O Metalúrgico #455

17 de fevereiro de 2017

Índice:

-Denúncias feitas pelo Sindicato fazem Usiminas se mexer;
-Depois da denúncia do calote, as horas extras foram pagas;
-Chefia avança carro contra companheiros do Sindicato durante panfletagem na portaria ;
-Mais denúncias sobre as péssimas condições de trabalho;
-Zé Protesto;
-Enquanto a Usiminas faz campeonato, essa é a situação nas áreas;
-Amoi continua tentando dar calote nos salários;



Denúncias feitas pelo Sindicato fazem Usiminas se mexer

A direção da Usiminas tenta de tudo para arrancar os direitos e piorar as condições de trabalho e para combater isso o caminho, além das denúncias que estamos fazendo, é ampliar a mobilização, pois é lutando que barramos os ataques do patrão.

Depois da denúncia que o Sindicato fez sobre a situação terrível no restaurante do LTQ2 que não tem as mínimas condições de higiene, com gordura e insetos espalhados por todos os lados, a Usiminas, na última sexta-feira, dia 10, fechou o restaurante por 24h para a limpeza de todo o espaço, tanto dispensas, cozinhas e refeitório.


Mas a mistura da refeição continua uma mixaria

Como já denunciamos em outros Jornais do Sindicato, a Usiminas quer se dar bem até na refeição dos trabalhadores que produzem todo o lucro da empresa. Basta ver a mistura das refeições que continua uma mixaria. Com certeza essa não é a mesma refeição dos acionistas da empresa. 



Depois da denúncia do calote, as horas extras foram pagas

O Sindicato denunciou o calote da Usiminas nas horas extras da equipe de manutenção da laminação a frio e foi fruto da denúncia e da pressão do Sindicato que garantimos o pagamento das horas extras no dia 07 de fevereiro.



Chefia avança carro contra companheiros do Sindicato durante panfletagem na portaria 

A direção da Usiminas, vê que a cada dia as denúncias contra o desrespeito aos direitos e sobre a pressão das chefias aumentam.  

E mais um exemplo da conivência da direção da usina com os chefetes que pressionam e desrespeitam os trabalhadores aconteceu na semana passada durante a panfletagem do Jornal do Sindicato na portaria.


VEJA O QUE ACONTECEU

Na última quinta-feira, durante a panfletagem do Jornal, ocorreu um fato provocado por um dos chefes da usina que poderia ter consequências gravíssimas.

Um chefete da manutenção mecânica, da gerência do LTF, jogou o carro que dirigia para cima de um dos companheiros que entregava o Jornal do Sindicato o que quase provocou um atropelamento. Esse é um dos chefes que diariamente persegue os trabalhadores na área. A direção da usina sabe disso e é conivente. 


AS CÂMERAS DA USINA SÓ SERVEM PRA PRESSIONAR TRABALHADORES 

Depois que exigimos a gravação das câmeras de segurança, a direção da usina veio com a conversa fiada de que não é possível identificar o motorista nas filmagens. Mentira. O que eles querem é proteger o chefe. Agora as câmeras não funcionam? Ou só funcionam na hora das mobilizações nas portarias?  

Não vão nos calar, as denúncias, a panfletagem e a mobilização vão se ampliar. E já registramos Boletim de Ocorrência sobre o que aconteceu na portaria da usina.  

Não vamos admitir nenhuma tentativa de impedir nossa ação ou de agressão contra os trabalhadores.

A Campanha Salarial vai começar e esse também é um momento importante para fortalecemos a nossa luta para garantir, além dos salários, respeito aos direitos e melhores condições de trabalho. Vamos juntos e firmes lutar por nossas reivindicações!



Mais denúncias sobre as péssimas condições de trabalho

- No vestiário de pátio de placas depois das denúncias que o Sindicato fez, arrumaram o forro que estava caindo na área dos chuveiros e também instalaram ventiladores. Mas ainda não está devidamente adequado para garantir a segurança dos trabalhadores.  E os ventiladores são pequenos e fracos, ou seja, não dão conta de garantir a ventilação necessária. 

- Ainda no pátio de placas, a Usiminas não está entregando as camisetas brancas para todos os trabalhadores. A direção da usina alega que só tem para escarfador e cortador. Mas o calor é forte em todo o pátio e a camisa acaba sendo uma necessidade para todos que trabalham na área, tanto controladores como inspetores e operadores de ponte. 

- Tapar o Sol com a peneira: enquanto os tetos quase desabam, os equipamentos estão caindo aos pedaços, os EPI’s e uniformes todos surrados, tudo aumentando o risco de mais acidentes e doenças provocadas pelas péssimas condições de trabalho. A direção da Usiminas tem a cara de pau de exigir ainda mais dos trabalhadores. Com o tal Campeonato Sol (Segurança:Organização e Limpeza), a direção exige dos trabalhadores além da produção, a limpeza e organização das áreas. Ou seja, demitiu milhares e agora quer obrigar quem ficou a fazer tudo.



Zé Protesto

“Zé, a linha que faz o bairro Náutica 3, em São Vicente, nos dias de semana passa 6h, mas nos finais de semana passa 5h15, é mole? Primeiro os trabalhadores fazem um tour pela cidade de São Vicente e depois entra na Imigrantes por volta das 6 horas.” 

- O transporte está igual a tudo na Usiminas, um desrespeito contra os trabalhadores e isso só muda com a nossa mobilização.



Enquanto a Usiminas faz campeonato, essa é a situação nas áreas

Pontes rolantes sem ar-condicionado, vazamento de água na tubulação furada, piso cheio de buracos no leito 1, rua alagada e tubulações com vazamento no LTF, água empoçada nas correias do pátio de minérios... isto é a Usiminas.



Amoi continua tentando dar calote nos salários

Aqui em Cubatão, a Amoi teve a cara de pau de tentar mudar a data-base e depois apresentou a proposta de calote: não pagar nada de reajuste salarial e apenas um abono de R$ 400,00. Abono que não é reajuste, não é incorporado aos salários. Em Ipatinga(MG), a mesma Amoi apresentou outra proposta que também não paga tudo que deve. A proposta lá foi o INPC que estava em 8,5% parcelado em duas vezes.  

O Sindicato já entrou com o processo de dissídio denunciando que a AMOI se recusa a pagar o deve.  Mas só esperar pela audiência não basta, é preciso fortalecer a mobilização para impedir o calote.  

As condições de trabalho só pioram: os trabalhadores são obrigados a usar uniformes remendados e luvas reutilizadas que estão causando alergias nas mãos devido ao produto que é aplicado depois da lavagem. Toda a chefia sabe da situação, mas o importante pra eles é só apertar a produção e não pagar o que deve aos trabalhadores.

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