O Metalúrgico #566

Vamos ampliar a mobilização em defesa dos direitos e por aumento salarial

No dia 26, aconteceu mais uma reunião para discutir nossas reivindicações da Campanha Salarial e novamente a direção da empresa desrespeita os trabalhadores.

Os representantes da empresa apresentaram como proposta, mais um desrespeito contra os trabalhadores, pois seguem querendo arrancar direitos, veja:

- Querem ampliar o banco de horas de 4 para 10 meses, onde o todas as horas extras vão para o banco e a compensação é de 1h compensada por 1h trabalhada, ou seja, acaba com o pagamento do adicional de 50% na hora extra.

- Querem acabar com a estabilidade pré-aposentadoria.

- Querem acabar com as homologações no Sindicato.

- Querem reduzir o adicional noturno de 50% para 20%

- Querem acabar com a tolerância de atrasos de 1h por mês

- Querem a quitação anual, o que significa tentar impedir que os trabalhadores entrem com processo judicial exigindo direitos que foram desrespeitados, como por exemplo, falta de pagamento de hora extra, não pagamento de adicionais de insalubridade e periculosidade, irregularidades nos pagamentos de salários entre outros.

A proposta de índice que a Usiminas fez foi de 4% de reajuste, ou seja, abaixo do INPC e, junto com isso, quer impor a retirada de direitos.

O Sindicato já disse NÃO para todas essas propostas que reduzem direitos. O Acordo Coletivo vigente foi prorrogado para até 31 de julho. Mas só isso não basta, é preciso agora ampliarmos a mobilização para garantir os direitos e o devido aumento salarial.

A Usiminas teve um lucro líquido de 76 milhões no 1° trimestre e o Ebtida foi de R$488 milhões. Nesse período a empresa também teve sua nota de crédito elevada pela agência Moody’s, que olha o desempenho das empresas no mercado.

Além disso, a Usiminas anunciou um investimento de R$ 1 bilhão na reforma do alto-forno em Ipatinga (MG) e também uma nova unidade de galvanização.

Ou seja, para a Usiminas as coisas estão muito boas e a empresa tenta retirar direitos e arrochar os salários para lucrar ainda mais, enquanto os trabalhadores ficam só ficam no prejuízo.

Para enfrentar tudo isso o caminho é a nossa mobilização, pois é na luta que garantimos os direitos que os patrões querem acabar, é na luta que vamos impedir que eles acabem.

Nas áreas a produção segue a todo vapor e a pressão das chefias aumenta a cada dia para fazer os trabalhadores produzirem ainda mais. No porto e no transporte, a chefia pressiona os motoristas de tratores e de caminhões para acelerar as movimentações de placas dos navios. Na VIX, os trabalhadores dobram e o táxi que deveria chegar 11h, só chega 12h e até às 14h as vezes.

No dia 22, sábado, a chefia do 15h no LTQ 2 falou que ia pedir lanche para os trabalhadores para os mesmos não terem que ir até o restaurante do LTF e assim adiantar a produção.

Aconteceu que ninguém foi buscar o lanche e os trabalhadores ficaram sem nenhuma refeição durante toda a jornada. Sendo que já é totalmente errada a troca da janta pelo lanche.

Essa é a realidade dentro da usina, produção bombando, chefias apertando e os trabalhadores além de terem que se desdobrar pra produzir em péssimas condições, ainda são desrespeitados em seus direitos e salários.

Depois de ter passado a maior vergonha em público no auditório durante o “café com o diretor”, porque não sabia responder as perguntas que ele fez, o “chefão” do LTQ 2 (conhecido como megamente, boneco de Olinda, etc) parece que ficou desesperado e está fazendo de tudo para mostrar serviço.

Recentemente, ele foi na área e mandou reduzir o tempo que a equipe da Escarfagem tinha para discutir SEGURANÇA no DDS, só para dar prioridade à produção.

Ele vai na área pra ver essas coisas, copinho, bitucas, apertar os trabalhadores e cobrar punições, mas não está nem aí para as condições dos equipamentos.

Na PR 365, do pátio de placas, por exemplo, há anos os trabalhadores relatam a falta de ar-condicionado. O aparelho foi comprado, fixado na ponte, mas continua embalado e sem funcionar. Os trabalhadores têm que ficar operando no calor, enquanto ele está na sala com arcondicionado, de boa.

Se liga aí, chefete, não vai ser em cima dos trabalhadores que você vai fazer seu nome para o novo diretor.

Para enfrentar as péssimas condições de trabalho, garantir direitos e aumento salarial é preciso lutar. Participe das mobilizações organizadas pelo Sindicato

“Zé, devido a produção em alta, a Ormec contratou mais 80 trabalhadores. Mas ela acha que é só contratar o pessoal e colocar pra trabalhar deixando de lado a segurança, saúde e higiene dos trabalhadores. Com o descaso da Ormec e da direção da Usiminas, o vestiário do porto continua em péssimas condições. É o maior aperto, com poucos chuveiros e alguns queimados, Não tem bebedouro e nem saída de emergência, sem contar a sujeira.”

- Aumenta a produção, contratam mais gente, mas as práticas que atacam direitos básicos dos trabalhadores continuam as mesmas na Ormec com a conivência da contratante Usiminas.

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“Zé, no dia 25, no restaurante do LTQ 2 no almoço, os trabalhadores encontraram larvas na refeição. Um verdadeira nojeira e um risco de contaminação.”

- Mais uma absurdo da Usiminas que, além de fornecer uma mixaria de mistura, não consegue nem fornecer uma refeição de qualidade.