O Metalúrgico #517

23 de maio de 2018

Índice:

-Usiminas tenta enganar, mas não consegue;
-Metalúrgicos na Usimec, em Ipatinga(MG), seguem na mobilização junto com o Sindicato por aumento salarial e em defesa dos direitos;
-O banco de horas é assalto no pagamento das horas extras;
-E no Pátio de Placas da Aciaria o problema do ar-condicionado continua;
-Mais riscos de acidentes graves;
-Zé Protesto;



Usiminas tenta enganar, mas não consegue

Os lucros seguem em alta, o que está em baixa é o nosso salário

Toda a Campanha Salarial, a direção da Usiminas faz a mesma coisa: além de vir com a choradeira de sempre, faz uma manobra na produção, para fingir que a situação está difícil.

Quem está na área vê isso de maneira escancarada: as placas não param de chegar no Pátio e estão indo pra onde? Uma parte está indo para o estoque, mas o fato é que não param de chegar placas, ou seja, se não tivesse produção, não tinha mercadoria chegando toda semana no Porto.

Junto com isso, vieram com uma conversa fiada de colocar vários trabalhadores em férias, a mesma coisa que fizeram no período da Campanha Salarial de 2017, mas em várias áreas o número de trabalhadores que vão entrar em férias é bem menor do que anunciaram, mais uma prova que mostra que direção da usina mente, para tentar enganar e não pagar o que deve aos metalúrgicos.

E a choradeira continua

Na reunião que aconteceu no dia 17/05, os representantes da Usiminas vieram com a mesma enrolação e chegaram a insinuar que a proposta indecente que querem apresentar é menor do que as perdas acumuladas.

O Sindicato já disse NÃO para qualquer proposta que arroche ainda mais os salários dos trabalhadores e o momento é de fortalecermos a mobilização para garantir as nossas reivindicações:

Vamos à luta por:

- Reposição das perdas e aumento salarial.

- Vale-Alimentação.

- Congelamento do reajuste do plano de saúde e transporte.

- Em defesa dos direitos.



Metalúrgicos na Usimec, em Ipatinga(MG), seguem na mobilização junto com o Sindicato por aumento salarial e em defesa dos direitos

A Campanha Salarial dos metalúrgicos na Usiminas Mecânica, em Ipatinga/MG, também acontece nessa semestre e juntos com o Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga/Intersindical, os trabalhadores estão em luta na defesa de seus direitos e por aumento salarial.

A direção da empresa teve a cara de pau de apresentar uma proposta de reajuste de 0.85%, menos que as perdas medidas pelo INPC que já é a miséria de 1.69%. Além disso, queriam parcelar as férias em três períodos, ou seja, controlar de acordo com os interesses da empresa o período de cada trabalhador ter suas férias. E de novo vieram com a merreca de abono de R$ 400,00, abono que não é incorporado aos salários, ao 13–, as férias, ao FGTS, a nada.

O Sindicato já rejeitou a proposta durante a reunião e a mobilização segue pela reposição das perdas, por aumento salarial e em defesa dos direitos.



O banco de horas é assalto no pagamento das horas extras

Os patrões quando enfiaram o banco de horas goela abaixo dos trabalhadores, tinham exatamente essa intenção, que é aumentar a jornada de acordo com seus interesses e não pagar as devidas horas extras.

A direção da usina colocou os chefes para pressionar os trabalhadores que têm horas no banco a folgar ou entrar mais tarde, isso para não pagar o que deve das horas extras.

Está desrespeitando o que está no Acordo Coletivo, que determina que as horas acumuladas (50%) no banco no período de até 4 meses, serão pagas ou serão compensadas em folgas se for essa a decisão de cada trabalhador.

O que está acontecendo não tem nada a ver com livre escolha do trabalhador. A chefia está obrigando cada um a tirar folga e assim a Usiminas dá calote no pagamento das horas extras.

Contra mais esse calote, o caminho não é outro que não seja a nossa mobilização.



E no Pátio de Placas da Aciaria o problema do ar-condicionado continua

Já faz muito tempo que a tal patrulha de segurança da gerência geral do RH foi até o Pátio de Placas da Aciaria e constatou que a sala operacional da MEA 01 está sem ar-condicionado. Mas até agora nada foi feito, a gambiarra continua. A pressão por mais produção continua e a falta de condições seguras para o trabalho também.



Mais riscos de acidentes graves

O procedimento para colocar o sistema de controle ambiental (precipitadores) das Escarfagens automáticas (MEA 01 e 02) no pátio de placas, está colocando os operadores em risco. O painel de comando que liga e desliga o sistema que tem voltagem de 440 volts fica num local sem as mínimas condições, está exposto ao tempo o que pode levar à um grave acidente elétrico.



Zé Protesto

“Zé, o que não falta na usina é supervisor lambe-botas. Agora o tal de Bruxo, além de pressionar e humilhar os trabalhadores, tenta fugir e não admite as gambiarras que manda fazer. Foi o que aconteceu com a queda da placa de aço que estava suspensa por uma ponte-rolante. Foi ele que mandou fazer a gambiarra e agora tenta fugir da responsabilidade.”

- Esses chefes, além do desrespeito contra os trabalhadores, colocam a vida de quem está nas áreas em risco constante. Esse tal de Bruxo também está obrigando os trabalhadores a fazer limpeza em locais contaminados. Se toca chefete, vá garantir condições seguras de trabalho, ao invés de ficar perseguindo os trabalhadores.

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“Zé, a Usiminas está faturando pra todos os lados. Fizeram um contrato com a Petrocoque que vai movimentar coque através do Porto. Tem mais navio chegando e os operadores contratados pela VIX estão sendo obrigados a fazer turno de 12 horas.”

- Enquanto a Usiminas e suas contratadas lucram, os salários e as condições de trabalho dos trabalhadores são cada vez piores. Contra isso é preciso fortalecer a luta do conjunto dos trabalhadores na usina.

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“Zé, a Amoi está obrigando os trabalhadores a usar o mesmo uniforme por mais de um dia. A roupa durante a jornada fica suja de graxa, mas nada da empresa providenciar a troca do uniforme.”

- Enquanto a chefia está no bem bom, os trabalhadores que garantem o lucro da empresa, são obrigados a trabalhar sem as mínimas condições. Se toca AMOI e pare de tirar até o uniforme dos trabalhadores.

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