Em assembleia realizada no dia 16 de fevereiro, trabalhadores nas empresas metalúrgicas que têm data-base abril, aprovaram a pauta de reivindicações que agora será encaminhada para o sindicato patronal.
Vamos agora cobrar dos patrões um reajuste salarial que reponha as perdas salariais, um piso salarial justo, um salário decente, entre outros direitos.
As reivindicações são o mínimo para se trabalhar e viver decentemente.
A partir de agora os trabalhadores devem ter o compromisso de participar das negociações atendendo as chamadas do Sindicato.
A diretoria pede o empenho dos trabalhadores, ou seja, a campanha salarial só é feita com sucesso com a participação de todos e conscientização de que para garantir e conquistar direitos é preciso lutar organizado no Sindicato.
Veja abaixo alguns itens da pauta aprovada que será encaminhada para o sindicato patronal
- Reajuste salarial: INPC + 8% (oito) por cento de aumento real
- Piso salarial mínimo: R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais) p/ mês
- Vale Refeição: R$ 40,00 ( quarenta reais) p/ dia
- Vale Alimentação: R$ 1.200,00
- Piso profissional: Piso salarial mínimo + 100%
- Participação nos Lucros e Resultados (PLR): R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais) em duas parcelas, sendo que a primeira deve ser paga em setembro de 2023 e a segunda até março de 2024.
A Campanha Salarial não é brincadeira, é coisa muito séria. É a forma do trabalhador garantir seus direitos e ter suas reivindicações atendidas. Para isso, o trabalhador precisa participar das reuniões e assembleias chamadas pelo Sindicato para discutir os próximos passos da campanha. Assim como o patrão está sempre organizado no sindicato patronal, defendendo os direitos dele, o trabalhador precisa fazer sua parte: lutar!
Não adianta ficar reclamando da situação. É preciso agir. E é na Campanha Salarial o momento certo.
Erivaldo dos Santos, nosso companheiro metalúrgico na Baixada Santista(SP), entrou na COSIPA ainda na década de 1970. Depois da privatização continuou a trabalhar na Usiminas e foi perseguido pela direção da empresa enfrentando processo de demissão. Fez parte da direção do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista/SP desde a década de 1990 até 2019. Na direção do Sindicato sempre esteve junto àqueles que com muita firmeza retomaram esse instrumento para organização e luta da classe trabalhadora. Militante da Intersindical sempre esteve nas mobilizações e ações de nossa Organização para retomar e manter os Sindicatos na trincheira da luta contra os ataques dos patrões e dos governos.
Erivaldo há anos enfrentava o diabetes e em 2018 sofreu um AVC que o deixou ainda mais adoecido, mas seguia persistente combatendo a doença.
Na madrugada do dia 23/02, nosso companheiro faleceu, mas seguirá presente em nossa luta junto à classe trabalhadora. “Erivaldo presente, agora e sempre”.
Um homem que agrediu a mulher não teve flagrante na Delegacia. Volta para a casa e acaba o serviço. Resultado, mais um feminicídio.
Este é mais um triste retrato do descaso com a vida das mulheres. A despeito de hoje em dia a mulher ter alcançado muitos direitos, a luta ainda continua, visto que ainda sofrem com o preconceito, a desvalorização, o desrespeito e principalmente a violência doméstica. O que se vê a cada ano que passa é o aumento das mortes.
É inaceitável que continuemos com a mortandade. E não são os feminicídios apenas que aumentam ou se mantém em graus elevados: subiu o número de ocorrências de ameaças, lesões corporais, estupros e ameaças.
Estudos apontam que a falta de políticas publicas preventivas como informação, inclusão do tema da violência de gênero nos currículos escolares, campanhas educativas, e de atendimento às mulheres – centros de referência, casas-abrigo, e outras levam a que situações de violência persistam e levem mulheres à morte.
Outro fato importante é a falta de respeito à vida das mulheres quando um agressor é solto para voltar e matar a mulher, foragir, sair impune, porque não se qualificou o crime como tentativa de feminicídio, e quando da morte, de feminicídio.
Até quando vamos ter que expor a triste constatação de que feminicídio é uma tragédia evitável, mas é ao mesmo tempo a prova da falha do estado na proteção da vida das mulheres?
A indignação é geral. Elas exigem justiça. E preciso começar a parar de comemorar quando “duas” mulheres deixam de morrer como se fosse mérito. É necessário que se trabalhe pra que nenhuma morra. Nenhuma mulher pode ser morta por ser mulher.
Em 2006, foi sancionada a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006, conhecida popularmente como Lei Maria da Penha, que cria mecanismos de proteção à mulher contra a violência doméstica. O nome é uma homenagem à farmacêutica que sofreu violência do marido durante anos.
A lei é considerada um marco na história de luta das mulheres.
Nesses tempos de ataques ainda maiores dos patrões e dos governos à classe trabalhadora ficou muito mais claro ver a importância de ter um Sindicato que não abaixa a cabeça para patrão e para governos e organiza a luta nos locais de trabalho e nas ruas por melhores condições de trabalho, salários e direitos.
Por tudo isso é muito importante seguir ampliando a sindicalização, pois quanto mais sócios, o Sindicato tem mais força na luta dentro da fábrica e para seguirmos melhorando a estrutura de atendimento, como de lazer da categoria.
Se você ainda não é sócio, peça uma ficha de sindicalização quando houver distribuição de boletins ou vá até a sede e subsedes do Sindicato. Você também pode solicitar pelo WhatsZé Protesto: (13) 98216-0145
“Zé, tive que comprar um sapato para trabalhar aqui na oficina que trabalho, é certo isso?”
- Não, o sapato é considerado EPI e o patrão é obrigado a fornecer.
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“Zézinho, trabalho há dois meses numa serralheria e até agora o patrão não fichou a carteira, inclusive outros companheiros também. O que posso fazer?
- Faz o seguinte: liga lá no Sindicato (3226-3575),e informe o número da Carteira Profissional.
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“Zé, como faço pra saber se empresa está depositando meu FGTS?”
- Para consultar seu saldo do FGTS, você pode verificar pelo aplicativo do FGTS ou da Caixa, ou por ligação para o número 0800 726 0207.
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“Zé, como faço pra denunciar a oficina que trabalho porque o patrão não registra os trabalhadores?”
- É só informar o número do CNPJ da empresa que o Sindicato vai tomar as providências.
06 de março de 2023