O Metalúrgico #498

11 de janeiro de 2018

Índice:

-Usiminas comemora os lucros que não param de crescer às custas do ataque aos salários, direitos e emprego dos trabalhadores;
-Para impedir mais arrocho salarial e ataque aos nossos direitos, é preciso estar organizado no Sindicato e lutar;
-Na oficina de cilindro o chicote está extralando e o risco de acidentes provocados pelas péssimas condições de trabalho só aumenta;
-Cartas do Zé Protesto;



Usiminas comemora os lucros que não param de crescer às custas do ataque aos salários, direitos e emprego dos trabalhadores

A direção da usina comemora os resultados obtidos em 2017, um ano que escancarou o resultado das demissões em massa e do arrocho salarial que a Usiminas impôs ao conjunto dos trabalhadores.

Quem não foi demitido teve que trabalhar por três, com exigência de dobras e antecipações e com os salários ainda mais arrochados.

O resultado do aumento da exploração contra os trabalhadores efetivos na Usiminas e nas empresas terceirizadas foi esse para os acionistas: as ações da Usiminas estão entre as que mais se valorizaram na Bolsa de Valores, a alta acumulada foi de 122%, os lucros não param de crescer.

Eles querem mais: aumentar os ataques aos direitos e exigir ainda mais produção de cada trabalhador

Esse foi o recado do presidente da Usiminas, na videoconferência realizada com várias unidades no final de dezembro. O objetivo da direção da usina é aumentar ainda mais a pressão por produção, é isso que significa a tal multifuncionalidade e o operador mantenedor, impor mais tarefas para cada trabalhador.

E mais: a direção da usina vai tentar de tudo para impor os ataques que estão na reforma trabalhista dos patrões, é isso que significa a fala do presidente ao dizer que “pretendem implantar tudo o que está na nova lei”.

Atacando ainda mais os trabalhadores, a direção da usina amplia seus lucros e seus investimentos

Na mesma videoconferência, o presidente da usina também disse que estão estudando montar uma nova linha de galvanização para atender os pedidos de aço galvanizado, que tem excesso de demanda até Abril de 2018.

A produção em Cubatão segue bombando. Exemplo disso, é a produção de laminado no LTQ 2, a programação para o mês de janeiro é de 120 mil toneladas e em todas as áreas da laminação à frio, desde a decapagem até a embalagem todas as metas impostas pela Usiminas foram atingidas, as custas de muitas dobras e antecipações.

E em meados de dezembro uma comissão montada pela direção da usina foi verificar em que condições se encontram as áreas primárias e seus equipamentos. Isso acontece logo depois das declarações dos representantes da usina sobre suas pretensões de reativação dessas áreas. Ou seja, esse é mais um exemplo de que a suspensão das atividades das áreas primárias em 2015, só teve como objetivo demitir em massa e aumentar a exploração contra quem ficou trabalhando.



Para impedir mais arrocho salarial e ataque aos nossos direitos, é preciso estar organizado no Sindicato e lutar

O movimento da direção da usina é mais um exemplo do que os patrões pretendem fazer contra o conjunto dos trabalhadores: aumentar a pressão por mais produção, arrochar os salários e atacar direitos. Contra isso não tem outro caminho que não seja a nossa união capaz de ampliar a luta. Ficar só lamentando não adianta nada, é se colocando em movimento que vamos impedir que o ataque da reforma trabalhista dos patrões seja implementado.

Então participe das atividades chamadas pelo Sindicato, se ainda não é sócio, se sindicalize o quanto antes. Não caia na conversa fiada das chefias, pois elas estão a serviço da Usiminas para atacar os seus direitos, seu salário e seu emprego.


Não aceite a pressão das chefias. É seu direito receber o que a Usiminas tem que pagar no processo do Turno

As chefias têm feito conversas na miúda nas áreas com o objetivo de tentar impedir que os trabalhadores busquem o que têm a receber em relação ao processo que o Sindicato moveu contra o turno fixo imposto pela Usiminas.

A Usiminas faz isso para tentar esconder que enviou dados errados sobre a jornada de trabalho de vários trabalhadores para o Judiciário, tudo com o objetivo de dar calote no que deve.

Se você trabalhou ou trabalha no turno de Novembro de 2004 até Outubro de 2013 e ainda não foi ao Sindicato levar seus documentos, faça isso o quanto antes. O prazo se encerra no próximo dia 19/01, sexta-feira. Não deixe se levar pelo papo furado dos chefes, pois o objetivo da direção da usina é levar seus direitos para o ralo. Mais informações ligue 3226-3577 ou acesse o site: metalurgicosbs.org.br.



Na oficina de cilindro o chicote está extralando e o risco de acidentes provocados pelas péssimas condições de trabalho só aumenta

As chefias estão obrigando os trabalhadores a trabalhar em até três funções e veja o absurdo: os chefes que só sabem humilhar e pressionar por mais produção, agora estão obrigando os trabalhadores a usarem EPI’s usados ou aqueles que já foram para o lixo. E os chefes têm a cara de pau de dizer que não vão providenciar EPI’s novos para não comprometer o custo mensal da Gerência e Superintendência.

Mais calote nos PPP’s

São vários os operadores também na área do recozimento que já têm tempo para aposentadoria, mas a Usiminas para tentar esconder as péssimas condições de trabalho que expõem os trabalhadores, continua a preencher de maneira irregular o PPP’S. Isso acontece em todas as áreas é só vai mudar com a nossa mobilização em cada local de trabalho.

Em todas as áreas é mato pra todo lado

É mato pelas calçadas e avenidas e também nas áreas de produção. Esse matagal é só no caminho por onde os trabalhadores têm que passar, já na avenida principal onde circulam as chefias, a direção da usina e seus acionistas, nada de mato.



Cartas do Zé Protesto

“Zé, o vestiário da Vix que fica atrás do refeitório do LTQ, continua um caos, sem as mínimas condições de higiene.”

- As chefias sabem dessa situação e até agora não fizeram nada, tentam esconder a sujeira provocada pela da direção da usina.

“Zé, a direção da NM, além de obrigar os trabalhadores a trabalhar no final do ano, colocou todo mundo para trabalhar embaixo de chuva no dia 28 de dezembro.”

- Enquanto nem capa de chuva providenciaram para aos trabalhadores, tanto a NM, como o tal de “Bodão” da Usiminas e a “Loira dos Vestiários” estavam lá cobrando as tarefas de cada trabalhador. E esse lambe botas da Usiminas ameaçou de demissão os trabalhadores na NM, Alfa e Enesa se não viessem trabalhar no final do ano. Se toca pelego da usina, a sua batata já está mais do que assada.

+ boletins