O Metalúrgico #604

03 de setembro de 2020

Índice:

-Usiminas não quer pagar o que deve;
-Em Ipatinga (MG), manifestação organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos denuncia os ataques da Usiminas;
-Demissões, mais acúmulo de funções, essa é a receita da Usiminas: chicote no trabalhador e lucro para os acionistas;
-A serviço da Usiminas para atacar direitos dos trabalhadores;
-Usiminas vai na contramão na prevenção contra Coronavírus;
-Zé Protesto;



Usiminas não quer pagar o que deve

É SÓ NA LUTA QUE VAMOS GARANTIR O DEVIDO AUMENTO SALARIAL E NA REINTEGRAÇÃO DOS TRABALHADORES DEMITIDOS


Na semana passada aconteceu mais uma reunião para discutir a nossa pauta de reivindicação da Campanha Salarial 2020. Novamente os representantes da Usiminas se recusam a responder sobre a reivindicação do aumento salarial e fogem da discussão sobre a reintegração dos mais de 300 trabalhadores demitidos em julho desse ano.


O Sindicato novamente exigiu a reintegração dos trabalhadores e a resposta da direção da usina foi a de que o processo judicial continua e só falará sobre isso nas ações judiciais, ou seja, a Usiminas vai tentar fazer de tudo para manter e continuar com as demissões.


Esse é mais um exemplo de que só esperar pelo julgamento do processo não adianta. É preciso fortalecer nossa luta pelo retorno de quem foi demitido e impedir que mais demissões aconteçam.


Sobre o reajuste salarial, o Sindicato reafirmou que, além da reposição das perdas, é preciso pagar o devido aumento salarial.


Veja abaixo as reivindicações apresentadas:

- 5,5% de reajuste salarial referente a reposição do INPC (que foi de 2,46%), mais perda do poder de compra do trabalhador;

- Vale Alimentação de R$ 400,00;

- Congelamento do desconto de Transporte e Alimentação;

- Plano de Saúde: limitar e não acumular o descontos em folha de pagamento;

- Piso Salarial: reajuste maior que 5,5%;

- Manutenção da data-base em 1º de maio.


Os representantes da empresa de novo fugiram da discussão e ficaram de dar um retorno sobre a nossa proposta, ou seja, é só a mobilização que vai acabar com a enrolação da Usiminas.


Enquanto os trabalhadores sofrem com o arrocho salarial, o acúmulo de funções e com as demissões, os acionistas e a direção da empresa fazem a festa com o aumento dos investimentos, da lista de clientes, do preço do aço.


Os lucros que enchem as mesas dos acionistas vêm às custas do trabalho dos metalúrgicos e trabalhadores nas empresas terceirizadas, está mais do que na hora de novamente mostrar a nossa força, por isso fique atento e participe da mobilização organizada pelo Sindicato.


É só na luta que se garante emprego, salário e direitos!



Em Ipatinga (MG), manifestação organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos denuncia os ataques da Usiminas

No dia 26 de agosto, o Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga/MG organizou junto com outros sindicatos e movimentos uma manifestação para denunciar a comemoração da Usiminas junto com o governo da morte de Bolsonaro, o governador de Minas e o prefeito da cidade.


O que eles comemoravam? O aumento dos lucros, a ampliação dos investimentos e negócios da Usiminas que se deram às custas de demissões em massa, arrocho salarial e desrespeito aos direitos em Cubatão e Ipatinga.


A cidade amanheceu repleta de faixas contra o governo da morte de Bolsonaro denunciando os ataques à classe trabalhadora. Mesmo com todo o aparato policial colocado à disposição pelo governador Romeu Zema para proteger os interesses da Usiminas, o dia foi de luta em defesa da vida, dos empregos e direitos da classe trabalhadora.



Demissões, mais acúmulo de funções, essa é a receita da Usiminas: chicote no trabalhador e lucro para os acionistas

No Boletim anterior denunciamos o que as chefias à mando da Usiminas estão fazendo: obrigando os trabalhadores a treinarem várias funções e se virar para darem conta de todo o trabalho.


