Os dados são da própria Usiminas, os lucros não param de crescer fruto da intensa exploração contra os trabalhadores.
Veja os resultados divulgados depois de mais uma rodada de ataque aos metalúrgicos:
- O lucro bruto entre 2015 e 2016 teve um aumento de 182%.
- As ações na Bolsa subiram quase 170%.
- O Ebtida (lucro líquido) que era de 2,9% em 2015, aumentou para 7,16% em 2016, ou seja, um aumento de 166,77%.
- A Usiminas manipula os dados contábeis, para tentar esconder que o que chama de prejuízo, na verdade é o que gastou em investimentos que somam mais de R$ 220 milhões.
- Na Siderurgia, o Ebtida ajustado que era de 16% no terceiro trimestre de 2016, aumentou para 30% no quarto trimestre, o que significa que produtividade segue aumentando. E isso através de muito arrocho salarial e mais pressão por produção.
A produtividade aumentou, aumentando a exploração contra os trabalhadores:
- Em 2015, a Usiminas tentou dar calote nas perdas salariais e os trabalhadores, organizados com o Sindicato, disseram não à mais esse ataque da empresa. A Usiminas foi obrigada a pagar 7,34% de reajuste depois de recorrer dos 8,34% determinado pelo TRT e o Sindicato continuou exigindo o pagamento integral das perdas.
- Em maio de 2016 a Usiminas abocanhou o que já estava incorporado nos salários retirando o reajuste de 7,34% e impôs um reajuste com o mesmo índice para 2015/2016. Escondendo os dados reais e tocando o terror, a Usiminas enfiou goela abaixo o calote de mais de 20% nas perdas acumuladas entre 2015/2016.
A direção da Usiminas demitiu milhares de trabalhadores e obrigou a quem ficou a trabalhar por mais de 3. Dessa forma explorando cada vez mais quem ficou, ao mesmo tempo em que amplia seus projetos de investimento, a produtividade não para de crescer.
Para impedir o calote é preciso lutar
Vamos ampliar a mobilização exigindo a reposição
No início da semana passada, a Usiminas anunciou mais um calote na PLR. Mas o principal calote que os acionistas querem dar nos trabalhadores é nos salários e para impedir isso é preciso lutar.
As perdas acumuladas medidas pelo INPC de maio de 2016 até agora são de 4,26%, índice que pode aumentar até maio. A média de produtividade desse período teve um aumento de 7,64%, ou seja, além das perdas anteriores já acumuladas, a Usiminas já deve em 2017 até agora para os trabalhadores 12,20%
E não adianta depois da assembleia de aprovação da pauta de reivindicações ficar esperando só pelas reuniões de negociações. Para garantir a reposição das perdas, aumento salarial, manutenção e ampliação de direitos é preciso lutar. Então participe das assembleias e das mobilizações organizadas pelo Sindicato.