O Metalúrgico #535

25 de setembro de 2018

Índice:

-Trabalhadores em empresas metalúrgicas aprovam proposta;
-Eleições: Chega de perder direitos!;
-Assédio Moral: Não aceite!;
-Contribuição Negocial;



Trabalhadores em empresas metalúrgicas aprovam proposta

Depois de vários meses de negociação da Campanha Salarial 2018/2019, trabalhadores em empresas metalúrgicas da região, que têm data-base em abril, reunidos em assembleia no Sindicato no dia 13 de setembro, aprovaram a contraproposta encaminhada pelo Simees, o sindicato patronal.


Nos últimos meses, foram diversas reuniões com o sindicato dos patrões que insistiu em oferecer índice abaixo da expectativa dos trabalhadores num momento em que somos atacados por uma política econômica que não permite uma vida decente.


Nesse tempo, devido ao impasse nas negociações, o Sindicato abriu as portas da entidade para a realização de reuniões individuais com as empresas na busca de um índice melhor que pudessem oferecer e várias acordos foram firmados com índices que oscilaram entre 4% e até 18%.


É bom ressaltar que este ano foram discutidas somente as cláusulas econômicas. Abaixo alguns ítens da proposta aprovada:


- Reajuste Salarial: 3% (tres por cento);


- Piso Salarial: R$ 1.370,00 (ajudante/auxiliar);


- Vale Refeição: R$ 25,00 p/dia

Obs.: os trabalhadores que recebiam valor acima de R$ 25,00, o reajuste será de 3%;


- Participação nos Lucros e Resultados (PLR): R$ 650,00. A primeira parcela (50%), deve ser paga até o dia 31/10/2018. A segunda parcela deverá ser paga até o dia 30/04/2019.


A conquista pode não ter sido o que se esperava, mas a participação dos companheiros foi fundamental para que conseguissemos uma melhora na proposta.


IMPORTANTE - As empresas deverão efetuar o pagamento, que é retroativo a abril, até o próximo dia 05 de novembro.



Eleições: Chega de perder direitos!

Estamos a poucos dias de mais uma eleição. E nesta você não tem do que reclamar, já que têm candidatos para todos os gostos, tanto para o Executivo (Presidente, Governador) como para o Legislativo (Senador, Deputado Federal e Estadual). Tem advogado, economista, ambientalista, médico, psicólogo, professor, empresário, militar e trabalhador.


Apesar da situação que passamos nos últimos anos, é bom ressaltar que o voto é importante. A repulsa atual à política por grande parcela da população, tem seus motivos como a corrupção desenfreada, escândalos e a violência que fazem por vezes se perder a esperança por dias melhores, além de não ver os impostos que pagamos serem destinados para a saúde, educação, moradia, segurança e desenvolvimento geral do país.


Só que, se abstendo de votar (vontade não falta para muitos), fica pior. Vão prevalecer aqueles mesmos que aí estão. A classe trabalhadora tem que refletir e votar com seriedade nesta eleição. Os ataques sofridos nos últimos meses contra os trabalhadores com a Reforma Trabalhista que retirou direitos, pode ser maior ainda em breve com a aprovação da Reforma da Previdência, quando você vai trabalhar mais ainda e, provavelmante, não vai se aposentar. Não adianta o voto de protesto. É jogar seu voto no lixo.


Hoje existem diversos mecanismos, as redes sociais, que permitem que você pesquise e analise os candidatos e suas propostas (quando têm) para a classe trabalhadora. Analisar o candidato, ver o que ele fez ou sua proposta, se é a favor ou contra os direitos dos trabalhadores é muito importante. Precisamos levar à sério o voto para não perder mais direitos e se arrepender depois. Chega de perder direitos!



Assédio Moral: Não aceite!

Desde novembro passado, quando foi aprovada a Reforma Trabalhista, tem patrão e chefias abusando da lei. As cobranças crescentes sobre empregados por metas e resultados, há quem passe do ponto. Os casos de assédio moral são considerados um fantasma dentro das empresas: sucessivamente, esgotam a motivação dos trabalhadores.


Para as vítimas, são golpes na autoestima e na produtividade, uma vez que elas podem se sentir inibidas a dar o seu melhor no serviço. Em alguns casos, podem até levar ao desenvolvimento de doenças laborais e transtornos emocionais.


O assédio ocorre quando essa cobrança é feita de forma ofensiva, ou se o empregado é submetido a situações vexatórias, inclusive exigências por resultados em tarefas que não são de sua alçada. A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.Como a vítima deve agir


- O primeiro passo deve ser procurar o seu Sindicato e denunciar o abuso.


- É importante dar visibilidade ao assédio, procurando outras vítimas e informando colegas sobre os fatos. Isso pode desencorajar o agressor de cometer novos abusos. Até por que se for parar na Justiça, serão necessárias testemunhas.


- Para se precaver do assédio e do desvio de função, o empregado deve exigir que “ordens” sejam dadas por escrito e guardar este material.


- É sempre bom registrar por escrito todas as humilhações com detalhes como data, forma, testemunhas etc.



Contribuição Negocial

Na assembleia de elaboração e aprovação da pauta de reivindicações, foi aprovada a contribuição negocial que visa minimizar esse custo. O valor corresponde a 4,5% do salário de cada trabalhador NÃO ASSOCIADO, sendo descontada em 03 vezes iguais e consecutivas de 1,5% nas folhas de pagamento de outubro, novembro e dezembro de 2018 e repassadas ao Sindicato.


Fica estabelecido prazo de 10 e 11 de outubro de 2018 para os trabalhadores que não concordarem com a contribuição, apresentarem carta de oposição escrita a mão em duas vias e deve ser protocolada na secretaria do Sindicato (Av. Ana Costa, 55 - Santos), das 8h às 18h. Caso o trabalhador se torne sócio do Sindicato até o dia 31 de outubro de 2018, ficará desobrigado da Contribuição Negocial.


Fique forte, Fique sócio!

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