O Metalúrgico #561

23 de maio de 2019

Índice:

-No dia 15 de maio, centenas de milhares nas ruas em defesa da educação e dos direitos;
-Governo quer liberar geral as péssimas condições de trabalho que provocam os acidentes, doenças e mortes;
-Para garantir o devido aumento salarial e os direitos vamos juntos ampliar a mobilização;
-A Usiminas continua chorando de barriga cheia;
-Problema dos telhados do pátio de placas da Aciaria continua;
-Zé Protesto;



No dia 15 de maio, centenas de milhares nas ruas em defesa da educação e dos direitos

Fortaleza/CE Fortaleza/CE
Santos/SP Santos/SP
São Paulo/SP São Paulo/SP

O próximo passo é a GREVE GERAL em defesa da Previdência, contra os ataques do governo Bolsonaro que escancarou seu ódio e desrespeito aos trabalhadores


No dia 15 de maio, centenas de milhares foram as ruas de todo o Brasil numa grande luta contra mais um ataque do governo Bolsonaro, aos trabalhadores e seus filhos, pois é isso que significa os cortes no orçamento para a Educação. Esse corte brutal ataca o ensino e também o atendimento e a ampliação dos Hospitais Universitários, onde quem é atendido na grande maioria, são os trabalhadores.


Trabalhadores na Educação, estudantes e trabalhadores das mais diversas categorias se uniram num grande dia de luta que tomou conta das ruas do país.


Esse dia fortalece a construção da GREVE GERAL para o próximo dia 14 de junho e os metalúrgicos da Baixada Santista são parte dessa luta. Participe da mobilização organizada pelo Sindicato, defenda seus direitos.



Governo quer liberar geral as péssimas condições de trabalho que provocam os acidentes, doenças e mortes

O governo Bolsonaro, assim que tomou posse, acabou com o Ministério do Trabalho e se conseguisse também acabaria com o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho. Sabem por que? Porque Bolsonaro quer liberar geral o desrespeito aos direitos trabalhistas.A intenção dele em tentar acabar com as fiscalizações e com a Justiça do Trabalho é impedir que os trabalhadores corram atrás dos direitos que foram desrespeitados pelos patrões.


E agora no mês de maio o governo anunciou que vai afrouxar ainda mais as regras de segurança no trabalho


É o que significa o anúncio de revisar as Normas Regulamentadoras que tratam da Saúde e Segurança no Trabalho. A proposta do governo é reduzir em 90% as Normas vigentes e vai começar por revisar as Normas Regulamentadoras (NR’S) que tratam da proteção aos trabalhadores também em siderúrgicas. Imagine a tragédia que vai ser para os trabalhadores o afrouxamento das Normas que tratam sobre a segurança no trabalho. Se hoje com as NR’s, as péssimas condições de trabalho impostas pela Usiminas já mataram mais de 50 trabalhadores na planta de Cubatão, a situação vai piorar muito mais.


O que o governo quer é liberar os patrões para passar por cima dos direitos, da saúde e da vida dos trabalhadores.


Para defender os direitos e garantir melhores condições de vida e trabalho é preciso lutar


Contra todos esses ataques do governo não tem outro caminho que não seja a luta do conjunto da classe trabalhadora em defesa dos direitos. Por isso vamos todos juntos construir a GREVE GERAL DO DIA 14 DE JUNHO.



Para garantir o devido aumento salarial e os direitos vamos juntos ampliar a mobilização

Nas reuniões que aconteceram até agora para discutir a nossa pauta de reivindicação, a única coisa que os representantes da Usiminas tiveram a cara de pau de falar é que querem incluir itens da reforma trabalhista no Acordo Coletivo de Trabalho e que o índice do INPC está muito alto comparado ao ano passado.


Veja o absurdo: a direção da Usiminas quer atacar os direitos através da reforma trabalhista e também quer fugir de pagar aumento salarial e as perdas que só aumentam a cada ano.


Nas reuniões, a diretoria do Sindicato já disse que não vai aceitar nenhuma retirada de direitos e nenhum calote nos salários. O Acordo Coletivo vigente foi prorrogado por mais 60 dias, mas não adianta só esperar pelas reuniões, é hora de fortalecer a luta dentro da área, pois é assim que vamos garantir os direitos, a reposição das perdas e o aumento salarial.



A Usiminas continua chorando de barriga cheia

A produção segue em alta, no LTQ 2, a programação é de 125 mil toneladas de aço laminado (bobinas). Um navio com 36 mil toneladas em placas vindas da Pecem já foi descarregado e outro vindo da Ucrânia com a mesma quantidade de toneladas está sendo descarregado essa semana.


Ou seja, enquanto a Usiminas enche o bolso dos acionistas de lucros e para os trabalhadores é mais arrocho salarial e desrespeito aos direitos. Então fique atento e participe da mobilização organizada pelo Sindicato, pois é na luta que vamos garantir nossos direitos.



Problema dos telhados do pátio de placas da Aciaria continua

As placas ficam molhadas e tem o risco do escarfador escorregar e cair. As placas ficam molhadas e tem o risco do escarfador escorregar e cair.

Há muito tempo o Sindicato denuncia a situação dos telhados e calhas do pátio da Aciaria que estão cheios de furos e quando chove é enxurrada pra todos os lados. A situação é ainda mais grave porque essa água está caindo sobre a esteira de escarfagem, onde os trabalhadores manuseiam maçaricos para retirar os defeitos das placas.


Veja o tamanho da gravidade: os trabalhadores estão trabalhando numa temperatura elevada e a água da chuva caindo em cima deles, é um absurdo.


A água cai também em cima das pontes rolantes que possuem partes elétricas, como baterias e outros cabeamentos.


Essa situação também afeta as estruturas de metal que estão corroídas.


A direção da usina sabe disso e disse que foi aprovada uma verba para consertar os telhados, mas até agora NADA. O que se vê é pintura nas calhas de telhado e piso, troca de iluminação e novos vasos para os coqueiros em volta do prédio da gerência do LTQ 2, enquanto fazem vista grossa para 14 torres de iluminação queimadas do acesso seguro.


E o tal “Boneco de Olinda” vai na área, mas se finge de cego, só tem olhos pra caçar bituca de cigarro e copinhos no chão.



Zé Protesto

“Zé, o vestiário da Amoi continua de mal a pior: é superlotação, chove dentro e está infestado de ratos”.

- Enquanto lucra explorando cada vez mais, a Amoi desrespeita os trabalhadores e contra isso é preciso lutar.

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“Zé, a Vix depois das denúncias feitas pelo Sindicato, começou a pagar corretamente o valor do ticket e também os atrasados, mas continua dando calote na hora de porão”.

- A empresa, além de não pagar corretamente a hora do porão, está obrigando os trabalhadores a assinar um documento como se a dívida estivesse quitada. Se toca VIX, são mais de quatro sem receber o devido adicional, ao invés de botar pressão, pague o que deve aos trabalhadores.

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“Zé, agora a G4S, está obrigando os vigilantes a fazer reciclagem após uma jornada de 12 horas e no dia de folga”.

- A empresa tem que tomar vergonha na cara e respeitar os direitos dos trabalhadores. A reciclagem tem que ser feita dentro da jornada de trabalho.

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