Reformas só trazem prejuízos

17/08/17

Grandes alterações, para pior, passarão a ocorrer contra a classe trabalhadora à partir de novembro quando passa a valer a reforma trabalhista do governo Temer. Abaixo, alguns itens que você vai perder e influem nos salários e nas condições de trabalho.

- O trabalhador poderá ser contratado como autônomo, mesmo tendo jornada fixa;

- O patrão poderá explorar o trabalhador ainda mais, estendendo a jornada de trabalho até 12 horas seguidas;

- Quem trabalha no regime de 12 x 36 horas não receberá mais os feriados em dobro;

- Na demissão o trabalhador terá direito à metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS;

- O trabalhador poderá movimentar até 80% do FGTS mas não terá direito ao seguro-desemprego;

- Você não terá mais assistência do Sindicato no ato da homologação da rescisão de trabalho;

- Antes proibidas de trabalhar em lugares insalubres, será permitido às grávidas o trabalho nesses ambientes.

O que já está ruim, pode ficar pior

Os trabalhadores brasileiros não têm ideia da gravidade do verdadeiro desmonte, chamado de reforma da Previdência, proposta elaborada às pressas e sem consulta a população trabalhadora, pelo governo Temer(PMDB). As reformas previstas pela PEC 287 dificultarão o acesso aos benefícios, exigindo mais tempo de contribuição e reduzindo os valores à serem recebidos por meio de aposentadorias e pensões.

Hoje, pelas regras ainda em vigor, a aposentadoria pode ser feita apenas pelo tempo de contribuição: 30 anos para mulheres e 35 para homens. Se for por idade, exigem-se 60 anos para mulheres e 65 para homens, com no mínimo 15 anos de contribuição.

Pela PEC 287, acaba a aposentadoria por tempo de contribuição. Vai ser exigida a idade mínima de 65 anos e um mínimo de 25 anos de contribuição de todos os trabalhadores, sem distinção para mulheres. É bom ressaltar que os 65 anos de idade não são fixos. A partir da aprovação da reforma, sempre que a expectativa de vida subir um ano, sobe igualmente a idade mínima para a aposentadoria.

Caso cumpra todas as exigências, o aposentado terá direito a apenas 76% do valor integral da aposentadoria. Cada ano a mais trabalhado dá direito a 1% de aumento no valor. Para chegar aos 100%, o trabalhador deverá trabalhar 24 anos à mais, tornando uma aposentadoria integral aos 65 anos praticamente impossível.

O cidadão só conseguirá se começar a trabalhar aos 16 anos e manter de forma ininterrupta um emprego formal pelos 49 anos seguintes, sem deixar de contribuir um único mês.

Ao mesmo tempo que ataca direitos adquiridos há décadas pelos trabalhadores, esse mesmo governo não se importa em cobrar dívidas previdenciárias de empresas que somam mais de 350 bilhões de reais.

O trabalhador precisa sair desse marasmo, levantar a cabeça e ir à luta. E a única trincheira de luta contra esses ataques é o Sindicato. Participe!

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