O Metalúrgico #703

Os patrões se utilizam da terceirização para impor mais demissões, redução de salários e direitos, muitas empresas manobram o CNPJ para fugirem do seu verdadeiro CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) para dessa forma não garantir os devidos direitos aos trabalhadores.

Dentro da Usiminas são muitas as empresas que deveriam estar enquadradas dentro do ramo metalúrgico por conta de sua atividade principal e com a conivência da direção da usina, fogem disso para não respeitar a Convenção Coletiva de Trabalho dos metalúrgicos e assim passam por cima dos direitos e não pagam o salário correto para os trabalhadores.

Dessa forma empresas vão criando verdadeiros impérios às custas de mais exploração dos trabalhadores. Exemplo disso é o Grupo GPS que só ano de 2022 fez aquisições que acrescentaram mais de R$2 bilhões à sua receita.

E antes disso, no ano de 2021, a GPS teve uma receita líquida de mais de R$4 bilhões que vieram com várias empresas adquiridas, ou seja, passando por cima de direitos trabalhistas e arrochando ainda mais os salários.

A GPS adquiriu dezenas de empresas em várias regiões do país incluindo a Ormec que opera dentro da Usiminas, em Cubatão e além do estado de São Paulo, também esta em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pará.

A Ormec é uma das muitas empresas terceirizadas dentro da usina que tem a mesma prática de impor péssimas condições de trabalho, arrocho salarial e desrespeito aos direitos.

O Sindicato está organizando várias ações em que denunciamos a prática das empresas de fugirem do devido enquadramento de sua atividade principal e mostrando que fazem isso para passar por cima dos direitos dos trabalhadores.

E o mais importante é a nossa luta dentro da usina, uma luta que deve ser do conjunto dos trabalhadores, dos efetivos na Usiminas e dos trabalhadores nas terceirizadas que vamos garantir os direitos

A direção da Usiminas impôs aos operadores de ponte no pátio de placas a utilização de óculos que, segundo a direção da empresa, estão em fase de teste e o objetivo da usina é monitorar cada segundo do trabalhador durante a jornada de trabalho.

O óculos “especial” dispara um alarme de acordo com a frequência de piscadas do trabalhador e segundo a Usiminas pode auxiliar no monitoramento de sinais de fadiga, mas o que de fato quer a direção da empresa é impor a pressão por mais produção dessa vez no próprio corpo do trabalhador, pois vai conseguir controlar cada minuto do operador.

As câmeras espalhadas por diversas áreas dentro da usina já são um caso escancarado de assédio moral e agora os óculos que monitoram cada segundo do trabalhador é mais do que assédio, é uma violência que afeta a saúde mental.

O Sindicato vai encaminhar documento exigindo o cancelamento imediato da utilização desses óculos e se a Usiminas seguir cometendo mais essa violência contra os trabalhadores, vamos encaminhar as devidas ações judiciais contra mais esse ataque da Usiminas contra a saúde e a dignidade dos trabalhadores.

Já foram muitas as denúncias sobre o vestiário da Amoi e até agora nada da direção da empresa e da Usiminas se mexerem para resolver.

O vestiário está superlotado, os ventiladores e chuveiros estão queimados e as condições de higiene são um caso para vigilância sanitária.

E tem supervisor que se comporta como capitão-do-mato

Mais um supervisor lambe botas da Amoi que para puxar o saco da direção da empresa persegue os trabalhadores até na hora do almoço, esparramando advertência.

Esse chefete junto com o “médico” da Amoi fazem o serviço sujo para a empresa de tocar terror contra os trabalhadores.

Os trabalhadores quando passam pelo CSO por conta de algum problema de saúde e são dispensados com atestado médico têm que se virar para irem embora.

Veja o absurdo: os trabalhadores são levados até a portaria e lá têm que se virar sozinhos para ir embora.

O CSO agendou entrega de atestados a partir das 7 horas da manhã, mas quando os trabalhadores chegam lá o ambulatório está fechado e quando chega um médico é médico de emergência que não recebe atestado. Mais um desrespeito contra os trabalhadores.

Marcio Fonseca, mais conhecido carinhosamente como Maluco, trabalhador na Bosch, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região e da Intersindical é daqueles camaradas que se tornam nossos irmãos na luta da classe trabalhadora.

Maluco sempre foi firme no enfrentamento contra os ataques dos patrões e governos, sempre solidário com seus companheiros de trabalho e de luta e muito firme em exigir coerência e compromisso com as tarefas de quem está na direção dos instrumentos de luta dos trabalhadores.

Maluco com muita firmeza contribuiu como dirigente sindical nas lutas dos metalúrgicos de Campinas e região e com destaque para a luta em defesa da saúde e por melhores condições de trabalho.

Na Intersindical esteve conosco em muitas batalhas para retomar Sindicatos para as mãos dos trabalhadores e no enfrentamento contra o Capital, seu Estado e seus capachos.

Esse irmão de classe , de sorriso largo e luminoso sofreu um infarto fulminante no dia 10 de fevereiro e faleceu nos braços de sua mãe.

Mas, Maluco não se vai, seguirá presente em cada batalha para manter as

trincheiras de luta da classe trabalhadora, seguirá em nós na maior de todas as lutas por uma sociedade sem explorados e sem exploradores, por uma sociedade socialista. Marcio Maluco, presente!

“Zé, há poucos dias na saída do Adm., fizeram uma revista nos trabalhadores com vigilantes sem identificação.”

- Mais do que o problema da falta identificação, essas revistas sempre são feitas como mais forma de desrespeito contra os trabalhadores.

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“Zé, a portaria 2 da usina está cheia de buracos no teto, chove mais dentro do que fora e além disso no local da parte elétrica tem lugares com infiltração o que pode provocar um curto-circuito quando fica alagada. Olha o perigo: essa situação pode causar um choque elétrico que pode atingir quem trabalha nessa área ou quem tem que passar por lá.”

- Essa portaria fica bem próxima do lugar onde ficam os chefetes da usina que olham essa situação e não fazem nada, esse é mais um exemplo do desrespeito da Usiminas contra os trabalhadores.

O Sindicato mantém convênio com a psicóloga Lucia Carvalho que atende adolescentes e adultos.

Os valores praticados são abaixo da tabela para associados e dependentes. Na primeira consulta nada é cobrado.

Ligue no Ambulatório Médico (3226-3579) e agende uma entrevista.