O Sindicato vai dizer NÃO para essa proposta absurda
A direção da Usiminas como sempre tenta de tudo para impor mais arrocho salarial contra os trabalhadores, exemplo disso é que veio com a mesma conversa fiada dos anos anteriores dizendo que não tem condições de pagar o devido aumento salarial.
A direção da Usiminas vai tentar impor como reajuste salarial apenas as perdas medidas pelo INPC, o que é um absurdo, pois as perdas acumuladas são muito maiores do que é medido por esse índice. O Sindicato já vai dizer NÃO se a direção da empresa vier com essa proposta mais do que rebaixada.
Agora é hora de em cada área mostrarmos a nossa indignação contra o arrocho salarial imposto pela Usiminas que segue ampliando seus lucros às custas de mais exploração contra os trabalhadores.
A produção aumenta a cada dia: o plano de produção no LTQ 2 nesse mês é de 110 mil toneladas e os navios continuam chegando cheios de placas vindas da China da empresa Baostell e têm mais navios programados para chegar até julho.
Em entrevista ao Jornal “Brazil Journal” publicada no dia 12 de maio, o presidente da empresa, Alberto Ono falou que a Usiminas vai aumentar os preços do aço para as chamadas linhas comerciais como construção civil e nas montadoras os reajustes serão de seis em seis meses. Mais uma vez ele falou sobre o investimento bilionário na reforma do Alto Forno 3 de Ipatinga.
Enquanto o presidente da Usiminas comemora nas entrevistas os investimentos e lucros tenta esconder as péssimas condições de trabalho que têm levado a mais adoecimento e acidentes graves e o quanto os lucros aumentam achatando os salários dos trabalhadores.
Por tudo isso é preciso colocar a indignação em movimento, participe da mobilização organizada pelo Sindicato. Só reclamar sozinho não adianta nada é com a nossa união e na luta que vamos garantir as nossas reivindicações.
- AUMENTO SALARIAL PRA VALER.
- AUMENTO NO VALE ALIMENTAÇÃO.
- MANUTENÇÃO E AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS NO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO.
- CONGELAMENTO DO REAJUSTE DO PLANO DE SAÚDE, REFEIÇÃO E TRANSPORTE.
O efetivo de mulheres trabalhadoras na usina aumenta a cada dia, mas a direção da empresa não garante as mínimas condições de trabalho para elas.
Em várias áreas faltam banheiros e vestiários apropriados, um exemplo escancarado disso é no Pátio de Placas da Aciaria que não tem nenhum banheiro para as mulheres na área dos pátios 1, 2 e 3.
Já faz um ano que o Sindicato vem cobrando a instalação de banheiros e vestiários adequados para as trabalhadoras e a direção da Usiminas até agora não tomou nenhuma providência. Ou seja, da boca pra fora fala em respeito as mulheres, mas a verdade é que impõe às trabalhadoras piores condições de trabalho.
A gerência mantém reduzido o número de escarfadores no Pátio de placas da Aciaria e, além dessa função ser muito desgastante, piora porque tem dia que fica apenas 1 escarfador na esteira.
E tem mais: quando não tem material na esteira os trabalhadores que trabalham na escarfagem são colocados em tudo que é tipo de atividade, a consequência disso é exaustão, mais adoecimento e acidentes provocados pelas péssimas condições de trabalho.
O trabalhador vai para o exame clínico para receber o resultado dos exames, ser avaliado e ter o ASO liberado, mas o problema é que direção da usina manda o trabalhador para área exercer as atividades sem o ASO.
A desculpa esfarrapada é que falta parte dos exames e quando estiverem prontos, os trabalhadores serão chamados novamente. Isso é mais uma forma de colocar em risco a saúde dos trabalhadores. O Sindicato já cobrou providências imediatas para resolver mais esse problema provocado pelo descaso da Usiminas.
A direção da G4S entrega um mapa para os motoristas que trabalham dentro e fora da usina que está totalmente desatualizado. E quando os motoristas precisam utilizar esse mapa, eles acabam se perdendo nas áreas da usina.
Em tem mais: os motoristas são largados na usina e têm que se virar para achar os locais onde precisam carregar ou descarregar.
A entrada que dá acesso para as áreas do LA, LD e local 9 está uma calamidade, além de chover mais dentro do que fora, agora estão caindo peças das estruturas o que pode provocar mais acidentes.
E no vestiário do LTQ 2, os trabalhadores estão sendo obrigados a dividir espaço com barata e aranha. É inseto pra tudo que é lado.
Para enfrentar o descaso, o desrespeito da direção da Usiminas contra a saúde dos trabalhadores, é preciso fortalecer a mobilização em cada área exigindo melhores condições de trabalho.
“Zé, a Braziltec está proibindo os trabalhadores de tomar banho ao final da jornada, obriga cada um a ficar na área até o fechamento do ponto e aí não dá nem tempo pra lavar as mãos.”
– A Brasiltec junto com a Usiminas só se preocupa em sugar cada segundo da jornada do trabalhador para conseguir mais lucro, esse desrespeito só vai mudar com a força da nossa mobilização.
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“Zé, começou o inverno e o inferno para os trabalhadores no zero hora, porque a Usiminas e suas terceirizadas não fornecem casaco decente.”
- Tanto a Usiminas, a VIX, Ormec não fornecem casacos que segure o frio e aí são os trabalhadores que têm que se virar trazendo seus próprios agasalhos.
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“Zé, com a convivência da Usiminas, a empresa de transporte Piracicabana colocou uma van em operação com diversos problemas de manutenção colocando em risco a vida dos trabalhadores.”
- É mais um absurdo e um desrespeito contra os trabalhadores. O Sindicato já encaminhou documento exigindo a substituição da van e vamos seguir cobrando as devidas providências.
26 de maio de 2023