O Metalúrgico #706

03 de março de 2023

Índice:

-A Campanha Salarial começa daqui a pouco;
-Os óculos de assédio moral chamados de monitoramento de fadiga vão provocar mais acidentes;
-GIRO PELA ÁREA: No Ferroviário as condições de trabalho vão de mal a pior;
-E o banheiro do terminal rodoviário? Mais desrespeito contra os trabalhadores;
-Até os ônibus circulares estão todos sucateados;
-Zé Protesto;



A Campanha Salarial começa daqui a pouco

É mais um momento importante para ampliar a luta contra o arrocho salarial e defesa dos direitos


O mês de maio é o mês da nossa data-base na Usiminas, mas a luta em defesa dos direitos e contra o arrocho salarial deve ser todo dia, pois os patrões diariamente atacam nossos salários e direitos para aumentar ainda mais seus lucros.


Ainda no mês de março faremos a assembleia para aprovação da nossa pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2023 e, além de lutar pela reposição das perdas, por aumento salarial, nossa luta é pela manutenção e ampliação dos direitos no Acordo Coletivo de Trabalho.


A luta é em defesa dos direitos


Desde a reforma trabalhista de 2017, os patrões tentam retirar direitos que estão nas Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho, fazem isso porque a reforma acabou com a ultratividade, uma regra que impedia os patrões de mexerem em direitos que já estavam em Convenções Coletivas anteriores mesmo que não houvesse fechamento da Campanha Salarial do ano seguinte.


Esse é mais um exemplo de como é importante seguir exigindo do atual governo Lula que revogue a reforma trabalhista de 2017 e da Previdência de 2019 que tanto mal fizeram aos trabalhadores.


A luta é contra o arrocho salarial


Faz tempo que a direção da Usiminas impõe como reajuste salarial apenas as perdas medidas pelo INPC e dessa forma a cada ano os salários estão cada vez mais arrochados.


O INPC é um dos menores índices para medir nossas perdas, tudo o que temos que pagar tem reajustes muito maiores que o índice do INPC: comida, gás, aluguel, luz, água, combustível, IPTU, IPVA, tudo sobe muito mais que os nossos salários, então já faz muito tempo que o salário não chega ao final do mês.


O arrocho salarial imposto pela Usiminas é tão grande que tem trabalhador recebendo somente um pouco a mais do que o salário mínimo e recentemente trabalhadores que trabalham em equipamento especial receberam o abono do PIS, mais um exemplo de quanto o salário está arrochado.


Fique atento e participe da assembleia de aprovação da pauta de reivindicações que acontece ainda no mês de março


Entre as muitas reivindicações vamos fortalecer a luta por:

- Reposição das perdas e aumento salarial pra valer.

- Fim do banco de horas.

- Redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

- Estabilidade para os trabalhadores vítimas de acidente e doenças provocadas pelo trabalho.

- Aumento no valor do Vale-Alimentação.



Os óculos de assédio moral chamados de monitoramento de fadiga vão provocar mais acidentes

Os óculos de assédio moral que a Usiminas chama de óculos de monitoramento de fadiga que estão em teste na área do Pátio de Placas da Aciaria estão provocando mais condições de risco para os operadores de ponte-rolante.


Os trabalhadores relatam no caderno de registro que os óculos causam dor nas orelhas; o sensor que fica apoiado no nariz atrapalha a visualização das manobras com placas e o cabo dos óculos prendem no manete da ponte.


Essa conversa fiada da direção da Usiminas que está preocupada com a fadiga dos trabalhadores é para tentar esconder que quer perseguir o trabalhador em cada segundo da jornada de trabalho. E isso é crime.


A Usiminas, mais uma vez, impõe essa medida criminosa contra os trabalhadores.


Exigimos a retirada imediata de mais esse sistema de pressão que ataca a saúde mental e física dos trabalhadores.



GIRO PELA ÁREA: No Ferroviário as condições de trabalho vão de mal a pior

Basta ver a situação das locomotivas: cadeiras velhas e danificadas, ventiladores de enfeite que não dão conta refrescar nada e isso quando tem ventilador.


Além disso, depois da Usiminas cortar o contrato com a VIX para fazer a coleta de amostras agora quem faz o serviço são os trabalhadores do ferroviário, ou seja, é acúmulo de função e mais arrocho salarial. Seja pagando menos para os trabalhadores nas empresas terceirizadas, seja acumulando função para os trabalhadores efetivos na usina, a direção da empresa garante mais lucros para os acionistas às custas de mais exploração do conjunto dos trabalhadores.



E o banheiro do terminal rodoviário? Mais desrespeito contra os trabalhadores

A situação do banheiro do terminal rodoviário é um verdadeiro desrespeito com os trabalhadores. Faltam pedaços do forro, tem um pedaço da tubulação com vazamento que deixa o piso molhado e escorregadio, faltam tampas nos lixos, na válvula de descarga.



Até os ônibus circulares estão todos sucateados

A situação dos ônibus circulares é mais um exemplo do sucateamento que a Usiminas faz para piorar ainda mais as condições de trabalho. É só ver a situação das portas dos veículo, uma gambiarra escancarada com porta amarrada com corrente de plástico.



Zé Protesto

“Zé a G4S com o apoio da Usiminas está passando por cima de direitos e piorando as condições de trabalho: as contratações estão sendo feitas de forma irregular: contrata num dia e já demite no outro com o tal contrato por prazo determinado. E na portaria 1 nem bebedouro de água tem para os trabalhadores.”

- É isso que significa a terceirização mais ataque aos direitos e péssimas condições de trabalho, isso só muda na força da luta do conjunto dos trabalhadores.

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“Zé, você acredita que a tal GPS está se achando acima de tudo e todos? Disse que vai manter o calote no pagamento das horas extras do Natal e do Ano Novo.”

– Essa é mais uma terceirizada que lucra ainda mais com o calote nos trabalhadores. A direção da empresa disse que não adianta reclamar com o Sindicato porque entrou em desespero ao ver que sua tentativa de golpe foi desmascarada por nós. Se a GPS caloteira não pagar, vai ter que responder no Judiciário.

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