O Metalúrgico #714

Vão participar da assembleia os trabalhadores sindicalizados na Usiminas, demais empresas metalúrgicas e os aposentados metalúrgicos

Como já informamos nas assembleias com os aposentados do início desse ano e também nos Jornais que levamos para o conjunto da categoria, nesse ano faremos alterações no Estatuto do Sindicato que têm por objetivo ampliar a nossa organização e dessa forma fortalecer a luta.

Os pontos que serão alterados vão ser apresentados no Jornal do Sindicato com tempo suficiente para que os trabalhadores possam ter a informação necessária e a assembleia acontecerá em votação por urnas que estarão na sede e subsedes do Sindicato e nas portarias dos locais de trabalho.

Uma das principais mudanças será a forma de organização da direção do Sindicato, que se organizará de forma colegiada, o que na prática já vem acontecendo.

Na direção colegiada não existe os cargos de presidente, vice etc, mas sim uma forma em que todos da direção do Sindicato de forma igualitária têm tarefas a cumprir e assim se avança na organização e na luta do conjunto da categoria.

Os/as trabalhadores/as tanto na Usiminas, nas contratadas, empresas metalúrgicas da Baixada Santista e também os aposentados têm visto e reconhecido o trabalho coletivo da direção do Sindicato e da firmeza na defesa dos direitos e a alteração do Estatuto será mais um passo importante da nossa organização e luta.

Então fique atento aos Jornais do Sindicato e você que é sindicalizado participe também dessa importante assembleia que acontecerá no segundo.

Para além dos momentos de mobilização da Campanha Salarial a luta por direitos e melhores condições de trabalho é todos os dias. Luta para respeitar os direitos das Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho e por melhores condições de trabalho. Abaixo você vê algumas fotos das assembleias e paralisações feitas nas empresas metalúrgicas da região da Baixada Santista nos últimos meses.

No dia 20 de abril começou o julgamento sobre as ações judiciais exigindo a correção do índice do FGTS e mais uma vez o que se vê é a enrolação para pagar o que é devido ao trabalhador. O ministro do STF, Nunes Marques pediu vistas ao processo e dessa forma a votação foi suspensa e ainda não há nova data para julgamento.

Os primeiros votos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) definiram que o índice para reajustar o FGTS deve ser o que reajusta a poupança, mas não garante o pagamento das perdas já acumuladas.

E mais: o governo também entrou com recurso judicial através da AGU ( Advocacia Geral da União) pedindo a extinção da ação.

Ou seja, esse e mais um exemplo que só as ações judiciais ou esperar que o governo se mexa para pagar o que é devido aos trabalhadores não bastam, nossos direitos só chegam na pressão da nossa luta.

Estamos atentos acompanhando o processo sobre o FGTS e assim que houver novas informações vamos trazer para todos/as.

Importante lembrar que o Sindicato tem uma ação judicial coletiva, o que significa que todos os trabalhadores metalúrgicos da base estão representados nesse processo, não é preciso entrar com ação individual. Então não caia na conversa fiada de advogados particulares que tentam convencer o trabalhador de que é necessário entrar com outra ação judicial.

Os patrões lucram cada vez mais explorando a força de trabalho dos trabalhadores, quanto mais o patrão mais se enriquece, mais o trabalhador sofre com o arrocho salarial e as péssimas condições de trabalho que provocam acidentes, doenças e mortes.

Com a ampliação da terceirização e a imposição da reforma trabalhista de 2017, os acidentes e doenças aumentaram ainda mais, ou seja, a terceirização e as reformas não trouxeram mais empregos e melhores condições de trabalho, trouxeram mais desemprego, miséria, adoecimento e morte.

Essa situação não é diferente em nossa categoria; só na Usiminas já são mais de 50 mortes provocadas nos últimos 30 anos e nas demais empresas as condições de trabalho também provocam mais acidentes e adoecimento.

Para enfrentar isso é preciso fortalecer a nossa luta exigindo melhores condições de trabalho e respeito aos direitos.

Todo trabalhador que foi vítima de um acidente ou adoeceu por conta das condições de trabalho tem direito a ter o registro do que aconteceu através da emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e se ficou afastado por mais de 15 dias tem estabilidade de no mínimo 1 ano.

Fique atento e denuncie para o Sindicato os problemas que existem no seu local de trabalho, o sigilo da denúncia é garantido.

Na quinta-feira, dia 11 de maio, aconteceu mais uma reunião para discutir a pauta de reivindicações e novamente a direção da Usiminas foge de pagar o que deve aos trabalhadores. Não apresentou nenhuma resposta sobre o reajuste salarial e o aumento.

Em relação ao V.A. também cobramos sobre a antecipação e o prazo de 50 dias para que os trabalhadores recebam nova carga do V.A.

De novo cobramos sobre a situação do CSO e as péssimas condições de trabalho que seguem colocando os trabalhadores em risco.

Somente esperar pelas próximas reuniões não adianta, é preciso colocar a indignação contra o arrocho salarial e as péssimas condições de trabalho em movimento.