Extensão da jornada com dobras e antecipações. Mais pressão por produção

31/08/17

É isso que faz a Usiminas, suga cada vez mais a força de trabalho de cada trabalhador e segue aumentando seus lucros.

A meta de produção de laminado no LTQ2 do mês de agosto foi de 115 mil toneladas e os lucros da Usiminas se ampliam a cada semestre, fruto do trabalho dos metalúrgicos que trabalham em condições cada vez piores.

Tudo está como era antes das demissões em massa: imposição de dobras, antecipações, acúmulo de função, pressão por mais produção e, junto a isso, as gerências passam por cima de procedimentos que devem ser feitos para as diversas operações e o resultado disso é o risco constante de mais acidentes graves.

Exemplos dessa realidade estão em várias áreas como no LTF, recozimento, escarfagem e LTQ2. Os trabalhadores que são do turno das 7h às 15h, estão sendo obrigados à irem trabalhar de madrugada, às 3 horas da manhã e os trabalhadores do turno das 15h têm que dobrar. Ou seja, extensão da jornada, pressão, ritmo alucinante de trabalho e assim, enquanto a Usiminas aumenta seus lucros, o que aumenta para os trabalhadores é o adoecimento e os acidentes provocados pelas péssimas condições de trabalho.


O novo programa da PLR de novo nada tem: aumenta a pressão por mais produção, esconde dados para depois dar calote nos trabalhadores

O informativo da Usiminas sobre a PLR é mais um desrespeito aos trabalhadores ao mentir descaradamente que o programa desse ano é melhor para os trabalhadores,.

Melhor é só para Usiminas veja só:

- As metas em relação a custos e produção, significa mais pressão contra os trabalhadores que terão que trabalhar ainda mais e em piores condições de trabalho.

- Seja os valores que a Usiminas diz que reservou para pagar a PLR, seja os resultados financeiros, são dados que a direção da usina esconde, tudo isso para no final dar mais um calote na PLR.

- Além disso, mesmo que todas as metas fossem atingidas, o valor máximo pago seria de apenas 1,5 salário, ou seja, para os trabalhadores que garantem a produção e o lucro da empresa nada, ou quase nada, já para a diretoria bônus cada vez mais gordos.

No dia 21/08, a Usiminas afirmou em seu Informativo que os custos de produção estão diminuindo, mas tenta esconder como fez isso: arrochando ainda mais os salários, piorando as condições de trabalho e exigindo cada vez mais produção.

Demitiram em massa, seguem com a terceirização, tudo para diminuir o que devem pagar de salários. Exemplo disso é na área de embalagem de bobinas em que os trabalhadores na Ormec, empresa terceirizada, recebem salários mais arrochados ainda.

Só se indignar com o desrespeito da Usiminas, não basta. É preciso se colocar em movimento para juntos lutarmos contra o desrespeito aos direitos e a agressão à nossa saúde.

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