Vamos fortalecer a luta contra o arrocho salarial e por mais direitos
Na semana passada, os metalúrgicos na Usiminas e Usiroll aprovaram a pauta de reivindicações da data-base de 2023. A grande participação dos trabalhadores nos turnos e também a participação no horário do Adm. mostra a indignação contra o arrocho salarial imposto pela Usiminas e suas outras empresas.
Os maiores acionistas do grupo Usiminas, como a empresa Ternium buscam adquirir mais ações da empresa e já anunciaram planos de mais investimento e competitividade, o que significa mais exploração contra os trabalhadores.
Os lucros da Usiminas não param de crescer, e enquanto os acionistas estão com os bolsos cheios, os trabalhadores sofrem com o arrocho salarial.
Mais de 90% dos trabalhadores aprovaram a pauta de reivindicação que já foi protocolada, mas só esperar pelas reuniões que discutiremos as nossas reivindicações não basta. É necessário participar das mobilizações organizadas pelo Sindicato.
- Reposição das perdas salariais mais 5% de aumento salarial.
- Vale-alimentação de R$ 900,00.
- Fim do desconto do transporte e da alimentação.
- Congelamento do reajuste no plano de saúde.
- Redução da jornada de trabalho, sem redução salarial e fim do banco de horas.
- Estabilidade até a aposentadoria para os trabalhadores que foram vítimas de doenças e acidentes de trabalho que tenham deixado sequela permanente.
Um trabalhador que está em tratamento de combate ao câncer foi demitido por justa causa pela Usiminas. E em menos de 24 horas após a demissão, o plano de saúde que é de fato comandado pela Usiminas, a Fundação São Francisco Xavier (FSFX) cortou o trabalhador do plano de saúde. O Sindicato já encaminhou documento para empresa exigindo o cancelamento dessa ação absurda praticada pela empresa e pelo plano.
31 de março não é dia de comemorar, é mais uma dia pra denunciar a ditadura financiada pelo capital que torturou e matou muitos que lutavam por direitos e liberdade
No dia 31 de março de 1964 um golpe militar financiado pelos patrões impôs um dos períodos mais sombrios no Brasil, com o objetivo de frear a luta do conjunto da classe trabalhadora.
A ditadura militar agiu para atender as demandas da burguesia reprimindo manifestações e greves, trabalhadores e estudantes foram perseguidos, torturados, expulsos do país e muitos foram assassinados pelas mãos da repressão armada do Estado.
Mais de mil Sindicatos sofreram intervenções, reuniões e todas as formas de organização da classe trabalhadora e da juventude foram reprimidas, o terror do Estado se impôs para que a burguesia pudesse intensificar a exploração contra os trabalhadores e piorar ainda mais as condições e vida e trabalho para o conjunto da população trabalhadora.
No final da década de 1970, a classe trabalhadora retoma seu movimento, greves e grandes manifestações de rua se espalham por todo país, os trabalhadores se organizam em Oposições sindicais e retomam os Sindicatos. As mobilizações denunciavam a carestia, as péssimas condições de trabalho, o arrocho salarial e exigiam o fim da ditadura.
A ditadura acabou, mas até hoje os responsáveis pelos crimes cometidos naquele período seguem impunes e para além da impunidade os diversos governos e os patrões tentam apagar a história de resistência e luta da classe trabalhadora.
Essa tentativa de apagar a história contribuiu para aprofundar a alienação que teve como consequência o que vivemos nos últimos anos no Brasil; ter na presidência do país de 2018 a 2022 um saudoso e defensor da ditatura militar que fez ressurgir do esgoto os covardes e hipócritas que odeiam a classe trabalhadora e suas Organizações, que vomitam em cada uma de suas práticas racismo, machismo, homofobia e preconceito e violência contra migrantes e imigrantes.
Ter derrotado o genocida governo de Bolsonaro foi um passo importante no enfrentamento contra esses hipócritas, mas só isso não basta.
É preciso seguir revelando a história que tentaram apagar e fortalecer a luta contra os ataques do Capital e de qualquer governo.
Exigir do governo Lula/PT a revogação de todas as medidas implementadas nos últimos anos pelos governos de Temer/MDB e Bolsonaro/PL que retiraram direitos da classe trabalhadora é parte da luta para consolidar as liberdades democráticas que duramente garantimos. Pois não há liberdade sem direitos.
“Olha aí Zé, depois da pressão do Sindicato a GPS teve que pagar o que devia de horas extras para os trabalhadores que trabalharam nos feriados do final do ano.”
- Viram como é na luta junto com o Sindicato que garantimos as nossas reivindicações? O Sindicato denunciou o calote que a GPS deu nos trabalhadores e pressionou para garantir o pagamento. Esse é um exemplo de que é na luta que garantimos nenhum direito a menos.
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“Zé, no Porto o particulado em suspensão de enxofre, grãos e farelo vindos do embarque e desembarque que ocorre no terminal da VLI, está expondo a saúde dos trabalhadores a riscos. O espelho d'água fica carregado dessas partículas poluindo o meio ambiente.”
– Isso é mais um exemplo do descaso da direção da usina com a saúde dos trabalhadores. Não faz muito tempo, a Usiminas foi acionada pelos órgãos de fiscalização de navegação devido ao risco de acidente graves, por falta de manutenção nos equipamentos e berços de atracação. Só depois da fiscalização resolveram dragar, mas de uma forma que vai agredir ainda mais o meio ambiente. É só na luta que vamos garantir proteção à saúde e melhores condições de trabalho.