Não vamos aceitar a redução de direitos do Acordo Coletivo de Trabalho
Na reunião que ocorreu no dia 22 de agosto, novamente os representantes da Usiminas vieram com a encenação de sempre, chorando de barriga cheia. Além de não pagar o que devem aos trabalhadores, insistem em retirar direitos que estão no Acordo Coletivo de Trabalho.
Tiveram a cara de pau de apresentar de novo a proposta de banco de horas em que pagariam apenas 30% das horas extras e 70% iriam para o banco de horas, sendo 01 hora x 01 hora, ou seja, a proposta é diminuir o pagamento das horas extras e piorar a jornada de trabalho.
Salário de R$ 2.000,00
Valor da hora normal: R$ 9,09
Fez 50 horas extras.
Recebe 25 horas com adicional de 50%= R$ 340,87
25 horas vai para o Banco e viram 37,5 horas para compensar.
Mesmo trabalhador
Recebe 15 horas (30%) com adicional de 50% = R$ 136,35
35 horas vão para o banco para compensar em até 10 meses.
- Ou seja, este trabalhador terá uma quantidade menor de horas a compensar (2,5h no caso) e também perderá R$ 204,52 que deveria receber no salário com horas extras.
Além do banco de horas, a Usiminas tenta atacar outros direitos como impor a quitação anual para passar por cima de direitos, não fazer mais a homologação no Sindicato, entre outros.
Enquanto tenta engolir direitos, a direção da empresa se recusa a pagar o devido aumento salarial, não paga o vale-alimentação, quer seguir reajustando o plano de saúde com índice muito maior do que o reajuste salarial, se recusa a limitar em 10% o desconto nos salários com despesas médicas e foge de tantas outras reivindicações que estão na nossa pauta.
O Sindicato reafirmou que NÃO vai aceitar nenhuma proposta que retire direitos do Acordo Coletivo de Trabalho. A proposta já foi recusada durante a reunião, a data-base foi prorrogada até dia 30 de agosto e, para enfrentar a enrolação da Usiminas e o ataque aos direitos, é preciso colocar a indignação em movimento, só esperar pela próxima reunião, não basta.
Vamos firmes fortalecer a nossa mobilização, pois é assim, juntos na luta que garantimos os direitos!
O descaso da Usiminas com a segurança e a saúde dos trabalhadores continua. Há mais de um ano que o Sindicato denunciou a situação da torre próxima ao pátio de placas da Aciaria e até agora, nada foi feito.
TRAGÉDIA ANUNCIADA - A estrutura está toda corroída, tem pedaços soltando e risco de cair em cima dos trabalhadores é cada vez maior.
Em janeiro, mais de 200 pessoas morreram em Brumadinho(MG), vítimas das condições de trabalho impostas pela mineradora Vale que ataca a vida dos trabalhadores, da população e violenta o meio-ambiente.
O governo está acabando com as Normas Regulamentadoras (NR’s), que tratam sobre saúde e segurança no trabalho. Através de Medidas Provisórias (MP), tenta aprofundar a Reforma Trabalhista para arrochar ainda mais os salários, eliminar direitos e aumentar o desemprego.
Enquanto segue em sua cruzada contra os trabalhadores, o governo faz de tudo para agradar os patrões. Medidas Provisórias que liberam os patrões para seus negócios sem as devidas regras e fiscalizações, perdão das dívidas do agronegócio, abertura de privatizações de todas as estatais que podem se tornar fonte de lucro para empresas privadas. Bolsonaro estimula também a violência contra os povos indígenas e, para agradar mineradoras e o agronegócio, quer fazer uma devassa nas reservas indígenas e transformar o que resta da Amazônia numa reserva de matérias-primas para o Capital.
Os incêndios provocados pelo desmatamento, pela ampliação da grilagem e da exploração das madeireiras causou a indignação internacional e os protestos têm se ampliado em várias cidades do Brasil e do mundo.
A vida está em risco para além das chamas que consomem o principal bioma do planeta que é a Amazônia. No Brasil são mais de 30 milhões de desempregados, a miséria aumenta e são milhares que não têm o que comer e onde morar, Bolsonaro quando afirmou que ninguém passa fome no Brasil, certamente falava de sua família, de seu governo, dos parasitas que estão no Congresso Nacional e da pequena parte da população, os capitalistas que se enriquecem na exata medida em que trabalhadores sofrem com o arrocho salarial, com o ataque aos direitos e tem suas vidas colocadas em risco diariamente.
As chamas provocadas pela ação do Capital e pela negligência do governo consomem a Amazônia só serão apagadas pela chama de luta de todos que estão sob ameaça desse projeto, é na luta dos indígenas, da população das periferias, dos que estão tendo seus direitos e empregos eliminados, ou seja, é na luta de nossa classe, a classe trabalhadora.
“Zé, tem um chefete no almoxarifado da Enesa que fica negando o fornecimento de uniforme para os eletricistas, mesmo quando o uniforme já está rasgado e tem autorização do supervisor para trocar. As ferramentas dos eletricistas também estão em péssimas condições de uso, mas o coordenador fala que tem que trabalhar com elas assim mesmo.”
- Esse mesmo coordenador fica falando que vai descontar dos salários dos trabalhadores as multas que a Usiminas aplicar na Enesa. E tem mais: na hora de tomar banho tem que disputar o chuveiro com os mosquitos que tomaram conta do vestiário que está abandonado.
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“Zé, os caminhões que atendem as áreas operacionais da Usina estão com as borrachas de vedação desgastadas, deixando o material contaminado poluir o meio ambiente. Além disso, os pneus estão carecas, ar-condicionado não funciona, o motorista passa o maior calor e ainda fica no meio da poeira das ruas. Dia 20/08 faltou combustível para abastecer das duas empilhadeiras usadas para atender toda área operacional, não tem reserva e quando quebra a área fica um caos, sem falar das condições dos equipamentos sem ar-condicionado, poliguindaste tem apenas um. À quem interessa essa " Gata " na área?
- A gerência do transporte é convivente com tudo isso, pois não fiscaliza e nem cobra essas condições. Esse é o jeito de ser Usiminas.
30 de agosto de 2019