O Metalúrgico #717

Para garantir os direitos e aumento salarial pra valer é preciso participar

Em assembleia realizada no último dia 07, os trabalhadores nas metalúrgicas rejeitaram a proposta encaminhada pelos sindicatos patronais de aplicar apenas o índices para reajuste salarial sem o aumento real, inclusive para os benefícios como Vale Refeição, Vale Alimentação e a Participação nos Lucros e Resultados, a PLR. O resultado da assembleia foi encaminhado para os patrões e foram solicitadas novas rodadas de negociação.

Enquanto os sindicatos patronais Simees (5%) e Sindifupi (4,42%), algumas empresas aplicaram reajustes bem acima do oferecido pelos patrões nos acordos individuais, ou seja, fechados diretamente com o Sindicato. Os índices variam 6,61% até 9,6%.

QUEREMOS UMA PROPOSTA DECENTE

Compras de mês, água, luz, plano de saúde, combustível tudo sobe mais do que os nossos salários e assim a cada ano o arrocho aumenta e cada vez mais o salário cobre menos as contas que temos que pagar.

NOVAS NEGOCIAÇÕES

O Sindicato está convocando os trabalhadores nas empresas metalúrgicas, de funilaria e pintura e de produtos siderúrgicos abrangidos pelo Simees, Sindifupi e Sindisider respectivamente, para uma Assembleia Geral da Campanha Salarial que acontece no próximo dia 23/06 (sexta-feira), com primeira chamada às 18h30 e segunda às 19h. onde vamos avaliar a nova proposta apresentada pelos sindicatos patronais.

A assembleia será realizada no auditório do Sindicato, em Santos, situado na Av. Ana Costa, 55 na Vila Mathias.

ASSEMBLEIA GERAL

23 JUNHO SEXTA-FEIRA

1ª chamada: 18h30 - 2ª chamada: 19h

AV. ANA COSTA, 55 - VILA MATHIAS - SANTOS

PAUTA: APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA ENCAMNHADA PELOS SINDICATOS PATRONAIS

O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista comunica o falecimento do ex-diretor Josué Amador da Silva, aos 42 anos. Josué fez parte da diretoria do Sindicato na gestão de 2010 e participou de diversas mobilizações da categoria. Foi atuante também no setor de Cultura e de diversos cursos na entidade.

Formado em Engenharia de Produção, foi Técnico de Segurança da Fundacentro assumindo a chefia do órgão na região em 2014. Atualmente era diretor regional do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de São Paulo (Sintesp).

O companheiro faleceu na madrugada da última terça-feira, dia 06, em decorrência de uma pneumonia.

O Sindicato se solidariza com a família e amigos.

A Reforma Trabalhista proposta em 2017 no governo Michel Temer (MDB) e aprovada pelo Congresso Nacional, foi propagada aos quatro cantos por patrões e governos que seria a solução contra o desemprego e que os trabalhadores não perderiam direitos.

Mas a verdade é bem diferente. A verdade é que o trabalhador não apenas perdeu direitos conquistados com muita luta assim como também se viu diante de verdadeiras armadilhas com o objetivo de prejudicá-lo, inclusive com restrições na Justiça na busca de seus direitos.

Mais desemprego, trabalho precário tirando direitos dos trabalhadores, hoje muitos são admitidos com salário 30% à menos, ou seja, uma situação penosa para todos.

É triste lembrar também que o trabalhador caiu no “canto da sereia” anunciado pelo governo e patrões porque deixariam de pagar o imposto sindical, que resultou no enfraquecimento dos sindicatos, inclusive obrigando a realização de homologações de rescisões de contrato sem a participação e a conferência de direitos e deveres do patrão, medida das mais danosas para os trabalhadores.

Centenas de artigos da CLT que traziam benefícios viraram contra os trabalhadores e só beneficiaram os patrões.

Por isso a importância da participação de todos na principal trincheira de luta dos trabalhadores, ou seja, o Sindicato da sua categoria.

No dia 04 de junho, um homem negro de 32 anos foi preso por policiais militares na cidade de São Paulo acusado de furto. Além das algemas, o homem foi amarrado pelos pés e pelas mãos e levado para a Delegacia como se fosse um saco de lixo que os policiais carregavam.

As cenas que circularam dias depois desse ato criminoso, de extrema crueldade e de flagrante tortura é mais uma exemplo que escancara o racismo institucionalizado em que o braço armado do Estado é utilizado para atingir a dignidade e a vida de mulheres e homens negros.

O homem amarrado por cordas pelos policiais nesse 05 de junho, o jovem algemado e puxado por um PM numa moto por avenidas de São Paulo há dois anos atrás, remetem a dor, ao sofrimento, à violência que mulheres e homens negros escravizados foram vítimas no Brasil colonizado.

Os dois homens vítimas da repressão do braço armado rapidamente tiveram suas penas determinadas, já os policiais foram somente afastados para apuração “ se houve ou não abuso de autoridade “. No caso de 2021 o policial foi absolvido e no caso atual os policiais envolvidos foram somente afastados das atividades operacionais. Ou seja, mais uma vez a estruturas do Estado em movimento para punir a vítima e proteger seu algoz.

É na luta do conjunto dos/as trabalhadores/as que avançaremos na luta contra o racismo institucionalizado que ataca frontalmente negros e pobres, que é usado pelo capitalismo para impor mais opressão e exploração ao conjunto de nossa classe.

Ser sócio do Sindicato é um direito seu. É um passo muito importante para fortalecer a luta em defesa dos seus direitos e garantir suas conquistas. Se você ainda não é sócio, pegue a ficha de sindicalização com os diretores do Sindicato na distribuição do boletim ou vá até a sede ou subsedes do Sindicato. Você também pode solicitar pelos telefone 3226-3575 ou 98216-0145.

PARA GARANTIR OS DIREITOS, AUMENTO SALARIAL

PRA VALER, É PRECISO PARTICIPAR!