A pressão por mais produção só aumenta

12/04/19

A produção continua a todo vapor na usina. O programa de produção do LTQ 2 neste mês é de 115 mil toneladas, no mês passado fez mais de 130 mil.


Está sendo descarregado um navio com 30 mil toneladas da Rússia e no dia 11 deve chegar mais um da Pecem com a mesma quantidade de placas. No porto, muitas vezes os trabalhadores ficam dias com 3 navios simultâneos, dobras e antecipações todos os dias e a chefia só quer saber da produção, se algo dá errado o trabalhador é punido.


No LTF o programa é de cerca de 60 mil toneladas. E na área, o comentário não podia ser outro: a direção da Usiminas está pressionando ainda mais, para adiantar a produção e agora em abril baixar o ritmo para vir com a conversa fiada que a coisa está feia e fugir de pagar o que deve aos trabalhadores.


Nas áreas, as dobras e antecipações são constantes, chegando até a 16 horas diárias, veja o absurdo, daqui a pouco vai ter gente desmaiando dentro da usina de tanto trabalho.


O arrocho no salário é cada vez maior, as horas extras são pagas com adicional de somente 50% e outra metade das horas vai para o banco de horas, ou seja, a situação está cada vez pior é para o trabalhador, enquanto para os acionistas é cada vez mais lucro.


A jornada violenta imposta pela Usiminas, além de adoecer, acaba com o tempo dos trabalhadores para o estudo, lazer para estar com suas famílias. Além disso, tem vários casos em que a direção da empresa está obrigando os trabalhadores a mudar de turno e não está nem aí em saber se o trabalhador tem compromissos fora da usina.


Os trabalhadores não vão deixar se enganar e contra o desrespeito aos direitos e a enrolação da direção da usina em pagar o que deve, nosso caminho é fortalecer a mobilização. A luta também é por melhores condições de trabalho, por respeito aos direitos e contra essa jornada desumana de trabalho imposta pela Usiminas.

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