O Metalúrgico #479

21 de agosto de 2017

Índice:

-Vamos fortalecer a luta contra o massacre que o governo dos patrões quer impor aos direitos dos trabalhadores;
-Usiminas tenta maquiar a planta de Cubatão para a visita dos acionistas e obriga os trabalhadores, além de dar conta da produção, a fazer faxina;
-Usiminas segue colocando em risco a saúde dos trabalhadores e também da população (através da poluição ambiental);
-Cartas do Zé Protesto;



Vamos fortalecer a luta contra o massacre que o governo dos patrões quer impor aos direitos dos trabalhadores

Os patrões seguem comemorando a lei do massacre aos direitos trabalhistas que foi votada pelo Senado no mês passado e sancionada pelo governo Temer/PMDB que tem por objetivo reduzir os salários e direitos e piorar as condições de trabalho.

Para enfrentar esse ataque enorme contra os direitos que garantimos seja na (CLT) e principalmente em nossas Convenções Coletivas de Trabalho, onde ampliamos nossas conquistas é necessário muita união e luta do conjunto da classe trabalhadora.

Estarmos juntos e organizados no Sindicato vai ser fundamental para garantir os direitos que tanto os patrões como o governo, querem arrancar de nós.

Então fique cada vez mais atento aos Jornais do Sindicato e participe da mobilização. Nosso Sindicato, junto com a Intersindical, está empenhado na ampliação da luta para resistir a mais esse ataque dos patrões que querem continuar a demitir, piorar ainda mais os salários e acabar com os direitos que foram fruto da luta do conjunto da classe trabalhadora.


O processo sobre o turno está em fase de execução

A Usiminas perdeu o processo e por isso tenta de tudo para atrasar o pagamento do que deve aos trabalhadores.

Mas o Sindicato está empenhado exigindo agilidade para que a decisão seja cumprida.

A nossa luta contra o turno fixo imposto pela Usiminas é de muito tempo e a ação judicial movida pelo Sindicato teve suaprimeira sentença em 30 de agosto de 2010.(Processo nº 089100-95.2009.5.02.0251).

A partir das denúncias feitas pelo Sindicato, o Judiciário constatou que de fato a Usiminas impôs uma jornada irregular. Além da direção da usina abocanhar as horas trabalhadas à mais pelos trabalhadores, o prolongamento da jornada junto com as péssimas condições de trabalho teve como consequência o aumento do adoecimento e dos acidentes de trabalho.

Desde a primeira decisão do Judiciário, a direção da Usiminas entrou com todo tipo de recurso para tentar derrubar a determinação que constata que a jornada é irregular e que ela tem que pagar as horas extraordinárias. Mas a Usiminas perdeu todos os recursos e o que tenta agora é enrolar para pagar o que deve e regularizar a jornada.

Em abril, o Judiciário determinou que a Usiminas tem que apresentar a relação dos nomes de todos os trabalhadores que estão abrangidos pela sentença, ou seja, que tem direito a receber as horas que estão acima da jornada regular e prazo para apresentar essa lista vence no dia 09 de setembro.

A partir da apresentação da lista, vem a fase de verificar nome a nome para garantir que todos os trabalhadores que têm direito recebam e o processo ainda continua exigindo a regularização da jornada.

Porém o mais importante é em nossas mobilizações ampliarmos a luta contra esse turno fixo imposto pela Usiminas que piorou as condições de vida e trabalho dos trabalhadores.



Usiminas tenta maquiar a planta de Cubatão para a visita dos acionistas e obriga os trabalhadores, além de dar conta da produção, a fazer faxina

Foi isso que aconteceu na gerência do LTF e Recozimento na semana de 10 de agosto. As chefias colocaram os trabalhadores para varrer, limpar o piso operacional com desengraxante, tirar pó do corrimão e até esvaziar caçamba cheia de água da chuva por conta das goteiras no galpão. Tudo isso para a visita dos acionistas que estão se fartando com os lucros produzidos pelos trabalhadores.

