É preciso se colocar em movimento para garantir aumento salarial, manutenção e ampliação de direitos
No dia 28 de abril aconteceu a primeira reunião com os representantes da Usiminas para discussão da nossa pauta de reivindicação e o Sindicato reafirmou a exigência de aumento salarial além do pagamento das perdas, aumento no vale alimentação, a manutenção e ampliação dos direitos no Acordo Coletivo de Trabalho.
Na reunião o Sindicato também cobrou providência urgente em relação ao plano de saúde que está descredenciando vários especialistas, também cobramos providências sobre vários problemas nos locais de trabalho, veja:
- A situação dos banheiros e vestiários que continuam imundos, sem nenhuma condição de higiene e nada de manutenção.
- A falta de médicos para atender no CSO, ou seja, não tem médico suficiente para atender as urgências que acontecem dentro da área.
- A perseguição feita pelo gerente de Porto que se acha acima de todos e está humilhando e assediando os trabalhadores na área, principalmente aqueles que trabalham nas empresas terceirizadas.
A direção da Usiminas divulgou no dia 20 de abril os lucros do 1º trimestre de 2023: o EBITDA foi de R$783 milhões, 35,2% a mais do que o registrado no 4º trimestre de 2022.
O lucro líquido foi de R$ 544 milhões e outro ponto que a direção da empresa comemorou é o caixa de R$ 5,8 bilhões. A produção de laminados nas usinas de Ipatinga e de Cubatão totalizou 971 mil toneladas, de janeiro a março de 2023, nesse período as vendas totais foram de 1 milhão de toneladas, 7,4% superior na comparação com o trimestre anterior (963 mil toneladas. A direção da empresa e seus acionistas fazem festa e divulgam também os investimentos bilionários na reforma de alto forno na usina Ipatinga, mas enquanto isso, os acidentes de trabalho disparam , vitimando cada vez mais trabalhadores.
Exemplo disso foi o que aconteceu na semana passada em que 5 trabalhadores ficaram feridos após acidente que aconteceu durante a atividade de limpeza do furo de gusa, no canal de corrida do alto forno em Ipatinga.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga junto com a Intersindical está denunciando mais esse acidente exigindo a responsabilização da Usiminas e condições seguras de trabalho ao conjunto dos trabalhadores.
A próxima reunião sobre a pauta de reivindicações deve acontecer nos próximos dias, mas só isso não adianta é preciso em cada área mostramos nossa indignação com tanto arrocho salarial e com as péssimas condições de trabalho que provocam mais acidente e adoecimento.
Essas são algumas das reivindicações que estão na nossa pauta:
- Reposição das perdas e aumento salarial.
- Redução da jornada de trabalho sem redução salarial. Fim do banco de horas.
- Garantia de estabilidade até aposentadoria para os trabalhadores vítimas de doença e acidente de trabalho que tenham deixado sequela permanente.
- Aumento do Vale-Alimentação.
- Congelamento do reajuste do plano de saúde, refeição e transporte.
No dia 1º de Maio desse ano, o Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista participou junto com a Intersindical do ato realizado na cidade de Campinas que contou com a participação de vários Sindicatos da nossa Organização e também dos movimentos sociais.
No ato realizado em Campinas denunciamos a farsa do ato organizado pela maioria das centrais sindicais como a CUT, CTB, Força Sindical , UGT entre outras que convidaram para seu evento deputados como Arthur Lira/PP, senadores como Rodrigo Pacheco/PSD que votaram a favor das reformas trabalhista e da Previdência. Convidaram também o atual governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicamos) que é um capacho do genocida ex-presidente Bolsonaro.
Na manifestação realizada em Campinas reforçamos a necessidade de ampliar a lutas nos locais de trabalho e nas ruas para exigir a revogação das reformas trabalhista e da previdência que tanto mal causaram os trabalhadores, também exigimos a revogação da reforma do ensino médio que só prejudicou alunos e professores.
Na área do carboquímico tem várias estruturas corroídas ao lado da única calçada que os trabalhadores usam para acessar as áreas.
É mais descaso da Usiminas, enquanto isso as chefias passam de carro pelo local e fecham os olhos para o risco de acidente grave contra os trabalhadores.
“Zé, a Ormec junto com GPS está obrigando quem está na função de roçador a fazer outras funções, como lavar banheiro, vestiário e tem mais: agora os trabalhadores têm que limpar tonéis de graxa, separar fios elétricos e madeiras no galpão do LTQ1. E ameaçam com advertência quem não vier para horas extras.”
- E tem mais: A Usiminas quer colocar o controlador de armazém da ORMEC , na pista C, para estocar placas, na madrugada, uma área com iluminação precária, sem banheiro e sem bebedouro. Isso é mais um exemplo do desrespeito com a segurança do trabalhador e contra isso é preciso lutar.
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“Zé, olha o absurdo: A G4S está obrigando os trabalhadores a trazer de casa produtos de limpeza para manter os banheiros limpos e ainda tiveram a cara de pau de dizer quem não trouxer vai sofrer advertência e demissão.”
- Isso é mais uma violência contra o trabalhador. São as empresas que têm que garantir todos os equipamentos e materiais para higienização de qualquer local de trabalho. O que G4S está fazendo é mais um assédio contra os trabalhadores e assédio é crime.
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“Zé, o plano de saúde da Usimec descredenciou vários hospitais e assim os trabalhadores quando precisam têm que buscar hospitais em São Vicente e Santos.”
- Isso é mais um exemplo do desrespeito contra a saúde dos trabalhadores; somos obrigados a trabalhar em péssimas condições de trabalho e na hora que precisamos de atendimento, cadê esse plano de saúde que só sabe cobrar cada vez mais e não atender como se deve? Contra mais esse desrespeito o caminho é a luta.
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“Zé, o problema do transporte para os trabalhadores que moram em São Paulo e na região do ABC continua, tiraram o ônibus e deixaram todos os trabalhadores espremidos numa van.”
- Isso só vai mudar se cada um e todos juntos exigirem da Usiminas um transporte decente.
05 de maio de 2023