O Metalúrgico #716

13 de junho de 2023

Índice:

-A luta na campanha salarial também é pela manutenção e ampliação dos direitos no Acordo Coletivo de Trabalho;
-NOTA DE FALECIMENTO;
-Assédio contra trabalhador e proteção do assediador: essa é a prática da Usiminas;
-Mais problemas no Porto;
-No Pátio de placas mais problemas que colocam os trabalhadores em risco;
-Gambiarras pra tudo que é lado e mais riscos de acidente no LTF;
-Fruto da pressão do Sindicato, os trabalhadores que moram em São Paulo e na região do ABC conseguiram mudar o transporte;
-Zé Protesto;



A luta na campanha salarial também é pela manutenção e ampliação dos direitos no Acordo Coletivo de Trabalho

Para garantir os direitos e aumento salarial pra valer é preciso se colocar em movimento


Nas reuniões que aconteceram até agora para discutir a pauta de reivindicações da Campanha Salarial de 2023, o Sindicato pressionou os representantes da Usiminas para que respondam o quanto antes os pontos que dizem respeito a ampliação das cláusulas sociais no Acordo Coletivo entre eles estão:

- A redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

- O fim do banco de horas e o devido pagamento das horas extras.

- Estabilidade até a aposentadoria para os trabalhadores vítimas de doenças e acidentes provocados pelo trabalho que tenham deixado sequela permanente.


Durante essas reuniões também discutimos sobre vários problemas dentro das áreas que afetam diretamente os trabalhadores seja o atendimento no CSO, problemas nos vestiários e refeitórios. Ou seja, a cada dia aparecem mais situações que prejudicam o trabalhador e o Sindicato está denunciando e exigindo a solução.


Sobre o aumento salarial já dissemos que se a proposta novamente for só a perdas medidas pelo INPC isso não é proposta, isso é mais arrocho salarial.


Tudo continua aumentando mais do que os nossos salários: alimento, água, luz, plano de saúde, combustível tudo sempre sobe mais do que os nossos salários e assim a cada ano o arrocho aumenta e cada vez mais o salário cobre menos as contas que temos que pagar.


Exemplo disso são os reajustes do plano de saúde que tiveram aumento nos últimos nove anos de mais de 300% , enquanto o índice que mede as perdas salariais é muito, muito menor do que isso.


E o V.A.? A nossa pauta de reivindicação exige no mínimo um Vale-Alimentação de R$ 900,00. Fruto da pressão do Sindicato em várias empresas metalúrgicas já conseguimos o V.A. maior do que é pago hoje pela Usiminas. Veja:


- CTM Usinagem e Manutenção......................... VA: R$ 600,00

- Empresa Barbarense Jateamento.................... VA: R$ 470,00

- Pirajato Oeste.................................................... VA: R$ 470,00


PARA GARANTIR OS DIREITOS, AUMENTO SALARIAL PRA VALER E AUMENTO NO VALE-ALIMENTAÇÃO É PRECISO LUTAR


A discussão da pauta de reivindicação segue, mas só esperar pelas reuniões não basta, é importante sempre falar isso para que cada um e todos juntos com o Sindicato se coloquem em movimento para garantir o devido aumento salarial e o respeito aos direitos.



NOTA DE FALECIMENTO

O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista comunica o falecimento do ex-diretor Josué Amador da Silva, aos 42 anos. Josué fez parte da diretoria do Sindicato na gestão de 2010 e participou de diversas mobilizações da categoria. Foi atuante também no setor de Cultura e de diversos cursos na entidade.


Formado em Engenharia de Produção, foi Técnico de Segurança da Fundacentro assumindo a chefia do órgão na região em 2014. Atualmente era diretor regional do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de São Paulo (Sintesp).


O companheiro faleceu na madrugada da última terça-feira, dia 06, em decorrência de uma pneumonia.


O Sindicato se solidariza com a família e amigos.



Assédio contra trabalhador e proteção do assediador: essa é a prática da Usiminas

A direção da Usiminas a cada dia mostra que coloca os seus chefetes para assediar os trabalhadores.


O tal chefete conhecido como bruxo por onde passa toca o terror contra os trabalhadores. Dessa vez foi na área do Porto, esse chefete berrou e xingou uma trabalhadora numa empresa terceirizada.


