A Usiminas que desde 2011 vende a ideia de que haveria mudado o controle acionário do grupo, agora vai mais longe. Brigas internas pelo poder podem causar sérios prejuízos aos trabalhadores. Diga-se de passagem, é só ver a avaliação de consultores em investimentos que são publicadas nos principais meios de comunicação (Valor Econômico, Reuters, entre outros), no país.
Enquanto isso, a produção que durante um período teve seus níveis reduzidos, volta à todo vapor. O problema é que não há força de trabalho suficiente que suporte esse ritmo de produção. O resultado disso são as dobras constantes e o desrespeito à legislação descumprindo-se, inclusive, os intervalos legais previstos em lei que, consequentemente, coloca em risco a saúde e a segurança dos trabalhadores, o que não é novidade para os mesmos.
Desde a privatização ocorrida em 1993 e, principalmente a partir da fixação da jornada, o Sindicato tem denunciado incansavelmente as condições de trabalho na usina com acidentes, doenças ocupacionais, assédio moral e perseguição aos trabalhadores que ousam discordar de suas chefias.
Em 2007, isso resultou numa grande mobilização e que teve como desfecho o uso de força policial por parte da empresa para intimidar os trabalhadores. Mesmo assim, isso não fez com que desistíssemos da luta. Várias ações têm sido desenvolvidas com o objetivo de dar um basta ao massacre promovido pela Usiminas. Duas ações junto à Superintendência do Ministério do Trabalho, em São Paulo, exigindo uma fiscalização e atitude por parte do órgão que possam trazer o mínimo de tranquilidade aos trabalhadores inclusive, em casos extremos, com a interdição das áreas que oferecem maiores riscos.
A pressão contínua fez com que o órgão se mexesse e realizasse parte da fiscalização solicitada. E para mostrar que as denúncias são fatos reais, veja abaixo a conclusão do relatório dos auditores fiscais.
O Sindicato está convocando os trabalhadores interessados no tema que se refere a Aposentadoria Especial, a participarem de reunião que será realizada no próximo dia 16/10, na subsede de Santos (Av. Ana Costa, 55), em dois horários: 10h e 18h. Na pauta:
- Discussões sobre o processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF);
- Decisão da 1ª Vara do Trabalho de Cubatão e os encaminhamentos que estão sendo dados a respeito do assunto.
Um outro ponto à ser discutido é o problema envolvendo a cúpula do grupo Usiminas e os eventuais problemas que isso possa nos trazer. Informes também sobre o processo do turno e demais ações coletivas em andamento.
“Zé, na Engebasa a coisa está tão feia, principalmente para os trabalhadores que estão ligados a produção de torres. Eles são obrigados a trabalhar aos sábados e, além disso, sob uma pressão insuportável da chefia. O resultado não pode ser diferente: insatisfação e aumento dos acidentes, ou seja, segurança zero! Enquanto isso, a estrutura básica (banheiros, bebedouros, etc), não funciona. E ai de quem reclamar.”
- Para nós resta uma alternativa: nos juntar para uma solução conjunta do problema (mobilização). Além disso, encaminhar denúncia às autoridades competentes para que cumpram sua obrigação: cumprimento da lei!
09 de outubro de 2014