O Metalúrgico #545

11 de janeiro de 2019

Índice:

-Para enfrentar os ataques dos patrões e seus governos aos direitos, o caminho dos trabalhadores é a luta;
-Usiminas arrocha salários dos trabalhadores e faz a festa dos acionistas;
-Péssimas condições de trabalho e calote em direitos;
-PERIGO - CMI Brasil coloca trabalhadores em risco;
-Zé Protesto;



Para enfrentar os ataques dos patrões e seus governos aos direitos, o caminho dos trabalhadores é a luta

Mais um ano se inicia mostrando que para o conjunto dos trabalhadores será mais um ano de fortalecer a luta contra os ataques dos patrões e seus governos que querem retirar direitos aprofundando a reforma trabalhista, atacar a aposentadoria e demais benefícios previdenciários com mais uma reforma da Previdência além de atacar ainda mais os serviços públicos como saúde, educação e assistência social.


Todas as medidas do governo não vão combater o desemprego e a miséria, ao contrário, o que os patrões com o apoio do governo querem é retirar direitos, reduzir salários e manter as demissões.


E contra todos esses ataques não tem outro caminho que não seja a luta do conjunto dos trabalhadores em defesa dos direitos, por salários, emprego e melhores condições de vida e trabalho.



Usiminas arrocha salários dos trabalhadores e faz a festa dos acionistas

Depois de impor mais arrocho, não pagando o que deve de aumento salarial e enfiando goela abaixo dos trabalhadores um abono que não é aumento, pois não é incorporado aos salários, a direção da Usiminas agora faz a festa para os acionistas.


No dia 02 de janeiro, o Conselho Administrativo da Usiminas divulgou um comunicado informando que irá distribuir mais de R$ 92 milhões para seus acionistas, ou seja, aumentam a exploração contra os trabalhadores enquanto os acionistas se fartam com os lucros.


E no final de dezembro, aconteceu aqui em Cubatão a tal “conversa com o diretor” da empresa e a conversa fiada foi a mesma, dizendo que usina está com prejuízo há cinco meses seguidos. Mas a verdade é outra: a pressão por produção é intensa e placas não param de chegar. Esse papo da direção da empresa sempre acontece quando está chegando o momento de pagarem a PLR e antes da Campanha Salarial.


Então vamos ficar atentos e fortalecer a nossa luta, pois é só assim que vamos impedir o calote aos nossos salários e garantir os direitos.


Participe da mobilização organizada pelo Sindicato. É lutando que vamos garantir as nossas reivindicações



Péssimas condições de trabalho e calote em direitos

A direção da Usiminas não faz nada para melhorar as condições de trabalho, ao contrário, a situação na área é de mais pressão por produção e condições cada vez mais precárias que provocam acidentes e a adoecimento.


Não garante condições seguras de trabalho e dá calote nos adicionais de insalubridade


É o que aconteceu no Pátio de placas do LTQ2, a Usiminas simplesmente retirou o pagamento do adicional de insalubridade no mês passado. A alegação da direção da usina é que no local não há excesso de calor e que não paga mais adicional por ruído. E mais: as chefias tiveram a cara de pau de dizer que o pagamento durante quase três anos do adicional, foi uma ajuda da empresa.


Mais uma vez, a direção da usina abocanha os adicionais de insalubridade e tenta esconder a real condição de trabalho na hora de preencher o PPP. O Sindicato junto com os trabalhadores vai avaliar a situação na área para tomar as devidas providências.


Se tiver acidente, não adianta chamar de emergência os técnicos de segurança, pois até o carro para área de segurança, a direção da usina cortou


Essa é a situação da área de Segurança do Trabalho, não tem mais carro, os técnicos para se locomover nas áreas têm que pedir carona nos carros das contratadas e quando não tem circular o jeito é ira a pé.


Num chamado de emergência que aconteceu há pouco tempo, os técnicos só conseguiram chegar muito tempo depois que os bombeiros e a vigilância.


Essa é a preocupação da direção da usina com a segurança e saúde dos trabalhadores: nenhuma.



PERIGO - CMI Brasil coloca trabalhadores em risco

A CMI Brasil está obrigando os trabalhadores a trabalhar com ferramentas quebradas e os equipamentos só tem gambiarras. A mangueira da Wap está com emendas o que pode causar um grave acidente.


Essa situação já se arrasta por meses e a direção da empresa não faz nada.


Continue a denunciar os problemas do seu local de trabalho e participe da mobilização junto com o Sindicato



Zé Protesto

“Zé veja o absurdo: o plano de saúde é um absurdo de caro e na hora que precisamos o que encontramos é mais desrespeito. Se você estiver internado, seu acompanhante não tem direito a refeição. Só pode comer quem tem menos de 18 anos ou mais de 60.”

- É hora de colocar a indignação em movimento. A Usiminas não paga o que deve de aumento salarial e todo ano aumento a mensalidade do plano de saúde. Para combater isso, é hora de ir pra cima na mobilização.

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“Zé, mais uma vez o Bodão da Usiminas está atacando os trabalhadores da NM. Ele fica botando pressão por mais metas e ameaçando os trabalhadores.”

- Esse chefete é um lambe botas da NM e da Usiminas, ele pressiona e desrespeita os trabalhadores para se dar bem com as chefias da usina, como o tal de Bodão. Se liga chefete, pois na hora que você for responder processo por assédio moral, vai estar sozinho.

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“Zé, quem trabalha na segurança patrimonial está penando até no trajeto para o trabalho, as vans não têm ar condicionado e nesses dias quentes, vira um forno.”

- E isso só vai mudar, com mobilização, denunciar o que está acontecendo e se colocar em movimento.

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