O Metalúrgico #346

27 de fevereiro de 2015

Índice:

-Usiminas, mais uma vez, tenta dar calote na PLR;
-Na Harsco péssimas condições de trabalho e perseguição;
-Só faltava essa. Turismo pela usina;
-Cárcere privado é crime grave;
-Irregularidades na liberação de placas;
-Hoje tem reunião no Sindicato;
-Zé Protesto;



Usiminas, mais uma vez, tenta dar calote na PLR

E para enfrentar isso, só com nossa união e mobilização. A hora é agora!
A Usiminas acabou de divulgar no último dia 24, o que pretende pagar de PLR: míseros 0,6 salário. E o desrespeito é tão grande que, tanto em informativo como nas reuniões das gerências, vem com a conversa pra boi dormir, dizendo que o momento é difícil e tentando convencer os trabalhadores que está fazendo “um favor” em pagar essa merreca.

Os trabalhadores não são bobos e sabem que, fruto do seu trabalho, o lucro da usina aumentou

O informativo da Usiminas sobre a PLR fala que “a redução de custos, o aumento da produtividade e o desempenho operacional foram fundamentais”, para garantir o resultado da Usiminas. Mas o que a direção da usina tenta esconder é que o lucro aumentou, aumentando a exploração contra os trabalhadores.

Vejam o que a Usiminas tenta esconder:

- O lucro sobe: o lucro líquido cresceu em 2014 e foi de R$ 208 milhões;
- O Ebitda* que tanto a Usiminas gosta de destacar também teve aumento de 3% em relação a 2013.

E o lucro saiu de onde? Pois aço não brota da terra, é produzido pelos trabalhadores que:
- Têm os salários cada vez mais arrochados;
- Trabalham mais, em jornadas intensas e extensas;
- Sofrem com os acidentes e as doenças provocadas pelas condições de trabalho que só pioram com a tal “redução de custos” imposta pela direção da usina.

A Usiminas se utiliza da PLR para aumentar ainda mais a produção e arrochar os salários. A proposta inicial de PLR que já era ruim de pagar apenas 1,5 salário e piorou com a miséria de 0,6 salário que anunciaram como resultado final mostra que novamente a Usiminas quer seguir no calote do que deve aos trabalhadores e aumentar ainda mais a exploração.

Sindicato não concordou com essa merreca
Vamos juntos na luta da Campanha Salarial exigir recuperação das perdas, aumento dos salários e ampliação dos direitos

A revolta se espalhou por dentro de toda a Usiminas, tanto em Cubatão(SP) como em Ipatinga(MG), os trabalhadores receberam a notícia como mais uma agressão dessa usina que a cada ano aumenta seus lucros que são disputados a ferro e fogo por seus acionistas, enquanto os trabalhadores amargam mais arrocho.

Agora é hora de colocar a revolta em movimento, só reclamar não basta. É preciso ampliar a nossa luta para garantir as nossas reivindicações.

Participe das mobilizações da Campanha Salarial, pois é assim que vamos recuperar as perdas, avançar no aumento dos salários, enfrentar o arrocho que Usiminas tem imposto aos nossos salários e o desrespeito aos nossos direitos.

Participe da Assembleia da Campanha Salarial e das mobilizações, pois é na luta que avançamos em nossas reivindicações.

O EBITDA* é um indicador financeiro e representa quanto uma empresa gera de recursos através de suas atividades operacionais, sem contar impostos e outros efeitos financeiros.



Na Harsco péssimas condições de trabalho e perseguição

Na Harsco todas as máquinas estão sem ar condicionado, pás carregadeiras e caminhões. Os trabalhadores, com toda razão, se recusaram a operar alguns desses equipamentos e a chefia, ao invés de mandar arrumar as máquinas, vem na área fazer reunião para pressionar os trabalhadores.

Para enfrentar a perseguição das chefias e as péssimas condições de trabalho, só com mobilização. Para isso é muito importante que os companheiros continuem a denunciar os problemas dentro da área e participem das lutas organizadas pelo Sindicato. E os companheiros sabem que é na luta que avançamos em nossas reivindicações.



Só faltava essa. Turismo pela usina

Trabalhadores estão sendo obrigados a fazer um “tour” pela empresa depois que batem o cartão.

Foi o que aconteceu no último dia 18 quando, depois de baterem o cartão às 17h10, só saíram da usina às 19h10, ou seja, duas horas depois.

O pior que não aparece um (ir)responsável para resolver o problema. Isso só mostra o descaso da empresa com os trabalhadores. Depois de produzirem, que se virem na saída.



Cárcere privado é crime grave

Trabalhadores de diversas contratadas que entram às 7h, são obrigados a ficar parados na portaria 05 por mais de uma hora na saída, sem água e muito menos banheiro.

No dia 18/02, depois de mais de uma hora parados, foram obrigados a retornar para a usina para sair pela Ultrafértil.

Além do desrespeito, esse tempo parado, quem paga?



Irregularidades na liberação de placas

Inspetores da Gerência de Acabamento e Expedição de placas (Aciaria), estão sendo obrigados pelo superintendente e gerente a trabalhar fora da norma para garantir a produção de material automático.

Estão expondo trabalhadores na raspagem das placas para o LCG e LTQ, a alta temperatura, ficando sem condições de serem inspecionadas.



Hoje tem reunião no Sindicato

Hoje, dia 27, às 18h, tem reunião com trabalhadores da Aciaria e Redução. Vamos discutir os absurdos praticados pela empresa, as condições de trabalho, entre outros assuntos. Discutiremos também a aposentadoria especial, decisão do STF e questões envolvendo laudos e preenchimento dos PPP’s.

A reunião será realizada no Sindicato, em Santos (Av. Ana Costa, 55).



Zé Protesto

“Zé, no pátio de sucata tem um líder que é só pressão em cima dos trabalhadores, fica controlando até tempo de descanso do pessoal do corte de cascão e sucata".
- Se toca chefete e pare de ficar perseguindo os trabalhadores.

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