Essa é uma situação que está em todas as áreas, veja mais um exemplo: na instrumentação vários trabalhadores foram demitidos e agora que a produção está sendo retomada a todo vapor não tem instrumentista para todas as áreas, só tem um por turno e quando está de folga também não tem sossego, é requisitado por telefone.


Quem ficou está tendo que trabalhar dobrado. E mais: a pressão por mais produção só aumenta, o trabalho que deveria ser feito entre 3 a 4 dias, estão exigindo que seja feito num só dia.


As denúncias que a cada semana só aumentam, escancaram que a direção da usina foge de reintegrar quem colocou no olho da rua e quer sugar até a última fonte de energia do trabalhador que ficou.


Contra isso não tem outro caminho que não seja a nossa luta pela reintegração dos trabalhadores demitidos e por melhores condições de trabalho.



A serviço da Usiminas para atacar direitos dos trabalhadores

Pelego Luiz Carlos Miranda, que foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (MG), é denunciado por lavagem de dinheiro


Mais denúncias contra o pelego Luiz Carlos Miranda, conhecido como Boca Roxa que foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga/MG (SINDIPA) até 2012 escancaram que ele esteve no Sindicato para servir aos interesses da Usiminas.


Esse pelego se enriqueceu às custas de entregar direitos dos trabalhadores e dilapidar o patrimônio da categoria. As denúncias divulgadas na semana passada em ação movida pelo Ministério Público do Trabalho mostram que mais de R$ 2 milhões foram desviados pelo pelego em contratos com a Fundação São Francisco Xavier, entidade controlada pela Usiminas.


São muitos e graves os atos cometidos pelo pelego Luiz Carlos que prejudicaram os trabalhadores, por causa disso, desde 2012 ele e parte de sua turma são proibidos de disputar as eleições do Sindicato.


Em 2012, depois de uma intensa batalha, a chapa de Oposição da Intersindical conseguiu disputar as eleições e, junto com os metalúrgicos, derrotou a chapa apoiada pelo pelego Boca Roxa e pela Usiminas.


A direção eleita pelos trabalhadores pôs fim a toda maracutaia montada pelos pelegos. Acabaram os Acordos que retiravam direitos, não há dinheiro do patrão financiando nenhuma atividade do Sindicato, o SINDIPA voltou a ser o instrumento de luta e defesa dos trabalhadores.


A atual diretoria do SINDIPA segue firme exigindo que haja a devida punição contra todos aqueles que por anos atacaram direitos e dilapidaram o patrimônio da categoria



Usiminas vai na contramão na prevenção contra Coronavírus

O responsável pelo LTQ2, conhecido como “Boneco de Olinda”, não está respeitando o comunicado e a orientação sobre a Pandemia, realizando reuniões em ambiente fechado, com aglomeração de trabalhadores, ou seja, indo na contramão dos riscos de contaminação da Convid-19, e assim gerando um grande mão estar no ambiente de trabalho. O bem-estar dos trabalhadores ficou em segundo plano, o jeito Usiminas de ser. Até quando vamos aguentar esses desmandos?



Zé Protesto

“Zé, a Usiminas está chamando os trabalhadores para retornar à usina sem fazer os exames para o coronavírus e a resposta da direção da empresa é que tem uma listagem encaminhada para fazer o exame, só que até agora nada.”

- Veja o desrespeito da Usiminas com a saúde e a vida dos trabalhadores. O Sindicato segue exigindo além da realização dos testes, o devido afastamento de quem teve contato com alguém que estava com a COVID 19, como medidas de proteção à saúde pra valer.

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“Zé, no setor de treinamento quase todo mundo foi demitido.”

- Esse é mais exemplo do ataque brutal da Usiminas contra os trabalhadores. Para mudar essa situação é só a união e a luta de todos os metalúrgicos e trabalhadores nas empresas terceirizadas.

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