O Metalúrgico #693

04 de novembro de 2022

Índice:

-Derrotamos o governo da morte, do ataque aos direitos e as liberdades democráticas;
-Avançar na luta do conjunto da classe trabalhadora;
-Após denúncia do Sindicato sobre a PLR, Usiminas divulga resultado de metas que está mais pra fakenews;
-Gerência do porto tem obrigado os trabalhadores a trabalhar nos feriados;
-Na Aciaria, a gerência está obrigando os trabalhadores a tirar férias de acordo com os interesses da empresa;
-Ser sindicalizado é um direito seu e um passo muito importante para a luta em defesa dos seus direitos;
-Zé Protesto;



Derrotamos o governo da morte, do ataque aos direitos e as liberdades democráticas

Agora é avançar na luta em defesa dos direitos, por melhores condições de vida e trabalho e seguir enfrentado os ataques do Capital e de qualquer governo contra a classe trabalhadora


O dia 30 de outubro de 2022 será lembrado como o dia em que milhões foram as urnas no Brasil para derrotar um desgoverno que retirou comida das crianças nas escolas e creches, que estimulou o ódio e a violência contra mulheres, negros, indígenas, LGBT’S, que ajudou patrões a aumentar o desemprego, o arrocho salarial e a retirada de direitos.


Foi o dia em que em milhões foram as urnas por mais de 700 mil vidas que foram arrancadas pela COVID 19 e pela negligência do desgoverno de Bolsonaro que tripudiou sob a dor de quem agonizava por falta de ar, que negou a gravidade da doença, que combateu as vacinas e atrasou a vacinação no país.


Foi o dia em que milhões foram as urnas em defesa das liberdades democráticas, liberdade que não foi concedida, mas conquistada através de muita luta de trabalhadores, estudantes que se colocaram em movimento contra um dos períodos mais sombrios da história recente do país; a ditadura militar financiada pela burguesia que torturou e matou muitos que lutavam por liberdade e direitos.


Derrotamos Bolsonaro, enfrentando a máquina do Estado que estava a seu dispor, enfrentando seu braço armado e seus milicianos. Bolsonaro que se move só pelo ódio e pela mentira, tentou enganar os mais pobres distribuindo às vésperas da eleição o auxílio emergencial que sempre foi contra, tentou proibir o transporte gratuito no dia das eleições e nesse 2? turno

operou através da Polícia Rodoviária Federal para tentar impedir trabalhadores no Nordeste de votarem. A mesma Polícia que um dia após a eleição não está fazendo absolutamente nada contra os bloqueios em estradas realizada por empresas de transporte e alguns caminhoneiros que inconformados com a derrota bradam por um golpe militar.


Bolsonaro fez emergir do esgoto esses seres abomináveis que têm saudade da ditadura militar, que odeiam as mulheres, os negros, os indígenas, os LGBT’S, a classe trabalhadora e suas Organizações.



Avançar na luta do conjunto da classe trabalhadora

A primeira batalha foi vencida, mas para além de derrotar Bolsonaro é preciso exigir punição para todos os crimes cometidos por ele, seus filhos e sua corja que atentaram contra os direitos e a vida.


A Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora coerente com sua tarefa de contribuir de forma decisiva para reorganização e para o avanço da luta da classe trabalhadora decidiu pela indicação do voto no PT desde o primeiro turno, sem nenhuma ilusão com Lula e seu governo, mas para derrotar o governo miliciano de Bolsonaro.


Firmes fomos aos locais de trabalho e nas ruas mostrar a necessidade de derrotar o governo Bolsonaro, avançarmos na luta contra os ataques do Capital e exigindo do próximo governo a revogação de todas as reformas que atacam direitos como a reforma trabalhista e previdenciária, pela revogação de todas as ações do governo genocida que atacam os serviços públicos, os direitos e a vida da classe trabalhadora.


É na luta da classe trabalhadora que garantimos direitos


É na luta que vamos impedir que eles acabem, nos locais de trabalho, moradia e estudo avançar na consciência e na luta pelo fim da exploração e da opressão imposta por esse sistema de morte que é o capitalismo.



Após denúncia do Sindicato sobre a PLR, Usiminas divulga resultado de metas que está mais pra fakenews

Logo depois que o Sindicato denunciou no Boletim a enrolação da Usiminas em falar sobre a PLR, a direção da usina divulgou um informativo falando das metas cumpridas até agosto e dizendo que metas como qualidade, custo e atendimento ainda não foram atingidas.


