Usiminas encerra o ano de 2018 com lucro líquido de mais de R$ 800 milhões
Enquanto o conjunto dos trabalhadores na Usiminas e nas empresas terceirizadas sofrem com o salário cada vez mais minguado, os acionistas fazem a festa com os lucros extraídos da exploração.
O lucro líquido da Usiminas no ano de 2018, foi de R$ 829 milhões, um aumento de 163% em relação ao ano anterior.
Aumentaram também os investimentos da Usiminas, em 2018 foram mais de R$400 milhões e tanto na produção de minério de ferro, como na transformação do aço houve aumento da produção.
O próprio presidente da empresa não teve como negar o aumento dos lucros e afirmou que o ano de 2018, marca a trajetória de crescimento sólido da Usiminas.
O salário médio não passa de R$ 2 mil, quem começa a trabalhar agora recebe o piso salarial que é de R$ 1.500,00 e há tempos que a direção da usina não paga o devido aumento salarial. E assim de ano em ano só reajustando os salários de acordo com as perdas medidas do INPC e obrigando os trabalhadores a trabalharem dobrado, a direção da usina aumenta ainda mais seus lucros.
No mês de fevereiro chegaram dois navios com placas da PECEM, cada um transportando 35 mil toneladas de aço, e também continuam chegando placas da Ternium Brasil (antiga CSA) pelas vias férreas.
Para garantir a movimentação de todo esse material, a Usiminas e a VIX continuam impondo dobras e antecipação aos tratoristas e operadores de empilhadeira. Os trabalhadores são obrigados a fazerem jornadas de 12 horas todos os dias. Na laminação a frio, retornaram com a equipe de operação do zero hora, para dar conta da produção, mesmo assim as dobras e antecipações continuam. Ou seja, a Usiminas demitiu em massa, contrata a conta gotas, arrocha os salários, estende a jornada e obriga os trabalhadores a trabalhar por mais de 2.
É preciso não esquecer das informações sobre o lucro da usina, que foram divulgados pela própria direção da empresa e não aceitar a conversa fiada dos representantes da Usiminas que vão tentar na Campanha Salarial de 2019, fugir de pagar o que deve aos trabalhadores, mentindo que a empresa está mal das pernas.
É na luta organizada junto com o Sindicato que vamos avançar em nossas reivindicações por aumento salarial, respeito aos direitos e por melhores condições de trabalho.