Só baixar o preço do combustível não adianta. É preciso impedir o massacre aos direitos da classe trabalhadora

08/06/18

A paralisação do transporte de mercadorias que provocou desabastecimento demonstrou a importância de se colocar em movimento. Mas não sendo organizada pelos instrumentos de luta dos trabalhadores, quem se aproveitou foram os empresários do setor de transporte.

No Brasil, mais de 70% do transporte de cargas é controlado por empresas privadas que se utilizaram do movimento dos caminhoneiros. As empresas beneficiadas pelo acordo feito pelo governo Temer/MDB devem mais de R$50 bilhões e entre as dívidas estão calotes no depósito de FGTS e pagamento à Previdência. Enquanto os empresários dos transportes garantiram seus interesses, os caminhoneiros seguirão nas estradas em jornadas alucinantes, sem direitos e sem condições básicas de trabalho.

E num momento em que candidatos a presidência da República, como Jair Bolsonaro/PSL se reúne com centenas de empresários e defende que os trabalhadores precisam perder direitos e os que lutam por melhores condições de vida e trabalho devem ser recebidos à bala, é preciso enxergar que seja essa candidatura, como outras que atendem os interesses dos patrões tem por objetivo atacar a classe trabalhadora.

Não adianta só diminuir o preço dos combustíveis se você não vai ter salário nem pra colocar comida dentro de casa. Só reivindicar a diminuição do preço dos combustíveis não basta, é preciso que a luta seja da classe trabalhadora contra a política do governo Temer/MDB que para atender os interesses dos patrões, tenta acabar com os direitos e salários dos trabalhadores.

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