O Metalúrgico #506

08 de março de 2018

Índice:

-8 de março, um dia para marcar que a luta das mulheres trabalhadoras é uma luta de todos nós;
-Os metalúrgicos da Baixada Santista não terão desconto do Imposto Sindical. A manutenção do Sindicato é através da sindicalização e das contribuições decididas nas assembleias da categoria;
-Enquanto os lucros produzidos pelos trabalhadores não param de crescer, a Usiminas piora ainda mais as condições de trabalho;
-Cartas do Zé Protesto;



8 de março, um dia para marcar que a luta das mulheres trabalhadoras é uma luta de todos nós

A cada ataque que uma mulher trabalhadora sofre, quem sofre é o conjunto da classe trabalhadora, por isso essa deve ser uma luta de todos os trabalhadores.

O 8 de março não é dia para comemorações, é um dia que marca a luta das mulheres trabalhadoras ao longo de tantos anos no mundo inteiro.

O Capital, com seus meios de comunicação, tenta esconder o significado desse dia, que relembra a luta das trabalhadoras que ocuparam as fábricas, que ombro a ombro com os trabalhadores se colocaram em luta, foram a greve, pela redução da jornada de trabalho, por melhores condições de trabalho e por direitos negados durante séculos às mulheres.

As reformas dos patrões e dos governos tentam atacar ainda mais as mulheres

A reforma trabalhista abre espaço para que os patrões coloquem até mulheres grávidas para trabalhar em locais insalubres e, na tentativa da reforma da previdência, queriam igualar e aumentar o tempo para aposentadoria, jogando pra debaixo do tapete que a dupla jornada de trabalho ainda é a realidade das trabalhadoras.

E a violência contra as mulheres continua e conta com a cumplicidade de vários deputados e senadores que querem punir as vítimas e absolver os agressores, com seus projetos de lei que tentam proibir o aborto legal, a discussão sobre sexualidade nas escolas, além de tentar alterar a lei Maria da Penha para livrar a barra dos agressores.

Por tudo isso o 8 de Março é um dia para fortalecermos a luta das mulheres trabalhadoras, uma luta que é do conjunto da classe trabalhadora.



Os metalúrgicos da Baixada Santista não terão desconto do Imposto Sindical. A manutenção do Sindicato é através da sindicalização e das contribuições decididas nas assembleias da categoria

O Imposto Sindical criado por Getúlio Vargas, foi feito com o objetivo de tentar calar os sindicatos contra os ataques dos patrões e dos governos.

Juntos com a Intersindical defendemos o fim do imposto sindical, pois foi ele que garantiu até hoje a existência de um grande número de pelegos que ainda estão em vários sindicatos a serviço dos patrões e dos governos aceitando a redução de direitos dos trabalhadores.

O Sindicato deve ser mantido pela contribuição livre dos trabalhadores

Desde que derrotamos os pelegos retomamos a luta na categoria e somos parte da luta geral da classe trabalhadora o que garantiu a manutenção e a ampliação dos direitos. Nosso Sindicato desde então é independente dos patrões e governos.

Os sindicatos que ainda estão nas mãos dos pelegos e sobreviviam com o imposto sindical, buscam formas de seguir com os descontos compulsórios dos salários dos trabalhadores e além disso aceitam taxas pagas pelos patrões. Ou seja, vão seguir entregando direitos dos trabalhadores.

Num momento de intensos ataques à classe trabalhadora, com a reforma trabalhista dos patrões, é fundamental fortalecemos o nosso instrumento de luta. Por isso se você ainda não é sócio do Sindicato, a hora é agora.

Errata:

Caro(a) companheiro(a) Informamos que no boletim anterior (nº505), de 1º de março de 2018, na matéria do verso, Onde se lê:

Trabalhadores da GR Puras...

Leia-se:

Trabalhadores da Sapore...



Enquanto os lucros produzidos pelos trabalhadores não param de crescer, a Usiminas piora ainda mais as condições de trabalho

Trabalho na escuridão, essa é a situação no Pátio de rolos do LE e LI 

O prazo da usina para resolver isso acabou na semana passada, o Sindicato fez a denúncia do risco de graves acidentes que podem acontecer por causa dos mais de 30 refletores que estão apagados.Veja a foto ao lado: a escuridão é grande e o riscos de acidente ainda maior.

