O Metalúrgico #563

01 de junho de 2019

Índice:

-Usiminas continua a fugir de pagar o que deve e quer retirar direitos dos trabalhadores;
-Usiminas não garante condições seguras de trabalho e persegue os trabalhadores;
-Enesa não está respeitando o intervalo de descanso entre as jornadas;
-No Laminador tem chefete humilhando trabalhadores;
-IMPORTANTE: No Porto quase outra tragédia na usina;
-Zé Protesto;



Usiminas continua a fugir de pagar o que deve e quer retirar direitos dos trabalhadores

Contra o arrocho salarial e a retirada de direitos é preciso lutar


Na semana passada, aconteceu mais uma reunião para discutir nossa pauta de reivindicações da Campanha Salarial e os representantes da Usiminas não apresentaram nenhuma proposta de pagar o que devem em nossos salários, ao contrário, o que querem é retirar direitos que estão no Acordo Coletivo de Trabalho.


Veja alguns dos direitos que a direção da Usiminas quer retirar:


- ACABAR COM AS HOMOLOGAÇÕES NO SINDICATO - Está garantido no Acordo Coletivo de Trabalho que as homologações (o acerto de contas) deve ser feito no Sindicato, justamente para que o trabalhador receba tudo que tenha direito. Os patrões, depois da reforma trabalhista tentam retirar esse direito dos Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho, para dar calote na rescisão trabalhista.


- ACABAR COM A ESTABILIDADE PRÉ-APOSENTADORIA - Também está garantido no Acordo Coletivo de Trabalho, a estabilidade aos trabalhadores que estão no período para se aposentar, essa é mais uma importante conquista que garantimos na luta. O que a Usiminas quer ao tentar retirar essa cláusula é aumentar ainda mais o ataque aos trabalhadores, que para os patrões e seus governos estão velhos demais para trabalhar e novos demais para se aposentar.


- AUMENTAR O BANCO DE HORAS, O QUE SIGNIFICA MAIS TRABALHO E CALOTE NAS HORAS EXTRAS - O banco de hora foi inventado pelos patrões para aumentar a jornada de trabalho e não pagar as devidas horas extras. O banco de horas foi imposto na Convenção Coletiva de Trabalho pela Usiminas com o apoio dos pelegos que antes estavam no Sindicato e a direção da empresa quer, não só manter, como ampliar para 10 meses o banco de horas.


O Sindicato já disse NÃO para todas as propostas da Usiminas que retiram direitos


Na reunião já dissemos NÃO para todas essas propostas e reafirmamos que não vamos aceitar nenhuma retirada de direitos do Acordo Coletivo de Trabalho. Os patrões tentam se ancorar em sua reforma trabalhista para retirar direitos, diminuir salários e demitir e contra isso nossa resposta é a luta.


Estamos num momento em que os patrões junto com o governo Bolsonaro que já demonstrou seu ódio contra os trabalhadores, querem avançar ainda mais contra nossos direitos, mas a luta contra esses ataques tem se fortalecido.


As mobilizações contra a desumana reforma da Previdência, contra os cortes na Educação que atingem a classe trabalhadora e seus filhos, têm crescido a cada dia e a nossa mobilização durante a Campanha Salarial em defesa dos direitos também é parte dessa luta.


A próxima reunião sobre a pauta de reivindicação será no dia 31 de junho, mas só esperar pelas reuniões não basta, é preciso lutar, então participe da mobilização organizada pelo Sindicato.


No próximo dia 14 de junho é dia de sair de casa, não para trabalhar para encher de lucro os bolsos dos patrões. É dia de sair de casa para lutar, pois é dia de GREVE GERAL em defesa dos direitos e por melhores condições de vida e trabalho.



Usiminas não garante condições seguras de trabalho e persegue os trabalhadores

As péssimas condições de trabalho estão por toda as áreas dentro da Usiminas, o que provoca acidentes, doenças e já matou dezenas de companheiros nossos.


A hipocrisia e o desrespeito da direção da usina são tão grandes e exemplos disso não faltam, um deles é mais uma propaganda enganosa sobre segurança no trabalho, que ela tenta enfiar goela abaixo dos trabalhadores.


No tráfego ferroviário, a gerencia reuniu todos os trabalhadores e ameaçou quem não usasse o tal adesivo do “acidente zero”.


Isso é mais do que uma prática criminosa de assédio moral, isso é um desrespeito a inteligência e vida dos trabalhadores, pois não é um adesivo no uniforme que vai evitar os acidentes.


O que a direção da usina quer com essa intimidação contra os trabalhadores é de novo fugir de suas responsabilidades, pois quem provoca os acidentes, doenças e mortes dentro do local de trabalho, são as péssimas condições de trabalho impostas pela Usiminas.



Enesa não está respeitando o intervalo de descanso entre as jornadas

A Enesa não está respeitando o intervalo intrajornada e está obrigando os trabalhadores a trabalhar sem bater o ponto, para tentar se safar de mais essa irregularidade.


Na semana passada, a chefia mandou quem tinha trabalhado no dia anterior das 15 às 23 horas, voltar no dia seguinte no turno das 7 horas, ou seja, não respeitou o devido intervalo para descanso entre uma jornada e outra e ainda mandou os trabalhadores não baterem o ponto.


O Sindicato assim que soube de mais essa irregularidade entrou em contato com a Usiminas exigindo respeito aos direitos dos trabalhadores.


Se o problema continuar, não deixe de bater o ponto e entre em contato imediatamente com o Sindicato.



No Laminador tem chefete humilhando trabalhadores

No Laminador de encruamento, tem um chefete puxa saco da Usiminas, que está botando pressão contra os trabalhadores e os obrigando a trabalhar toda a jornada em pé. Se toca chefete, pois na hora que tiver que responder por assédio moral, não tem costa-quente que te livre, nem gerente-geral pra te proteger.



IMPORTANTE: No Porto quase outra tragédia na usina

No sábado, dia 25, ocorreu um acidente grave no Porto durante o carregamento do navio de bobinas.


O cabo do guindaste do navio rompeu, deixando cair de uma altura de três metros o conjunto moitão e duas bobinas. Mais uma vez por sorte ninguém se feriu.


No próximo boletim mais detalhes desse acidente que poderia ter sido mais uma tragédia na Usiminas.



Zé Protesto

“Zé, a VIX continua praticando desvio de função dos mecânicos, soldadores e eletricistas que estão sendo obrigados a fazer o serviço de troca de pneus, as dobras e antecipações também continuam e os motoristas dos tratores são obrigados a fazer hora extra quase todo dia.”

- A Vix com a conivência da Usiminas, impõe o desvio de função, não contrata mais trabalhadores e sobrecarrega quem está na área, a consequência disso é mais adoecimento. Contra o desrespeito aos direitos e a saúde é preciso lutar.

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“Zé o descaso com os caminhoneiros continua. Os que têm que carregar carepa no Pátio de Minérios além de sofrer com a espera para conseguir entrar na usina, depois tem que esperar ainda mais, lá dentro por conta que o maquinário da Vix na maioria das vezes está quebrado, inclusive a balança.”

- O caminhoneiro tem que ir e voltar na balança umas cinco vezes para acertar o peso e precisam abrir a tampa traseira pra descarregar o material que excede o peso, ou seja são riscos de acidentes provocados por essas condições de trabalho horríveis provocadas pelas terceirizadas com o apoio da Usiminas.

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