefia e aumentar ainda mais a pressão contra trabalhadores:
é essa a ideia mirabolante do diretor de manutenção, o tal argentino. Ele quer fazer reformas enormes nas passagens e no púlpito de controle do LTQ2, com granito preto e vidro em tudo. A ideia dele é colocar o gerente geral deste setor numa sala em cima do púlpito para controlar e pressionar ainda mais a produção e deixar um caminho enfeitado para receber as visitas de clientes e fornecedores. Enquanto isso, telhados continuam quase caindo, equipamentos dando problema sem ter peça de reposição, pontes rolantes sem ar-condicionado, acúmulo de funções e tantos outros problemas para os trabalhadores.

- Rouba a ideia dos trabalhadores e não garante segurança, isso é a Amoi: os trabalhadores na Amoi criaram diversos dispositivos que ajudam a prevenir acidentes envolvendo as mãos, mas o que faz a direção da empresa? Faz propaganda no tal projeto “Mãos seguras”, mas não fornece os dispositivos para o trabalho. Ou seja, rouba a ideia, mas segue expondo os trabalhadores à risco de acidente.

- Calote nas horas extras: novamente na manutenção do LTF, a Usiminas deu calote no pagamento nas horas extras. Já é o terceiro mês consecutivo que isso acontece, os coordenadores só cobram mais produção e não encaminham o devido pagamento das horas extras. É a mesma turminha que na Campanha Salarial dizia que estava lá para defender os trabalhadores, mas a cada dia a máscara desses chefetes cai. Esses chefetes também têm a cara de pau de chamar de emergência os trabalhadores dizendo para virem de carro próprio.

O Sindicato já exigiu o pagamento das horas extras e se a situação não for resolvida nesse mês, vamos encaminhar a devida ação judicial.



Mais risco de acidentes na Enesa

1-Os trabalhadores na Enesa foram obrigados no dia 27/01 a puxarem cabos elétricos em cima de uma JLG, na área próxima a antiga FOX, durante uma forte chuva cheia de raios.

2-Os cabos guias que ficam nas vigas de rolamento das pontes-rolantes deveriam servir para conectar o cinto de segurança do trabalhador da manutenção e da operação evitar uma possível queda durante a manutenção. Mas a Usiminas não dá nenhuma garantia de segurança desses cabos. Ninguém nunca viu um cabo desse sendo testado ou trocado na área, o que deveria acontecer regularmente.

Nunca é demais lembrar que em 2014, o companheiro Paulo Moura Dias, trabalhador na Delta, foi morto pelas péssimas condições de trabalho ao cair de uma plataforma no antigo PCI.



Zé Protesto

- “Zé, o gerente da Usiminas no porto só saber tirar o couro dos trabalhadores tanto na Usiminas como na Ormec. É pressão e mais pressão pra carregar/descarregar navios sem ter as mínimas condições e até EPIs e uniformes faltam.”
- Isso e a chefia da Usiminas, berram, pressionam os trabalhadores, tudo para ficar numa boa com a direção da usina. Se toca gerente, pare de pressionar e vá dar conta do EPI e do uniforme que até agora nada de aparecer.
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-Zé, os ramais telefônicos do RH na Usina de Cubatão (3362 2612 ou 3362 3500) mais parecem um canal fantasma, pois você liga e ninguém atende e quando atende o que se escuta ninguém entende.”
- A direção da Usiminas sabe que tem tanto problema dentro das áreas provocado por ela mesma que tenta fugir. Coloca o telefone só pra inglês ver não é pra funcionar. “

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