No ferroviário também tem supervisor humilhando os trabalhadores

Tem supervisor no ferroviário que acha que pode e manda em tudo. O cara, o tal de Mancha, pressiona, ameaça de demissão e obriga os trabalhadores a executar as tarefas sem ordem de manutenção, principalmente nos finais de semana. Esse chefete humilha os trabalhadores até na hora de fazer o preenchimento da Análise de Risco de Tarefa (ART).

Pague mais e use menos: é isso que significa o Usisaúde

A Usiminas impôs um grande reajuste na mensalidade do plano de saúde e ao mesmo tempo piorou o serviço. Mais um exemplo disso é que várias clinicas que eram credenciadas agora não são mais. Ou seja, se você já estava acostumado a ser atendido num lugar seja para consultas ou exames, agora vai ter que se deslocar para APAS ou para o Hospital de Cubatão

Aguarde na linha do 0800, esse é o serviço social da Usiminas

A Usiminas demitiu a assistente social da planta de Cubatão, agora você tem que ligar para o tal 0800 da Usiminas em Belo Horizonte(MG), para tentar resolver problemas provocados pela própria empresa. 

Então se já era difícil, agora ficou pior.

Calote nos adicionais de insalubridade no Recozimento

Vários trabalhadores que trabalhavam no setor de Embalagem estão há seis meses no Recozimento, mas até agora nada de receber o devido adicional de insalubridade. Os gerentes, tanto da Embalagem como do Recozimento, ao invés de resolver o problema ficam arrumando desculpas esfarrapadas e quem paga o pato são os trabalhadores.

Usiminas e suas contratadas continuam a dar calote no PPP

Os trabalhadores são obrigados a trabalhar em lugares insalubres e não conseguem nem dar entrada na aposentadoria especial, porque tanto a Usiminas, como as suas contratadas continuam a preencher errado e de propósito o PPP. Tem área na usina em que os trabalhadores exercem a mesma função expostos a agentes nocivos, mas vários não recebem o adicional e têm empresas contratadas pela Usiminas que estão demorando até dois anos para preencher o PPP.



Cartas do Zé Protesto

“Zé, no Pátio de Minério na da pista B tem acúmulo de material na correia transportadora desde que parou a produção.”

- E o pior é que esse acúmulo de material está no acesso que deveria ser seguro para a passagem dos pedestres. Isso é a Usiminas, nenhuma preocupação com a segurança dos trabalhadores.

“Zé, no Porto a coisa tá cada vez pior. Tem lambe-botas da Usiminas que está obrigando os trabalhadores a irem almoçar a pé, dizendo que esperar pelo ônibus, vai atrasar a produção.”

- Os trabalhadores sofrem com o calor escaldante, trabalhando nos porões dos navios, expostos a riscos de acidentes e até o horário de refeição não é respeitado. A Usiminas só está preocupada em acelerar a movimentação das cargas e a produção. Isso tudo só vai mudar, colocando a revolta em movimento.

“Zé, os trabalhadores nas empresas terceirizadas não têm lanche quando iniciam seu turno de trabalho no zero hora, ficam até a hora da janta sem comer nada.”

- Os trabalhadores ficam sem comer até a hora da janta, mas a polícia que está a serviço do governo e dos patrões para reprimir a mobilização tem café reforçado garantido. Esse é mais um exemplo do desrespeito da direção da usina contra os trabalhadores.

“Zé, o plano de saúde da CB Saúde continua sem atender os trabalhadores da G4S e seus familiares.”

- Os trabalhadores pagam o plano de saúde, mas na hora de usar, cadê? Esse é mais um calote da Usiminas e de suas contratadas contra os trabalhadores.

“Zé, a Enesa cobra cada vez mais produção e nem a merreca da PLR, a empresa paga.”

- Além disso, os salários continuam arrochados, não há folgas nas emendas dos feriados e a condições de trabalho são cada vez piores.

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