Não pagando o que deve aos trabalhadores, arrochando ainda mais os salários e dando calote na PLR, Usiminas comemora mais lucros

08/08/17

Os dados da própria Usiminas confirmam o que o Sindicato denunciou: a estratégia da direção da usina em demitir milhares aqui em Cubatão, dar calote no pagamento das perdas salariais acumuladas e na PLR do conjunto dos trabalhadores, fez os lucros aumentarem ainda mais. Veja:

- O lucro líquido foi de R$ 175,5 milhões, um aumento de 62% em comparação ao trimestre anterior.

- O EBITDA (lucro bruto) do primeiro semestre de 2016 foi R$ 119,36 milhões e no primeiro semestre de 2017 foi de R$ 1,2 bilhão. Um aumento de 975% na comparação entre o semestre.

- A produção tanto em Cubatão como em Ipatinga(MG), segue aumentado. Quando se compara o segundo trimestre de 2016 com o segundo trimestre de 2017, o aumento é superior a 200%, ou seja, é o ritmo alucinante, a pressão por mais produção e em condições de trabalho cada vez piores.

- As ações da Usiminas seguem tendo aumento.

- O preço do aço aumentou.

- As vendas também aumentaram, 990 mil toneladas no 2º trimestre de 2017.


E mais desrespeito contra os trabalhadores

Logo após impor mais arrocho salarial pagando apenas 4,5% de reajuste, o que está longe de repor as perdas acumuladas, anunciam um aumento do valor do plano de saúde de mais de 16%.

E a direção da usina ainda tem a cara de pau de distribuir um informativo sobre o plano de saúde desrespeitando os trabalhadores, ao tentar esconder o aumento de 16,5%, pois a tabela do informativo esconde o percentual para dar a falsa impressão que o aumento não é tão grande. Mas quem recebeu apenas 4% de reajuste, sabe muito o tamanho do rombo nos salários que esse aumento do plano de saúde vai provocar.

Para enfrentar tudo isso, só ficar indignado não basta. É preciso se colocar em movimento, pois só a luta vai barrar o arrocho e o desrespeito aos direitos, uma luta que tem que ser em cada área junto com o Sindicato. Além da mobilização aqui, é preciso fortalecermos a luta do conjunto da classe trabalhadora, num momento em que os patrões junto com o governo Temer e a maioria dos deputados e senadores, avançam contra os nossos direitos. É na luta que vamos garantir que nenhum direito seja à menos e avançar em nossas reivindicações.

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