O Metalúrgico #510

27 de março de 2018

Índice:

-Assembleia para aprovação da pauta de reivindicação será nos próximos dias 28 e 29 de março;
-O Sindicato deve ser mantido através da sindicalização e das contribuições decididas pelos trabalhadores em assembleia;
-A Usiminas coloca trabalhadores em risco desde a entrada do turno;
-Zé Protesto;



Assembleia para aprovação da pauta de reivindicação será nos próximos dias 28 e 29 de março

Vamos fortalecer a nossa mobilização pela reposição das perdas e aumento salarial.

Na semana passada, por causa das fortes chuvas, tivemos que remarcar a data da assembleia de aprovação da nossa pauta de reivindicação.

A assembleia começará no horário de entrada do zero hora no dia 28/03 e se encerra após a entrada do turno das 15 horas no dia 29/03.

A Usiminas já começou a chorar de barriga cheia

A direção da usina já colocou seus gerentes pra começar com a conversa fiada que a situação está difícil, tudo para tentar fugir de pagar o que deve aos trabalhadores.

A cara de pau é tanta que tem gerente dizendo que os trabalhadores já deviam se dar por satisfeitos porque agora os ônibus têm ar-condicionado e que o tal gourmet voltou aos restaurantes. Ônibus e refeição não são nenhuma concessão, só faltava não ter transporte pra vir trabalhar e comida durante a jornada.

Sem contar que por muito tempo estamos sofrendo com os ônibus caindo aos pedaços e com a alimentação cada vez menor e pior.

A situação está difícil é para o trabalhador: a Usiminas sabe que não tem como esconder que seus lucros não param de crescer e fez isso arrochando os nossos salários em todas as suas plantas. Estamos trabalhando mais e recebendo um salário que não cobre o básico das nossas necessidades.

Vamos aprovar nossa pauta de reivindicação e ampliar a mobilização pela reposição e aumento salarial

A Campanha Salarial desse ano vai tratar da pauta econômica, pois as cláusulas sociais foram renovadas até 2019. Reposição das perdas salariais, aumento salarial, reajuste no valor das horas extras, vale alimentação, fazem parte da pauta de reivindicação.

Vamos aprovar nossa pauta de reivindicação e participar da mobilização organizada pelo Sindicato

Você aprova a pauta de reivindicação da Campanha Salarial exigindo a reposição das perdas do período de 2017/2018, mais aumento salarial, totalizando um reajuste de 11,72% e autoriza o Sindicato a instalar dissídio coletivo caso seja necessário, bem como o desconto da taxa assistencial no valor de uma mensalidade sindical?


Dias e horários da assembleia

28/03 - 22h - Zero hora

29/03 - 06h - Turno 7h

29/03 - 07h - ADM

29/03 - 14h - Turno 15h



O Sindicato deve ser mantido através da sindicalização e das contribuições decididas pelos trabalhadores em assembleia

O avanço que conseguirmos através da nossa mobilização na Campanha Salarial será para o conjunto dos metalúrgicos tanto para os sindicalizados, como para aqueles que ainda não são sócios do Sindicato.

A proposta de desconto de uma taxa assistencial de 2% do salário-base à ser descontada uma única vez após o fechamento da Campanha Salarial é o mesmo percentual que mensalmente os trabalhadores sindicalizados contribuem para o Sindicato. E no mês que houver o desconto dessa taxa assistencial, quem for sócio do Sindicato não terá a mensalidade sindical descontada.

É muito importante ampliarmos a sindicalização, pois num momento de intenso ataque aos direitos é preciso fortalecer e estar junto com seu instrumento de defesa e luta, que é o Sindicato.



A Usiminas coloca trabalhadores em risco desde a entrada do turno

Foi o que aconteceu nos dias 13 e 14 de março. Choveu muito em Cubatão e a portaria da usina ficou inundada e mesmo assim, a ordem da Usiminas foi obrigar os trabalhadores a descer dos ônibus para passar nas catracas. Os trabalhadores tiveram que atravessar a inundação tropeçando em grades e alguns sofreram quedas por causa disso.

O Sindicato já exigiu do RH que os ônibus entrem direto para as baias em dias de chuva e que seja resolvido o problema do piso que foi feito abaixo do nível para contenção de água, mas até agora nada de resolverem.

Quando chove, obriga os trabalhadores a atravessarem a inundação, mas quando tem mobilização na portaria, a direção da empresa faz de tudo para colocar os ônibus pra dentro da usina.

Treinamento depois da jornada de trabalho e de barriga vazia

É isso que está acontecendo com os trabalhadores que estão fazendo treinamento no prédio próximo a antiga Aciaria 1. Além de terem que ficar na usina depois do final da jornada, não há nem café e quem tenta se virar pra fazer um lanchinho é ameaçado pelas chefias. Mas para as chefias o tratamento é outro: não faltam bandejas cheias de bolacha e café feito na hora.


Usiminas não garante EPI’s

É o que acontece na maior parte das áreas. Na manutenção os trabalhadores têm que lavar os EPI’S para ter condições de executar as tarefas. A desculpa esfarrapada da Usiminas é que a empresa responsável por esses EPI’S quebrou o contrato com a usina.

Vazamento de água na cara da chefia e nada de resolver o problema

Na avenida principal em frente e ao prédio da antiga Aciaria existe um vazamento há muito tempo que vem acumulando água e até agora nada de resolverem. E olha que lugar é bem perto do prédio da chefia da Manutenção geral.


E os bebedouros? Cada vez piores

Exemplo disso é no terminal de ônibus onde tem três bebedouros, sendo que só um tem refrigeração. Além disso, não há limpeza dos bebedouros, ou seja, até beber água na usina não é seguro.

E no L.E. além de ter que suportar o calor escaldante dos últimos dias, nem água para beber tinha, pois o bebedouro estava quebrado.




Zé Protesto

“Zé, as reuniões de segurança do gerente geral da manutenção, o Zeca Diabo, só estão servindo para humilhar e ameaçar os trabalhadores.”

- E a Usiminas contratou a mesma técnica de segurança que era da Enesa para fazer o serviço sujo de ficar no pé dos trabalhadores. Se toca fotógrafa da chefia, a sua pressão também pode provocar adoecimento nos trabalhadores.

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“Zé, na coordenação de pontes-rolantes, a supervisão desrespeita os trabalhadores e exige cada vez mais produção.”

- A pressão contra os trabalhadores na Enesa e Amoi só aumenta e as condições de trabalho pioram, mais uma combinação que provoca acidentes e o adoecimento, e os responsáveis por isso são a direção da Usiminas e suas contratadas.

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“Zé, os motoristas que fazem carregamento para a Usiminas têm que ficar na Brasiltec P4 e são proibidos até de almoçar.”

- É um absurdo atrás do outro da Usiminas e suas contratadas, os motoristas não podem comprar e nem fazer as refeições na usina, são proibidos até de trazer marmita e se saírem da área da usina para buscar refeição são proibidos de entrar novamente.

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“Zé, a Alfa está demitindo os trabalhadores que recebem salário de R$1.800,00 pra recontratar depois com salário menor.”

- Isso é rebaixamento salarial e não pode. Além de ação judicial contra mais esse desrespeito aos direitos, é preciso se colocar em movimento.

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