A nossa pauta de reivindicações foi protocolada no dia 29 de março e a direção da Usiminas marcou a primeira reunião apenas para o dia 28 de abril
Companheiros/as
A pauta de reivindicação aprovada na assembleia realizada no dia 29 de março, foi protocolada no mesmo dia, mas a direção da usina só agendou reunião para discutir a pauta para o dia 28 de abril.
É mais uma forma da Usiminas tentar fugir do que deve aos trabalhadores, ou fica de reunião em reunião fazendo propostas absurdas, ou demora para marcar as reuniões e contra isso não tem outro caminho que não seja a nossa mobilização.
Os acionistas seguem fazendo festa com os lucros que não param de crescer fruto da exploração contra os trabalhadores, a crise segue no bolso do trabalhador que sofre com a carestia, pois tudo continua subindo muito mais do que os nossos salários.
Nessa Campanha Salarial, também vamos discutir a manutenção e ampliação dos direitos que devem estar no Acordo Coletivo de Trabalho por tudo isso não podemos ficar esperando pelas reuniões é preciso mostrar a disposição de ir à luta garantir o devido aumento salarial e o respeito aos direitos.
- Reposição das perdas salariais mais 5% de aumento salarial.
- Redução da jornada de trabalho, sem redução salarial e fim do banco de horas.
- Estabilidade até a aposentadoria para os trabalhadores que foram vítimas de doenças e acidentes de trabalho que tenham deixado sequela permanente.
- Vale-Alimentação de R$ 900,00.
- Fim do desconto do transporte e da alimentação.
- Congelamento do reajuste no plano de saúde.
Tudo o que temos desde o registro do emprego na Carteira de Trabalho, passando pelas férias, 13º salário, licença maternidade entres outros direitos são fruto de muita luta da classe trabalhadora. Na década de 1960, os patrões diziam que se o 13º salário virasse lei as empresas iriam embora do país. Mas, fruto da greve geral em 1963 garantimos o direito ao 13º.
A redução da jornada de trabalho não foi presente de nenhum deputado ou senador, ela foi aprovada durante a Constituinte de 1988 porque antes disso muitas greves aconteceram principalmente no setor metalúrgico para garantir a redução da jornada.
A cada dia os patrões aumentam os ataques contra os trabalhadores: terceirização que pioram as condições de trabalho, arrocho salarial, carestia e depois da reforma trabalhista tentam retirar os direitos que temos nas Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho.
Por tudo isso, a Campanha Salarial é um dos muitos momentos para fortalecermos a luta por nenhum direito a menos e para avançar nas conquistas.
É preciso enfrentar essa política criminosa e destruir a onda de alienação que se intensificou nos últimos anos
A cidade de São Paulo tem mais de 50 mil pessoas morando nas ruas porque não têm emprego, moradia.
Logo no início da pandemia em que o Capital se aproveitou da tragédia para eliminar empregos, direitos e arrochar ainda mais os salários, milhares de famílias foram morar nas ruas pois, sem nenhuma fonte de renda não conseguiram mais pagar aluguel.
São mulheres e homens trabalhadores, são jovens e crianças sem abrigo e alimentação digna.
Entra governo e sai governo tratam a questão da dependência química que atingem tantos jovens e adultos que vagam sobre as ruas do centro da cidade como um caso de polícia , quando na realidade é um caso de saúde pública.
Por anos trataram o que denominaram como “cracolândia”, como se fosse um ponto turístico do horror e agora com o falso e hipócrita discurso que estão combatendo o tráfico atacam principalmente os dependentes químicos como se fossem eles os criminosos. Enquanto isso, os traficantes seguem se aproveitando da tragédia.
As ações violentas da Guarda Municipal e da Polícia Militar realizadas nos últimos anos, as ações do governo municipal Ricardo Nunes/MDB no mês passado de destruir as barracas das pessoas em situação de rua, como as ações do governo do estado de Tarcísio de Freitas/Republicanos que investiu muito mais no armamento dos órgãos de repressão do que de fato em políticas públicas na área de saúde, assistência e emprego, mostram quais são as prioridades dos governos de plantão.
O período em que se intensificaram as ações de repressão contra as pessoas em situação de rua foram acompanhadas da ampliação de mega investimentos e projetos envolvendo grandes construtoras e seguradoras, ou seja, é o governo expulsando seres humanos que não têm para onde ir para entregar os espaços públicos para a especulação imobiliária.
É preciso parar de passar nas ruas e quase tropeçar sob seres humanos como se eles fossem um empecilho no meio do caminho, é preciso transformar a tristeza em ver crianças morando em barracas ou embaixo de viadutos em força para lutar contra as políticas dos governos que protegem os interesses do Capital atacando a vida dos trabalhadores e seus filhos.
É preciso romper a alienação que produz o individualismo e ocupar as ruas exigindo moradia digna, saúde, assistência, emprego e direitos.
“Zé, está cada dia mais difícil de trabalhar no transporte ferroviário, os supervisores estão assediando os trabalhadores e também quando alguém reclama que se sentiu ofendido é transferido de área.”
- Isso é a Usiminas, cada vez mais desrespeito contra a dignidade do trabalhador, os supervisores são chefetes lambe-botas que tocam terror para puxar o saco da direção da usina. Isso só vai mudar na força da nossa luta.
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“Zé, a Ormec/GPS está querendo implementar um tal de aplicativo para algumas atividades só que não vai garantir o pacote de internet para os trabalhadores, é mole? E tem mais: quando chove, a empresa está colocando os operadores de roçadeira para limpar banheiro, vestiário e fazer faxina em vários setores.”
- Veja o absurdo: a Ormec/GPS com o apoio da Usiminas aproveita o clima e quando chove impõe mais desvio e acúmulo de função, isso é mais um desrespeito contra os direitos e a dignidade dos trabalhadores. E contra isso é preciso a luta do conjunto dos trabalhadores.