E depois de tudo isso, a gerência ainda teve a cara de pau de reclamar do trabalho feito. Mas coragem de pegar no pesado e trabalhar pra valer, a chefia não tem.

Enquanto os trabalhadores são obrigados a trabalhar por três, alguns supervisores ficam numa boa

Depois das demissões em massa que a Usiminas fez, quem ficou na área teve o trabalho triplicado e com os salários cada vez mais arrochados. Mas, para alguns supervisores a coisa é diferente. Exemplo disso é o que acontece no almoxarifado, onde vários supervisores que eram do Adm foram transferidos pra lá, mas quem coloca a mão na massa são os trabalhadores do turno. Enquanto isso, uns ficam numa boa e tudo com a conivência da gerência geral de manutenção e da direção da usina.

E o calote nos PPP’s continua

A direção da usina continua a não preencher como se deve o PPP. Ela faz isso para tentar esconder as péssimas condições de trabalho que provocam o adoecimento e dificultam ainda mais a situação dos trabalhadores para conseguir a devida aposentadoria. O Sindicato segue pressionando a empresa para que regularize a emissão dos PPP’s e estamos encaminhando denúncia contra mais esse desrespeito da Usiminas aos direitos básicos dos trabalhadores.

Cadê a comida?

É isso mesmo, quando a comida não está ruim, ela nem aparece. Dias atrás no refeitório central disseram que o prato seria virado à Paulista, mas só tinha a banana e o bife. No outro dia o peixe acabou antes que todo mundo se servisse, a mesma coisa com o macarrão que era tão pouco que quase ninguém viu.



Usiminas segue colocando em risco a saúde dos trabalhadores e também da população (através da poluição ambiental)

Exemplo disso é o que acontece na escarfagem de placas da Aciaria, desde que foi retomada a operação. O sistema

de controle ambiental (despoeiramento da MEAS, precipitador eletrostático), não tem manutenção corretiva e preventiva por falta de mão de obra depois da demissão em massa ocorrida recentemente, sem contar a falta de peças. O trabalho pra quem ficou triplicou e a consequência disso é mais risco para os trabalhadores e também para a população, pois a emissão de poluentes pela chaminé das MEAS está cada vez maior e mais intensa.



Cartas do Zé Protesto

“Zé, o gerente de transporte ferroviário e rodoviário está desrespeitando os trabalhadores nas contratadas. Esse folgado ameaça de demissão e estufa o peito dizendo que é ele quem demite e contrata”.

- Esse folgado, ao invés de garantir as devidas condições seguras de trabalho, é um puxa saco da direção da usina. Se toca chefete, porque na hora de responder judicialmente processo sobre assédio moral, você vai estar sozinho.

“Zé, na área da Harsco na Aciaria, os caminhoneiros das empresas Beluque e Vix que carregam agregado para várias áreas da usina estão sofrendo com as péssimas condições de trabalho impostas pela Usiminas e contratadas, pois estão expostos a poeira e a um calor infernal porque nem ar-condicionado tem nos caminhões.“

- E a resposta indecente da Usiminas é al? Para os trabalhadores abrirem a janela, para deixar circular o ar. É mole? Ou é calor infernal, ou é comer poeira. Enquanto isso a direção da usina e das contratadas está numa boa nas salas com ar- condicionado.

“Zé, a Enesa teve a cara de pau de descontar das horas extras, o dia 28 de abril, dia de greve geral contra as reformas do governo que atacam nossos direitos. E tem mais: a empresa continua não higienizando os uniformes e obrigando os trabalhadores a usarem uniformes remendados”

- Além de não garantir nem o básico como o uniforme, a empresa abocanhou o dia dos trabalhadores, pois todas as contratadas receberam da usina também esse dia. Para impedir o desrespeito e o calote aos direitos é preciso continuar denunciando e ampliar a nossa luta.6


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