O Metalúrgico #436

08 de setembro de 2016

Índice:

-Mais do que confirmado: um dia após impor mais arrocho salarial, Usiminas aumenta a produção e exige o impossível de cada trabalhador;
-Aumenta a produção e diminui ainda mais manutenção, o resultado? Mais acidentes;
-Você tem direito a recusa. Juntos, vamos dizer NÃO à sobrecarga de trabalho imposta pela Usiminas;
-Péssimas condições de trabalho em todas as áreas;
-A Usiminas arrocha tudo, até o transporte;
-Pós mobilização, prefeito garante que Pronto Socorro da Zona Leste não será terceirizado;
-Zé Protesto;



Mais do que confirmado: um dia após impor mais arrocho salarial, Usiminas aumenta a produção e exige o impossível de cada trabalhador

A direção da Usiminas logo depois de empurrar goela abaixo mais arrocho salarial, se aproveitando do endividamento dos trabalhadores provocado pelo calote da empresa nos salários e do massacre das demissões, agora escancarou de vez o que o Sindicato já tinha denunciado: fez tudo isso para aumentar seus lucros, pois quem ficou agora tem que trabalhar por três, pois a demanda por produção que estava escondida, agora volta a todo vapor.

Os exemplos disso, todo mundo vê
No dia seguinte em que a direção da usina impôs sua proposta de mais arrocho nos salários, já teve entrada antecipada no pátio de placas para dar conta das metas de produção impostas pela Usiminas.

E a exigência de horas extras aumentaram
Como na Embalagem, o ritmo exigido é tão alucinante que em várias áreas o horário para o almoço, janta ou lanche não está sendo respeitado. A chefia, além de obrigar os trabalhadores a fazer o serviço de três, ainda quer arrancar o horário da refeição.



Aumenta a produção e diminui ainda mais manutenção, o resultado? Mais acidentes

A Usiminas para atingir suas metas exige cada vez mais dos trabalhadores e piora as condições de trabalho. Nada de manutenção nos equipamentos e com isso, as chances de mais acidentes só cresce.

A nova gambiarra da Usiminas é o transplante de peças

A ordem da direção da usina é tirar a peça de uma máquina que está parada e colocar na outra que quebrou e precisa funcionar. Além disso, depois das demissões, ficaram poucos eletricistas e mecânicos para atender uma demanda enorme de manutenção e o que mais acontece aqui é dar pau em equipamento que de propósito foi sucateado pela Usiminas.



Você tem direito a recusa. Juntos, vamos dizer NÃO à sobrecarga de trabalho imposta pela Usiminas

Nas normas internas da Usiminas está lá definido o direito a recusar executar tarefas que não sigam os procedimentos definidos no protocolo. Mas a Usiminas desrespeita os próprios protocolos que cria e as normas básicas de segurança, à saúde e a vida dos trabalhadores, com o objetivo de aumentar seus lucros a qualquer custo.

A pressão e a produção aumentam, as condições de trabalho pioram, as demissões continuam. É mais do que hora de colocar a revolta em movimento. E um passo importante são as denúncias que os companheiros enviam para o Sindicato.

Mas é importante um passo a mais: juntos dizermos NÃO a sobrecarga de trabalho imposta pela Usiminas. O Sindicato tem enfrentado a pressão das chefias contra os trabalhadores nas áreas e para fortalecer esse enfrentamento vamos juntos organizar a mobilização.

Continue a denunciar o que está acontecendo na área em que você trabalha, converse com os diretores do Sindicato e, juntos, vamos organizar a necessária mobilização dentro da usina, pois é assim, não abaixando a cabeça, que enfrentamos os ataques dos patrões.



Péssimas condições de trabalho em todas as áreas

- No LTF, Cadê a porta da Cadeira do Laminador?

Cadeira 04 do Laminador de Tiras a Frio está sem a porta há 6 meses e a Usiminas mais uma vez vai pra gambiarra: colocou uma porta que só fecha pela metade e ainda por cima precisa ser movimentada pelos operadores. Os trabalhadores que trabalham ao lado, ficam expostos a fumaça de óleo e detergente correndo grave risco de contaminação.



A Usiminas arrocha tudo, até o transporte

No último domingo (04/9), na saída da turma B, os trabalhadores tiveram que ficar esperando um ônibus para levá-los até o Guarujá. Motivo: o ônibus da linha GR02 quebrou e não tinha um substituto, pois a Usiminas mandou retirar os ônibus reservas nos finais de semana. E quem paga a conta novamente é o trabalhador que tem que esperar (com o ponto fechado) a Breda mandar um ônibus da garagem até a Usiminas.

O Sindicato, assim que soube do ocorrido, cobrou a direção da Usiminas e só depois disso outro ônibus foi disponibilizado.



Pós mobilização, prefeito garante que Pronto Socorro da Zona Leste não será terceirizado

Quase no final da reunião dos trabalhadores do PS da Zona Leste com o governo no dia 25/08, o Secretário Adjunto de Saúde, Dênis Vallejo, repassou uma mensagem enviada pelo prefeito de que o mesmo garantiria que, após a nova unidade ser erguida, não iria entregar a gestão para uma Organização Social (OS).

Somente após esse recado, o Secretário Marcos Calvo, que durante a reunião toda afirmava que não poderia garantir nada, também deu sua palavra, garantindo que não terá OS na futura UPA da Zona Leste.

Independente do recado de última hora, os trabalhadores continuam mobilizados e exigem uma reunião com o prefeito para que o compromisso seja oficializado pessoalmente e por escrito. Eles estão há semanas tentando obter respostas concretas sobre o futuro profissional depois que o atual prédio do PS-ZL for substituído por outro reservado para a UPA.

Com isso, uma nova reunião deverá ser marcada, desta vez com a presença do chefe do Executivo.



Zé Protesto

“Zé, o desrespeito contra os trabalhadores da Laminação à Frio e LA/LD continua. Os companheiros não estão tomando nem o café da manhã na entrada da jornada, porque o restaurante da laminação à frio não abre nem para isso. A chefia pressiona para que os trabalhadores façam a rendição o mais rápido possível e chegam ao absurdo de mandar um companheiro buscar as sacolas com pães e frutas no refeitório central e levar para a área. É mole? Agora, além de obrigar quem ficou na área a trabalhar por três, a Usiminas quer que obrigar os trabalhadores a trabalhar de barriga vazia, ou comer em lugar que não tem as mínimas condições de higiene necessárias.”
- Vamos exigir que a direção da Usiminas respeite o direito ao desjejum em lugar adequado. E o Sindicato já está encaminhando a denúncia sobre o desrespeito ao desjejum, mas o mais importante é colocarmos essa revolta em movimento.

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