O Metalúrgico #627

07 de maio de 2021

Índice:

-Usiminas distribuirá R$ 159 milhões de dividendos para os acionistas;
-Os trabalhadores junto com o Sindicato já decidiram. Exigimos;
-SINDICATO DOS METALÚRGICOS DA BAIXADA SANTISTA, JUNTO COM A INTERSINDICAL, PARTICIPOU DO ATO CLASSISTA DO 1º DE MAIO - DIA INTERNACIONAL DE LUTA DA CLASSE TRABALHADORA;
-Enquanto os acionistas comemoram os lucros, as condições de trabalho dentro da usina são cada vez piores;
-Após cobrança do Sindicato, Ormec promove melhorias no vestiário;
-Sindicato também denunciou na reunião sobre a pauta de reivindicação, os problemas na previdência Usiminas;
-Zé Protesto;



Usiminas distribuirá R$ 159 milhões de dividendos para os acionistas

Enquanto isso, os trabalhadores amargam mais arrocho salarial. Para garantir nossas reivindicações, é preciso fortalecer a luta em defesa dos empregos, direitos e salários


No dia 29/04, a direção da Usiminas divulgou a distribuição de dividendos no valor de R$159 milhões para seus acionistas, na mesma semana em que nas reuniões sobre a nossa pauta de reivindicações, os representantes da usina não responderam nada sobre o nosso devido aumento salarial.


A cara de pau da direção da empresa é tão grande que ao invés de responder a pauta aprovada pelos trabalhadores, a Usiminas colocou as chefias para fazer uma tal de pesquisa sobre o Acordo Coletivo.



Os trabalhadores junto com o Sindicato já decidiram. Exigimos

- Reposição das perdas salariais mais aumento salarial pra valer;

- Manutenção e ampliação dos direitos do Acordo Coletivo;

- Estabilidade até a aposentadoria para os trabalhadores vítimas de doenças e acidentes provocados pelo trabalho que tenham deixado sequela permanente;

- Vale-alimentação;

- Fim do Banco de Horas;

- Congelamento do reajuste no plano de saúde e do transporte.


Durante as reuniões para discussão da pauta de reivindicação também exigimos a efetivação dos trabalhadores que a Usiminas impôs contratação temporária


A Usiminas que até agora não reintegrou os trabalhadores que foram demitidos logo no início da pandemia em 2020, tem imposto contratos temporários de 6 meses para vários trabalhadores, essa é mais uma forma que a direção da empresa usa para desrespeitar os direitos.


O Sindicato já exigiu a efetivação de todos os trabalhadores que foram colocados nesse contrato irregular e é através da nossa mobilização que vamos garantir nossas reivindicações



SINDICATO DOS METALÚRGICOS DA BAIXADA SANTISTA, JUNTO COM A INTERSINDICAL, PARTICIPOU DO ATO CLASSISTA DO 1º DE MAIO - DIA INTERNACIONAL DE LUTA DA CLASSE TRABALHADORA

Ato virtual organizado pela Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora e CPS/Conlutas teve grande participação de todas as regiões do país Manifestações como panfletagens, ações de solidariedade e carreatas também


O 1º de Maio foi marcado por manifestações em todas as regiões do país denunciando o governo genocida de Bolsonaro e os ataques patronais que atacam a vida e os diretos da classe trabalhadora.


Para marcar essa importante data de luta da classe trabalhadora a Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora e a CPS-Conlutas realizaram um ato virtual por conta da pandemia que contou com grande participação de todas as regiões do país. Nosso Sindicato participou do ato, da carreata que aconteceu em Campinas e das ações de solidariedade.


Nosso ato reafirmou o 1º de Maio classista, sem governo e sem patrão, não estivemos no ato chamado pelas demais centrais sindicais que decidiram se unir aos que atacam a classe trabalhadora como os empresários, governadores e a maioria dos deputados e senadores que estão à serviço dos interesses patronais atacando os direitos dos trabalhadores.


Já são mais de 400 mil vidas arrancadas no Brasil durante a pandemia iniciada em 2020. Muito além da COVID 19, essa tragédia é de responsabilidade do governo Bolsonaro e dos patrões que seguem mantendo em funcionamento todas as atividades não essenciais nesse momento tão grave de pandemia.


As manifestações do dia 1º de Maio são um importante passo para fortalecer a organização da luta contra o governo genocida de Bolsonaro e os ataques do Capital. Avançar na organização e na luta a partir dos locais de trabalho e moradia nos preparando para o reencontro nas ruas em defesa da vida, dos direitos, salários e empregos.


VIVA O 1º DE MAIO, VIVA A LUTA INTERNACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA



Enquanto os acionistas comemoram os lucros, as condições de trabalho dentro da usina são cada vez piores

No Porto os riscos também continuam


A situação do piso do costado (ponto 4) é crítica por causa dos vários buracos e desníveis que existem ali.


Em alguns pontos foram colocadas chapas de aço sobre os buracos, mas o problema continua, pois as chapas ficam com pontas levantadas e vãos entre elas.


Nessa área tem fluxo intenso de equipamentos como empilhadeiras e tratores e acidentes graves podem acontecer com o piso nesse estado. A gerência do Porto e as chefias sabem dessa situação de risco e não fazem nada.


Recentemente também caiu uma chapa de proteção de um CN no Porto, num dia de ventania, e só depois disso a direção da usina paralisou a operação por algumas horas.



Após cobrança do Sindicato, Ormec promove melhorias no vestiário

Semanas atrás, a ORMEC contratou trabalhadores para operar as pontes-rolantes do Embarque, mas jogou os trabalhadores num vestiário sem as mínimas condições.


Não tinha água quente, bebedouro, os vasos sanitários sem nenhuma condição de uso. Assim que soube da situação, o Sindicato cobrou a direção da Usiminas e o gerente do setor.


Só depois da nossa pressão, a empresa encaminhou a limpeza e a instalação de chuveiros novos, torneiras, vasos sanitários e trocaram a iluminação.



Sindicato também denunciou na reunião sobre a pauta de reivindicação, os problemas na previdência Usiminas

A previdência complementar, que já é um problema para os trabalhadores, agora está cada vez pior: quem está negativo na conta porque o salário não dá conta de pagar as contas básicas também está impedido de fazer empréstimo na previdência Usiminas. Veja o absurdo: os trabalhadores é que pagam a previdência e estão sendo impedidos até de fazer empréstimo.


Depois da pressão do Sindicato, Usiminas se mexe para resolver o problema da linha de vida no Pátio de placas da Aciaria:


No pátio da MLC 4, após as cobranças dos operadores da área junto com o Sindicato, foi normalizada a linha de vida que estava deteriorada naquela área.



Zé Protesto

“Zé, a Usiminas renovou o contrato com a VIX e a empresa dizia que iria trocar os equipamentos, mas até agora nada. Os caminhões basculantes, pás carregadeiras e empilhadeiras continuam na mesma situação, ou seja, sem ar condicionado.”


- A Usiminas e suas empreiteiras não estão nem aí com a saúde e a vida dos trabalhadores. Para garantir

melhores condições de trabalho e a devida proteção à vida é preciso fortalecer a luta de todos os

trabalhadores, os efetivos na Usiminas e os das terceirizadas.

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