O Metalúrgico #557

29 de abril de 2019

Índice:

-Usiminas divulga resultados do primeiro trimestre de 2019: lucros aumentam cada vez mais explorando os trabalhadores;
-DIA 28 DE ABRIL É DIA DE LUTA EM DEFESA DA SAÚDE E VIDA DOS TRABALHADORES;
-Os problemas na Ponte Rolante expõem cada vez mais os trabalhadores à acidentes e doenças;
-Ritmo alucinante e equipamentos sucateados, essa é a realidade dentro das áreas;
-Risco de acidente grave na Alfa;
-Na Enesa as condições de trabalho e desrespeito contra os trabalhadores pioram;
-Zé Protesto;



Usiminas divulga resultados do primeiro trimestre de 2019: lucros aumentam cada vez mais explorando os trabalhadores

No dia 18 de abril, a direção da Usiminas divulgou os resultados do 1– trimestre, o Ebtida ajustado (lucro antes de juros, impostos e amortizações) foi de R$488 milhões e o lucro líquido, foi de mais de R$70 milhões.


A direção da empresa virá com a conversa fiada de que os lucros estão diminuindo, mas isso é a jogada que fazem todo ano no período da Campanha Salarial para fugir do que devem pagar aos trabalhadores.


A verdade é que os acionistas seguem lucrando às custas de aumentar a exploração contra os trabalhadores


A produção segue a todo vapor nas áreas, as dobras e antecipações continuam e os acidentes por conta das péssimas condições de trabalho também.


Recentemente, ocorreu a colisão de uma ponte rolante com a estrutura do acesso da Ponte Rolante no zero hora e também uma explosão no tatuzinho (máquina portátil de oxicorte) no horário da manhã, no pátio de placas da Aciaria. A injustiça é tão grande que a chefia deu um dia de gancho para o operador da PR, mas fechou os olhos para as péssimas condições do equipamento que mal tem controle de pontos de velocidade, é muito antigo e os freios não têm parâmetro de ajuste.


Mas os “comunicados de acidentes” não aparecem nas reuniões do DDS ( isso quando são abertos)e assim os supervisores que estão a serviço da direção da usina, mostram que as tais regras de ouro e os outros programas da Usiminas só servem de propaganda enganosa, pois a realidade na área e a total falta de segurança que expõe a saúde e vida dos trabalhadores.


Ou seja, quanto mais os trabalhadores sofrem com as péssimas condições de trabalho, com o arrocho salarial, a direção da usina comemora com os acionistas os lucros vindos de tanta exploração.


É hora de dizer NÃO para a enganação da direção da usina e ampliar junto com o Sindicato a mobilização da Campanha Salarial exigindo a recuperação das perdas, aumento salarial, manutenção e ampliação dos direitos.



DIA 28 DE ABRIL É DIA DE LUTA EM DEFESA DA SAÚDE E VIDA DOS TRABALHADORES

Relembrar nossos mortos e lutar pela vida


O dia 28 de abril, é um Dia Internacional de Luta contra as péssimas condições de trabalho que provocam acidentes, doenças e mortes.


É mais um dia para marcar e denunciar que as condições de trabalho imposta pelos patrões que adoecem e matam. Não esquecemos, não perdoamos: 2019 foi marcado pelo o assassinato de centenas de trabalhadores e de moradores de Brumadinho/MG provocado pela ganância de lucros da mineradora Vale. Nunca é demais lembrar que só aqui na Usiminas de Cubatão, mais de 50 trabalhadores foram assassinados pelas péssimas condições de trabalho impostas pela direção da usina.


O 28 de Abril é dia de lembrarmos os nossos mortos e lutar pela vida, é mais uma importante data de luta da classe trabalhadora em defesa dos direitos e por melhores condições de trabalho.



Os problemas na Ponte Rolante expõem cada vez mais os trabalhadores à acidentes e doenças

Os operadores de Ponte são obrigados a pular de uma Ponte Rolante para outra, subindo e descendo escadas constantemente, arrebentando os joelhos e também a coluna durante a operação da máquina.


E quando tem parada programada no LTQ 2, os operadores são obrigados a irem treinar e operar as Pontes Rolantes de outros setores como escarfagem e porto, ou seja, é mais acúmulo de trabalho e nada de contratar mais trabalhadores.



Ritmo alucinante e equipamentos sucateados, essa é a realidade dentro das áreas

O ritmo de produção continua alucinante, vários equipamentos estão quebrados e o que a direção da usina faz? Sobrecarrega ainda mais os trabalhadores da manutenção e os inspetores que deveriam programar os equipamentos para a manutenção para os dias de preventivas normais, também estão indo consertar os equipamentos.


Esse é mais um exemplo que mostra a consequência da política da direção da usina que, ao invés de contratar mais trabalhadores, aumenta a jornada com antecipações de dobras e impõe o acúmulo de funções para quem está na área.



Risco de acidente grave na Alfa

No galpão da ALFA tem uma tubulação furada há mais de uma semana, caindo água na passagem e também em cima das tomadas de energia elétrica.


Esse galpão fica em frente ao escritório da Alfa, ou seja, as chefias estão vendo essa grave situação que coloca em risco a vida dos trabalhadores e não fazem nada.



Na Enesa as condições de trabalho e desrespeito contra os trabalhadores pioram

As péssimas condições de trabalho continuam e nem uniforme tem, os trabalhadores são obrigados a trabalhar com uniformes sujos, rasgados ou remendados.


Os trabalhadores na manutenção civil estão sendo proibidos de entrar no restaurante central e a justificativa absurda das chefias é dizer que ali não é lugar de peão. Os supervisores largam os trabalhadores nas áreas e aí os trabalhadores são obrigados a voltar a pé em baixo de sol ou chuva. Em várias áreas não tem onde tomar água ou ir ao banheiro. As garrafas que as chefias colocam para os trabalhadores tomar água estão num estado deplorável.


O salário é cada vez mais arrochado e a empresa está dando calote nos adicionais de insalubridade e na PLR.


Para enfrentar tanto desrespeito é preciso se colocar em movimento e lutar.



Zé Protesto

“Zé, a direção da usina está exigindo cada vez mais hora extra e na hora de ir embora de táxi é uma canseira, porque vão até quatro trabalhadores no mesmo carro e a Usiminas faz um itinerário com várias cidades diferentes para o mesmo carro.”

- A Usiminas aumenta a jornada, piora as condições de trabalho e desrespeita os trabalhadores durante e depois da jornada e contra isso é preciso colocar a indignação em movimento.

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“Zé, a agência do Banco Santander dentro da usina está fechada, pra resolver problema no Banco só depois da jornada. E quem trabalha no horário administrativo, como é que faz?”

- Antes os trabalhadores conseguiam resolver problemas no Banco, dentro da própria usina nos horários de intervalo, mas agora nem isso. Está mais do que na hora da Usiminas e do Santander resolverem essa situação.

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