Isso é mais um exemplo de que as metas são impostas para aumentar ainda mais a pressão contra os trabalhadores por mais produção, dessa forma os acionistas ficam cada vez mais ricos, enquanto os trabalhadores sofrem com o arrocho salarial e as péssimas condições de trabalho.


A produção segue a todo vapor: no LTF os trabalhadores estão laminando material extra-fino de altíssimo valor e para dezembro no LTQ 2 está previsto a produção de material API (petróleo e gás) também de valor altíssimo.


Para acabar com as metas absurdas e garantir o aumento no valor da PLR o único caminho é a luta organizada junto com o Sindicato



Gerência do porto tem obrigado os trabalhadores a trabalhar nos feriados

Vejam o absurdo: o gerente do Porto tem pressionado os trabalhadores a trabalhar nos feriados para pagar horas em que foram dispensados da jornada pelo próprio gerente.


Obrigar os trabalhadores a fazer o banco de horas durante o feriado é um desrespeito ao Acordo Coletivo de Trabalho: como a direção da usina sabe que é errado o que está fazendo ela pressiona o trabalhador a enviar um e-mail dizendo que quer abater as horas negativas durante o feriado, ou seja, mais um ataque ao direito, mais um assédio.


O Sindicato já enviou documento para empresa exigindo que o direito do trabalhador seja respeitado, mas o mais importante é nossa mobilização.


Por isso é muito importante seguirmos a luta pelo fim do banco de horas, pela redução da jornada de trabalho, sem redução salarial. O banco de horas é uma armadilha dos patrões para dar calote no pagamento das horas extras e piorar muito mais a jornada e as condições de trabalho para os trabalhadores.



Na Aciaria, a gerência está obrigando os trabalhadores a tirar férias de acordo com os interesses da empresa

A gerência de movimentação de placas da Aciaria está obrigando os trabalhadores que tem férias a vencer até dezembro a tirar agora. O assédio das chefias escancara que a direção da usina usa das férias dos trabalhadores para reorganizar sua programação de produção.


Não tem nada de crise, pois os próprios números divulgados pela direção da empresa para imprensa mostram que superaram as expectativas.



Ser sindicalizado é um direito seu e um passo muito importante para a luta em defesa dos seus direitos

Se você ainda não é sócio, procure um diretor do Sindicato na área da usina e solicite uma ficha de adesão para sócios e entregue na portaria da usina durante as assembleias e panfletagens ou vá até o Sindicato.




Zé Protesto

“ Zé, a VIX cortou o plano de saúde há mais de 30 dias e até agora nada de resolver. Enquanto isso quem sofre somos nós e nossas famílias que não podemos passar por consultas médicas.”

- Os trabalhadores fizeram abaixo-assinado, cobraram do Sindicato dos Rodoviários, mas até agora nada da direção da empresa se mexer. Então é preciso ir pra cima na luta, pois é só assim que o patrão se mexe.

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“ Zé, a situação dos caminhoneiros está cada vez pior aqui na Usiminas: não tem lugar para estacionar para esperar descarregar o caminhão, não tem almoço, nem janta e nem banheiro tem.”

- Não é de hoje que isso acontece, as denúncias são muito importantes, mas é preciso transformar a indignação em mobilização contra esse desrespeito das terceirizadas e da Usiminas.

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“Zé, a Concremat enfiou o turno de 12 horas na jornada dos trabalhadores. Os trabalhadores são obrigados a trabalhar 12 horas, só tem um dia de descanso e a Usiminas está liberando a catraca para terceirizada obrigar os trabalhadores a voltar para a jornada sem o devido período de descanso.”

- A Usiminas e suas terceirizadas adoram obrigar os trabalhadores a trabalharem em jornadas desumanas, o que provoca mais adoecimento e para acabar com isso o caminho é a luta conjunta dos trabalhadores efetivos na usina e nas empresas terceirizadas.

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“Zé a GPS está obrigando os trabalhadores a tirar férias de acordo com o planejamento da empresa e tem mais: até agora não pagaram o reajuste salarial”

- O Acordo Coletivo foi assinado em agosto e nada da empresa pagar o que deve aos trabalhadores. É desrespeito, atrás de desrespeito e contra isso é preciso lutar.

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