O chefete que é compadre de um dos gerentes da usina continua liberado pela direção da usina para cometer assédio e as vítimas seguem sofrendo perseguição.


O Sindicato está atento e agindo para proteger as vítimas de assédio e se a direção da Usiminas não parar com isso, novamente vai ser denunciada pela prática criminosa de assédio feito pelas chefias e gerencias, uma prática que tem mais do que o consentimento da Usiminas.



Mais problemas no Porto

A direção da usina interditou a copa há mais de 2 meses e os trabalhadores da manutenção são obrigados a fazer o desjejum nas bancadas da oficina em meio a peças e ferramentas. Veja ao lado o absurdo.



No Pátio de placas mais problemas que colocam os trabalhadores em risco

A supervisão está obrigando os operadores a fazer as trocas de extintores das pontes-rolantes. Veja o absurdo que estão fazendo: obrigando os trabalhadores a subir e descer com os extintores nas costas.


E tem mais: já passa de um ano e até hoje o telhado do Pátio de placas não foi reformado e com isso chove mais dentro do que fora dos hangares e nos dias de vendavais é normal as telhas dos tapamentos ficarem soltas caindo nos pisos próximos aos locais de trânsito dos trabalhadores. É mais um exemplo do descaso da Usiminas com a segurança dos trabalhadores.




Gambiarras pra tudo que é lado e mais riscos de acidente no LTF

As goteiras no LTF e no Recozimento continuam. Na esteira entre o laminador e o recozimento, além de ter uma cabana móvel, os trabalhadores são obrigados a colocar coberturas de poliondas principalmente no momento de retirar as gambiarras feitas por ordem da Usiminas.


E a direção da usina colocou uma câmera apontada para esteira para vigiar se os trabalhadores estão fazendo o que ela determinou. Não resolve os problemas da goteira, obriga os trabalhadores a trabalhar nas gambiarras que ela esconde quando recebe fiscalização.



Fruto da pressão do Sindicato, os trabalhadores que moram em São Paulo e na região do ABC conseguiram mudar o transporte

A Usiminas tirou o ônibus que fazia esse trajeto e colocou uma Van para fazer a linha SP-04, com isso os trabalhadores tinham que se espremer no transporte antes e depois da jornada de trabalho. Depois de muita pressão do Sindicato, a Usiminas tirou a van e colocou um micro-ônibus para fazer o percurso dessa linha.




Zé Protesto

“Zé, os trabalhadores no turno A estão sendo revistados em todos os fins de semana, tanto na entrada quanto na saída. E ainda somos expostos ao constrangimento de ter quer tirar nossas coisas das bolsas e colocar numa bancada improvisada.”

- A direção do Sindicato já cobrou da Usiminas o fim de mais essa violência contra os trabalhadores do zero hora, mas além disso é preciso em cada área colocar a revolta contra o assédio em movimento.

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“Zé, nas últimas semanas o pessoal da segurança patrimonial entrou no vestiário da Laminação durante o período de rendição entre o turno A e B. Entraram, circularam no local e saíram sem dizer nada. Isso é assédio.”

-Viram o absurdo? Como não pode colocar câmera nos vestiários a Usiminas coloca a vigilância patrimonial para constranger os trabalhadores. Já cobramos a direção da empresa exigindo que pare com isso, se não parar vai ser denunciada mais uma vez por mais uma forma de assédio contra o trabalhador.

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“Zé, a Usimec é um desrespeito atrás do outro contra o trabalhador. Disseram que quem fosse para Ipatinga ia receber um V.A. de R$1080,00 , mas só pagou R$ 400,00.”

- Os trabalhadores se mobilizaram contra esse calote e a Usimec os mandou de volta pra Cubatão, mas o mais importante é seguirmos firmes na mobilização, pois é assim que enfrentamos os ataques dos patrões.

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“Zé, na Vix quando um trabalhador tem que ir ao médico, quem fica na empresa tem que acumular função, pois não tem operador de empilhadeira reserva, nem de máquinas pesadas e nem motoristas.”

- Isso é a Usiminas e suas terceirizadas, demitem e obrigam os trabalhadores a acumular função e isso só vai acabar no fortalecimento da nossa luta, do conjunto dos trabalhadores na Usiminas e nas terceirizadas.”

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