O Metalúrgico #543

30 de novembro de 2018

Índice:

-Produção a todo vapor, lucros crescendo e a Usiminas prepara mais um golpe na PLR;
-A conta da Usiminas que não fecha: mais produção, mais lucro e menos PLR;
-Usiminas sofre mais uma derrota no Plano de Saúde;
-Lucros crescem e as condições de trabalho pioram;
-Zé Protesto;
-Atualização cadastral;



Produção a todo vapor, lucros crescendo e a Usiminas prepara mais um golpe na PLR

Os trabalhadores nas áreas sabem muito bem, pois estão sentindo na pele que a produção na usina de Cubatão não para de crescer. É pressão por mais trabalho por todos os lados, dobras e antecipações têm sido a realidade em várias áreas.


No porto, tem dia que ficam quatro navios atracados, um carregado com coque, outros com bobinas e descarregando cada vez mais placas. A movimentação da produção está tão intensa que a Usiminas reativou o pátio da MLC 4 da Aciaria que estava parado desde 2015, ano das demissões em massa.


Nas Laminações, a situação não é diferente: no LTF são dobras e antecipações quase todos os dias e praticamente em todos os setores, como nas linhas 1 e 2, encruamento, recozimento e decapagens.


Além das dobras e antecipações, o acúmulo de funções atinge cada vez mais quem está na produção, ou seja, fruto de muito trabalho dos trabalhadores, os lucros da Usiminas crescem cada vez mais.



A conta da Usiminas que não fecha: mais produção, mais lucro e menos PLR

As metas e critérios para o pagamento da PLR são impostos pela direção da Usiminas, que usa da PLR para exigir cada vez mais de cada trabalhador e não pagar o que deve.


Veja a cara de pau da direção da Usiminas: no mês de setembro, segundo os critérios da direção da usina, o índice que mede as metas da PLR, estava em 0,75% do salário, o que já é uma mixaria e agora no mês de outubro derrubaram o índice para 0,65%. É mole? A produção está bombando, os trabalhadores estão sendo sugados cada vez mais e os acionistas preparam um novo golpe para abocanhar a PLR.


E nunca é demais lembrar que no mesmo período em que a direção da usina impôs a merreca de reajuste salarial de 1,69% e um abono que não é aumento pois não é incorporado aos salários, o lucro líquido da Usiminas foi de R$ 289 milhões no terceiro trimestre desse ano.


Portanto é hora de colocar a indignação em movimento. É só com nossa união e luta que vamos combater o arrocho salarial e o desrespeito aos nossos direitos.



Usiminas sofre mais uma derrota no Plano de Saúde

Mobilização dos metalúrgicos aposentados tem feito a diferença. Mobilização dos metalúrgicos aposentados tem feito a diferença.

Na semana passada, o Tribunal em São Paulo manteve a decisão do Judiciário em primeira instância de Cubatão, que constatou a tentativa da direção do plano de saúde da Usiminas de retirar os aposentados do plano atual e impor mensalidades ainda mais caras.


Na ação ficou comprovada a intenção da empresa de pressionar os trabalhadores aposentados a migrar de plano.


Além das ações judiciais, é a mobilização dos trabalhadores junto com o Sindicato que tem impedido a Usiminas de aumentar ainda mais as mensalidades e piorar o plano de saúde.


O próximo passo na ação judicial é reivindicar que os trabalhadores que foram coagidos a migrar, possam voltar ao plano de saúde anterior.



Lucros crescem e as condições de trabalho pioram

Ruínas por todos os lados


A Estação de tratamento de água na Aciaria 2 está caindo aos pedaços. Como em outros lugares da usina, a preocupação é só com a produção, enquanto isso as condições de trabalho são cada vez piores, colocando a saúde e vida dos trabalhadores em risco.


Enquanto a direção da usina faz propaganda enganosa para a comunidade dizendo que é uma empresa voltada para o futuro e preocupada com o meio ambiente, a realidade mostra outra coisa. Veja que a imagem ao lado fala por si só.



Nem faixa de segurança para pedestre tem


Essa é a situação na avenida do porto, onde é urgente que se coloque uma faixa de pedestre na travessia para a ponte que dá acesso ao restaurante, pois o tráfego de caminhões é grande. As chefias sabem dessa situação e até agora nada de resolverem.



Na Usiminas é cada vez maior a exploração


A Usiminas não está nem aí para a segurança dos trabalhadores e muito menos das condições dos equipamentos, se eles estão ou não em condições de garantir tanto a segurança de quem opera como dos funcionários do chão de fábrica, pois a regra na usina é fazer tudo sem planejamento, já que a prioridade é a produção acima de tudo.


Em várias áreas a prioridade é colocar o equipamento em operação sem dar as mínimas condições de segurança, inclusive em áreas que estavam desativadas desde as demissões em massa de 2015 e que estão sendo colocadas em operação sem passar por avaliação e manutenção sérias para evitar um possível acidente fatal com quem está no setor ou com o operador. A ordem é colocar para produzir sem medir as consequências, tanto de segurança, como condições mínimas e básicas de higiene e saúde. Nas contratadas a situação é pior, já que os trabalhadores não têm para quem reclamar.


Não interessa que os funcionários trabalhem em áreas sem banheiro, bebedouro ou uma simples cabine para se alojar, isso não é problema. O que interessa é produzir cada vez mais e mais, nem que para isso os trabalhadores coloquem suas vidas em risco.


Hospital de Cubatão é só mais uma fonte de lucro da Usiminas


A Usiminas vive alardeando que o Hospital de Cubatão está a todo vapor atendendo muito bem a população de Cubatão e os trabalhadores da usina e contratadas. Mas a realidade é outra. Nos finais de semana à noite, quem procura o hospital para serviços médicos está passando por sérios apuros. Não há número de profissionais necessários para atender e o que sobra é muita reclamação. Quem vai procurar atendimento lá, ou fica horas esperando para ser atendido ou vai procurar atendimento nos hospitais em Santos.



Zé Protesto

“Zé, a Enesa não está pagando o nosso adicional de insalubridade e as horas extras. Além disso, ano após ano o arrocho nos salários só aumenta.”

- A direção da empresa piora as condições de trabalho e dá calote no que deve aos trabalhadores. Contra tudo isso, mais do que as ações judiciais é preciso ir à luta exigindo respeito aos direitos.

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“Zé, tem um chefete do turno zero hora que parece uma vaca louca. Nas reuniões do DDS é só cobrança por mais produção. Esse chefete ameaça os trabalhadores de demissão se não aceitarem as dobras e antecipações.”

- Tem contratada já com lista grande de dobras que conseguiu na base da pressão, intimidando os trabalhadores. Se toca seu chefete, quer se dar bem com o patrão, humilhando os trabalhadores? Vai é ganhar rapidinho um processo de assédio moral por perseguição.



Atualização cadastral

Prezado Sócio(a)

Solicitamos seu contato em caráter de urgência para atualização cadastral que pode ser feito presencialmente na Av. Ana Costa, 55, em Santos, pelo e-mail (secretaria@metalurgicosbs.org.br) ou pelo telefone 3226-3574. Esta ação evitará problemas no pagamento do carnê em virtude da nova plataforma bancária.

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