Usiminas não consegue esconder o lucro, mas tenta dar o calote nos salários

23/06/17

Na reunião da semana passada os representantes da usina só choraram de barriga cheia

A direção da Usiminas não apresentou nenhuma nova proposta na reunião que aconteceu na semana passada e teve a cara de pau de divulgar um informativo tentando esconder o que tudo mundo sabe: os lucros aumentaram às custas de muito arrocho nos salários.

Além de não pagar o que deve, a Usiminas se utiliza do braço do Capital no Judiciário para tentar ameaçar direitos que garantimos com muita luta

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, para ajudar os patrões, deu uma liminar no ano passado suspendendo a ultratividade dos Acordos Coletivos, que é um instrumento jurídico que garante a manutenção dos direitos já contidos nas Convenções Coletivas até assinatura de novo Acordo Coletivo.

Todo ano a direção da Usiminas vem com a conversa desrespeitosa falando do retorno de férias e do adicional noturno como se fossem presentes dela para os trabalhadores, quando na verdade esses direitos foram garantidos com a nossa luta e estão no Acordo Coletivo dos anos 70 (adicional noturno) e 2009 (retorno de férias). Ou seja, a cada Campanha Salarial a direção da usina mentia dizendo que estava concedendo direitos já conquistados pela nossa luta.

Agora o que tenta a direção da Usiminas é se encostar numa liminar, ou seja, numa sentença que não é definitiva para ameaçar nossos direitos.

Mais desrespeito contra os trabalhadores: a Usiminas dizer que a Fundação São Francisco Xavier é uma fundação sem fins lucrativos e que a direção da usina não tem nada ver com a administração do plano de saúde é piada de mal gosto.

Enquanto nosso reajuste salarial foi de apenas 7,32%, no mesmo período a mensalidade do plano de saúde aumentou 15,21%.

Além disso, a Usiminas há tempo tenta fazer com que os trabalhadores na usina e os aposentados paguem o rombo no COSAUDE que foi provocado pela própria administração do plano, ou seja, quem provocou o rombo foi a empresa e não os trabalhadores.

E a luta do Sindicato junto com os aposentados metalúrgicos tem conseguido barrar o ataque que a Usiminas tenta fazer no plano de saúde contra o conjunto dos trabalhadores.

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