Usiminas comemora os lucros que não param de crescer às custas do ataque aos salários, direitos e emprego dos trabalhadores

15/01/18

A direção da usina comemora os resultados obtidos em 2017, um ano que escancarou o resultado das demissões em massa e do arrocho salarial que a Usiminas impôs ao conjunto dos trabalhadores.

Quem não foi demitido teve que trabalhar por três, com exigência de dobras e antecipações e com os salários ainda mais arrochados.

O resultado do aumento da exploração contra os trabalhadores efetivos na Usiminas e nas empresas terceirizadas foi esse para os acionistas: as ações da Usiminas estão entre as que mais se valorizaram na Bolsa de Valores, a alta acumulada foi de 122%, os lucros não param de crescer.

Eles querem mais: aumentar os ataques aos direitos e exigir ainda mais produção de cada trabalhador

Esse foi o recado do presidente da Usiminas, na videoconferência realizada com várias unidades no final de dezembro. O objetivo da direção da usina é aumentar ainda mais a pressão por produção, é isso que significa a tal multifuncionalidade e o operador mantenedor, impor mais tarefas para cada trabalhador.

E mais: a direção da usina vai tentar de tudo para impor os ataques que estão na reforma trabalhista dos patrões, é isso que significa a fala do presidente ao dizer que “pretendem implantar tudo o que está na nova lei”.

Atacando ainda mais os trabalhadores, a direção da usina amplia seus lucros e seus investimentos

Na mesma videoconferência, o presidente da usina também disse que estão estudando montar uma nova linha de galvanização para atender os pedidos de aço galvanizado, que tem excesso de demanda até Abril de 2018.

A produção em Cubatão segue bombando. Exemplo disso, é a produção de laminado no LTQ 2, a programação para o mês de janeiro é de 120 mil toneladas e em todas as áreas da laminação à frio, desde a decapagem até a embalagem todas as metas impostas pela Usiminas foram atingidas, as custas de muitas dobras e antecipações.

E em meados de dezembro uma comissão montada pela direção da usina foi verificar em que condições se encontram as áreas primárias e seus equipamentos. Isso acontece logo depois das declarações dos representantes da usina sobre suas pretensões de reativação dessas áreas. Ou seja, esse é mais um exemplo de que a suspensão das atividades das áreas primárias em 2015, só teve como objetivo demitir em massa e aumentar a exploração contra quem ficou trabalhando.

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