O Metalúrgico #555

12 de abril de 2019

Índice:

-Metalúrgicos da Baixada Santista reafirmam que Sindicato é pra lutar;
-Metalúrgicos na Usiminas aprovam a pauta de reivindicação da Campanha Salarial 2019;
-A pressão por mais produção só aumenta;
-Isso é a USIMINAS: um desrespeito atrás do outro contra os trabalhadores;
-Zé Protesto;



Metalúrgicos da Baixada Santista reafirmam que Sindicato é pra lutar

Foto da apuração Foto da apuração

Chapa 1 da Intersindical é eleita com 97,8% dos votos


Acabou na noite do dia 05 de abril a apuração da eleição do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista e Região e a CHAPA 1 DA INTERSINDICAL foi eleita com 97.80% dos votos.


Depois de muito tempo, dessa vez os patrões e seus pelegos não conseguiram sequer montar uma chapa. A CHAPA 1, DA INTERSINDICAL, foi a única inscrita no processo eleitoral e os metalúrgicos reafirmaram sua decisão de manter o Sindicato na trincheira da luta em defesa dos direitos.


Participaram da eleição 1.594 trabalhadores sindicalizados aptos a votar que trabalham na Usiminas, nas empresas metalúrgicas e também participaram ativamente os metalúrgicos aposentados. Veja abaixo os números da eleição:


CHAPA 1: 1559 votos

Brancos: 30 votos

Nulos: 05 votos


Seguimos juntos e firmes ampliando a organização da luta a partir dos locais de trabalho contra os ataques dos patrões e do governo aos direitos do conjunto da classe trabalhadora.



Metalúrgicos na Usiminas aprovam a pauta de reivindicação da Campanha Salarial 2019

Vamos fortalecer a mobilização na usina em defesa dos direitos, pela recuperação das perdas e por aumento salarial


A assembleia realizada na portaria da Usiminas, teve grande participação dos trabalhadores de todos os turnos, aprovamos a pauta de reivindicação da Campanha Salarial/2019 e agora é o momento de fortalecermos a mobilização por aumento salarial e em defesa dos direitos.


Esse ano além do reajuste salarial, vamos discutir também as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho e já avisamos que não vamos aceitar nenhuma redução dos diretos que estão na Convenção Coletiva e que foram garantidos através de muita luta. Só esperar pelas negociações não basta é preciso fortalecer a luta.


Veja abaixo alguns dos pontos da pauta de reivindicação:


- Recuperação das perdas e aumento salarial.

- Fim do Banco de Horas

- Nenhum direito a menos: Manutenção e ampliação dos direitos

- Vale alimentação

- Estabilidade até a aposentadoria para os trabalhadores vítimas de acidente e doenças provocadas pelo trabalho que tenham deixado sequela permanente



A pressão por mais produção só aumenta

A produção continua a todo vapor na usina. O programa de produção do LTQ 2 neste mês é de 115 mil toneladas, no mês passado fez mais de 130 mil.


Está sendo descarregado um navio com 30 mil toneladas da Rússia e no dia 11 deve chegar mais um da Pecem com a mesma quantidade de placas. No porto, muitas vezes os trabalhadores ficam dias com 3 navios simultâneos, dobras e antecipações todos os dias e a chefia só quer saber da produção, se algo dá errado o trabalhador é punido.


No LTF o programa é de cerca de 60 mil toneladas. E na área, o comentário não podia ser outro: a direção da Usiminas está pressionando ainda mais, para adiantar a produção e agora em abril baixar o ritmo para vir com a conversa fiada que a coisa está feia e fugir de pagar o que deve aos trabalhadores.


Nas áreas, as dobras e antecipações são constantes, chegando até a 16 horas diárias, veja o absurdo, daqui a pouco vai ter gente desmaiando dentro da usina de tanto trabalho.


O arrocho no salário é cada vez maior, as horas extras são pagas com adicional de somente 50% e outra metade das horas vai para o banco de horas, ou seja, a situação está cada vez pior é para o trabalhador, enquanto para os acionistas é cada vez mais lucro.


A jornada violenta imposta pela Usiminas, além de adoecer, acaba com o tempo dos trabalhadores para o estudo, lazer para estar com suas famílias. Além disso, tem vários casos em que a direção da empresa está obrigando os trabalhadores a mudar de turno e não está nem aí em saber se o trabalhador tem compromissos fora da usina.


Os trabalhadores não vão deixar se enganar e contra o desrespeito aos direitos e a enrolação da direção da usina em pagar o que deve, nosso caminho é fortalecer a mobilização. A luta também é por melhores condições de trabalho, por respeito aos direitos e contra essa jornada desumana de trabalho imposta pela Usiminas.



Isso é a USIMINAS: um desrespeito atrás do outro contra os trabalhadores

Além de toda a pressão por mais produção, os trabalhadores ainda têm que aturar as alucinações e o desrespeito das chefias. Exemplo disso, é o tal projeto “transformese em um Trim Tab” de um chefete no LTQ 2.


Através de um vídeo que ele chama de motivacional, esse capacho da Usiminas, diz que os trabalhadores podem ser uma “peça minúscula e fundamental de um grande navio, se esforçando ainda mais, fazendo funções que não são as suas para contribuir com os resultados da empresa”.


Se toca puxa-saco da Usiminas, os trabalhadores não são peças, são seres humanos responsáveis por produzir todo o lucro da Usiminas e exigimos respeito aos nossos direitos. Vá você, chefete fazer o serviço de mais de 3 pra ver se aguenta uma semana na produção.



Zé Protesto

“Zé, um supervisor na Geu vive passando por cima dos procedimentos e normas, somente para ficar de bem com a chefia. Isso é justo com os trabalhadores? Vidas em risco por causa desse cidadão. Todos os DDS apresentado pelo mesmo só ele fala. O pelego da aula e quando sai para fiscalizar os trabalhadores da exemplo em não utilizar EPI’s, em não utilizar ART, OM check list de ferramentas, cinto de segurança, um verdadeiro 171 em cima da chefia. É um verdadeiro capataz em cima da sua equipe. Será que irão deixar o acidente ocorrer para barrar esse cidadão?”

- Esse cara tá osso duro de roer, se liga tua batata está assando!

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“Zé, agora a ordem na Vigilância é para vistoriar os caminhões que chegam no Porto tanto na hora da entrada como na hora da saída. Se caminhão fizer 15 viagens, 15 vezes os vigilantes vão ter que vistoriar, faça sol ou faça chuva.”

- E tem mais: as vezes os caminhoneiros são seguidos por carros da vigilância, tudo a mando da direção da usina. Mais pressão e desrespeito contra os trabalhadores.

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“Zé, a Vix continua sem pagar a hora de porão para os trabalhadores de empilhadeira e também não está pagando para o conjunto dos trabalhadores a correção do vale alimentação desde dezembro. A empresa devia pagar R$ 416,00 mas só está pagando R$400,00.”

- A Vix está passando por cima de direitos que estão no Acordo Coletivo de Trabalho e a cada dia está piorando as condições de trabalho. Exemplo disso é que está obrigando os motoristas a trabalhar por 12 horas, as dobras e antecipações são frequentes e os acidentes provocados pelas condições de trabalho também, como o que ocorreu no último domingo. Para mudar essa situação é só com a mobilização do conjunto dos trabalhadores.

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