NÃO ESQUECEMOS, NÃO PERDOAMOS

19/10/20

Há 57 anos, à serviço da Usiminas, a repressão militar feriu e matou para tentar acabar com a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho


Era 1963, no dia 07 de outubro, milhares de trabalhadores estavam em greve na Usiminas em Ipatinga buscando melhores condições de trabalho dentro da Usiminas. Na véspera do dia 07, a vigilância da usina novamente foi violenta e na revista arrancaram até o leite e alimentos que os trabalhadores carregavam e durante a madrugada, alojamentos onde os metalúrgicos eram amontoados foram invadidos pela vigilância privada da Usiminas e também por policias, o que aumentou ainda mais a justa revolta dos trabalhadores.


No dia 07 a greve se fortaleceu: milhares de trabalhadores se concentravam em frente as portarias da Usiminas em Ipatinga se mantendo firmes na luta por melhores condições de trabalho. A direção da Usiminas novamente mentiu ao dizer que estava disposta a discutir as reivindicações dos trabalhadores, quando na realidade estava junto com a repressão tentando acabar com a organização e a luta dos trabalhadores.


Foi assim que na manhã do dia 07 de outubro os policiais disparam contra os trabalhadores, ferindo centenas e matando dezenas, inclusive um bebê que estava no colo de sua mãe que passava em frente a portaria no momento da manifestação.


NÃO DEIXAR QUE APAGUEM NOSSA MEMÓRIA E CONTINUAR A LUTAR


Vivemos num momento no Brasil em que o ainda presidente Bolsonaro, é um defensor da ditadura militar e que a cada dia de seu governo vomita seu ódio contra a classe trabalhadora.


Seu governo ao fazer de tudo para impedir o isolamento durante a pandemia, única forma de impedir o aumento do contágio pelo novo coronavírus, contribuiu para esse número cruel de mais de 150 mil mortes e mais de 5 milhões de contaminados no Brasil pelo novo coronavírus.


Hoje já são mais de 40 milhões de trabalhadores desempregados no país e todas as medidas do governo servem para aumentar as demissões, arrochar ainda mais os salários e retirar direitos.


Contra tudo isso não tem outro caminho que não seja continuar a luta: lembrar dos nossos irmãos que foram assassinados seja pela repressão da polícia e do Exército, seja pelas péssimas condições de trabalho, contar a história de nossas lutas que os patrões tentam esconder é muito importante para fortalecer a luta de em defesa dos direitos, dos salários e empregos. Uma luta em defesa da vida.

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