Os absurdos vão desde vazamento de lista de salários de trabalhadores que vai de 2005 até os dias de hoje, inclusive com suposto cálculo de horas extras à serem pagas em função da condenação do processo que trata da questão do turno e que sequer teve julgado o recurso da empresa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que define a inconstitucionalidade ou não do modelo praticado pela empresa atualmente para só então, a partir do acórdão final, descer para a Vara de origem e ser executado. Na nossa opinião, o vazamento da lista foi premeditado numa tentativa de desestimular os trabalhadores a lutar por seus direitos.
Desmandos da empresa tomam conta da área
O caso está sendo encaminhado ao Ministério Público para que, junto com outras denúncias já realizadas, possa compor uma punição de acordo com a legislação aos abusos que vem sendo cometidos pela empresa.
Relatamos alguns como as atitudes antissindicais praticadas com o objetivo de evitar que os trabalhadores possam ter informações reais prestadas pelo Sindicato, como as registradas recentemente por uma jornalista da Folha de S. Paulo, com a falta de investimento na área de saúde e segurança, as punições aos trabalhadores que, depois de constatarem riscos em determinada tarefa, se recusam a executá-las e daqueles que, “convencidos” a realizá-las e quando ocorre algum erro, também são punidos, além de permitir jornadas de trabalho absurdas para os trabalhadores das contratadas, retirando direitos, entre outros.
As questões de abusos atingem ainda trabalhadores com restrições. Eles estão sendo pressionados a executarem funções para as quais não estão aptos, isto comprovado por meio de relatórios médicos. Qual o objetivo? Causar mais acidentes ou provocar meios para uma possível demissão? Tudo isso sem contar que a redução na produção que tanto vem sendo anunciada e que agora parece ter mudado de estratégia, já que estaria sendo retomada.
O problema é que as demissões nas empresas prestadoras de serviços rolaram à solta e agora setores que necessitam de profissionais para executarem essas tarefas, estão com 50% à menos do mínimo necessário, resultando assim o aumento da jornada de trabalho e de riscos de acidentes.
Em cumprimento ao Artigo 40º do Estatuto Social da entidade, convocamos todos os trabalhadores metalúrgicos associados do Sindicato à participarem da Assembleia Geral Extraordinária, que será realizada no dia 16/09/2014, às 18h, na subsede do Sindicato, em Santos (Av. Ana Costa, 55), com pauta única afim de deliberarem sobre o desvio de conduta de diretor, previsto no Estatuto. Trata-se do senhor Alexandre Figueiredo Treglia que está sendo acusado de pressionar os trabalhadores, além de assumir postura contra a organização dos mesmos.
“Zé, apesar da Usiminas informar constantemente que existe um calendário planejado entre empresa e a Vigilância Sanitária, ela esqueçe de cumprir condições básicas para garantir a qualidade e saúde dos trabalhadores. Na semana passada, a Vigilância Sanitária retirou bebedouros e suspendeu os sucos por um motivo simples: não havia filtros.”
- Será que isso também faz parte da redução de custos?
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“Zé, nos últimos tempos a empresa vem economizando até nos palitos. Seria trágico se não fosse cômico, o argumento de que retirou os paliteiros visando uma política de tratamento bucal. Quem sabe se os restos de esponja de lavar louças encontrados na lasanha de domingo não sejam exatamente para suprir a falta dos palitos, ou seja, a higiene bucal.”
- Cara de pau tem limite!
29 de agosto de 2014