O Metalúrgico #718

22 de junho de 2023

Índice:

-Desrespeito e provocação contra quem produz o lucro da usina: é isso que foi a proposta apresentada pela Usiminas;
-Usiminas também piora as condições de trabalho dos trabalhadores no administrativo que estão no sistema de home office;
-No porto as condições de trabalho vão de mal a pior;
-Zé Protesto;



Desrespeito e provocação contra quem produz o lucro da usina: é isso que foi a proposta apresentada pela Usiminas

O Sindicato já rejeitou a proposta indecente da direção da empresa e o momento agora é de transformarmos a revolta contra o arrocho salarial em movimento


Na reunião que aconteceu no dia 15, os representantes da Usiminas apresentaram uma proposta que é na verdade um desrespeito contra os trabalhadores.


Veja a proposta indecente apresentada pela Usiminas:

- Reajuste de somente 3,83% (INPC) nos salários.

- Mesmo reajuste no Vale Alimentação, ou seja, a esmola de R$13,40.

- Mantém o banco de horas, mudando o período de validade para 4 meses.

- Congelamento da tabela de descontos de transporte e refeição.


O Sindicato já rejeitou na reunião essa proposta absurda da empresa e reafirmamos que, além de exigirmos o devido aumento salarial e no V.A., exigimos a inclusão de mais cláusulas no Acordo Coletivo de Trabalho.


A direção da usina mente ao dizer que vários itens da nossa pauta de reivindicação já estão no Acordo Coletivo, entre as reivindicações da nossa pauta estão:

- Estabilidade até a aposentadoria aos trabalhadores vítimas de doenças e acidentes de trabalho que tenham deixado sequela permanente.

- Redução da jornada de trabalho, sem redução salarial.

- Fim do banco de horas.

- Anuênio de 2%.

- Férias em dobro.


Durante a reunião, além de termos rejeitado a proposta da empresa, apresentamos uma contra proposta em relação ao reajuste salarial e no Vale Alimentação, destacando que isso é o mínimo que a empresa deveria pagar, pois são anos de arrocho salarial.

- Reajuste salarial: reposição das perdas mediadas pelo INPC (3, 83%) e mais 5% de aumento salarial.

- Vale alimentação de R$ 700,00.

- Reajuste do plano de saúde limitado ao INPC do período.


A próxima reunião para discutir a pauta de reivindicações de negociação deve acontecer nesta semana, mas só esperar não basta. É preciso juntar toda a indignação para aumentar nossa mobilização e pressionar a direção da Usiminas para pagar o que deve aos trabalhadores.


Então fique atento aos Jornais do Sindicato e participe da mobilização, pois é na luta que garantimos nossas reivindicações.



Usiminas também piora as condições de trabalho dos trabalhadores no administrativo que estão no sistema de home office

Não demorou para a máscara dessa forma de trabalho cair: o home office é mais uma forma de piorar as condições de trabalho e gerar mais adoecimento


No último 07 de junho, o RH Corporativo organizou um tal de bate-papo com os trabalhadores que estão no sistema Híbrido (home office e presencial), para tomar mais uma medida arbitrária contra os trabalhadores na Usiminas.


Nessa reunião feita de forma virtual, o diretor que se acha um iluminado, um “inovador” comunicou que vai alterar a forma do sistema híbrido de trabalho dos atuais 2 dias presenciais e 3 dias home office para 3 dias presenciais e 2 dias home office, suspendendo os VR (R$ 700,00) e o subsídio relacionado a ajuda de custo com internet e luz (R$ 120,00).


Ou seja, os trabalhadores quando estiverem trabalhando para Usiminas em casa terão que pagar para trabalhar, vão ter que pagar do próprio bolso os custos com internet, luz e alimentação.


Após o encerramento dessa reunião foi colocado um QR Code na tela para avaliação da apresentação e retirado em menos de 30 segundos. Fizeram isso porque viram a revolta dos trabalhadores com mais essa medida que ataca os direitos.


Enquanto corta alimentação de trabalhadores e o que deveria pagar em relação aos custos de luz e internet, o RH vai continuar com seu KPI generoso e seu carrão fornecido pela empresa e tendo todos os custos incluindo combustível cobertos pelo suor de todos os trabalhadores na Usiminas.


O que está acontecendo com os trabalhadores no setor administrativo que estão no sistema hibrido, mostra que o home office foi mais uma medida imposta pela reforma trabalhista para piorar as condições de trabalho dos trabalhadores que ficam reféns da empresa dentro e fora da fábrica.


Essa forma de trabalho também gera mais adoecimento físico e mental e para enfrentar isso é muito importante que os trabalhadores do setor administrativo se somem a luta do conjunto dos trabalhadores na usina.



No porto as condições de trabalho vão de mal a pior

Vários trabalhadores no porto estão sendo obrigados a responderem mensagens, telefonemas e às vezes até a acessar os sistemas da empresa fora da jornada de trabalho.


Não recebem um centavo por isso e estão sendo obrigados a trabalhar além da jornada de trabalho, essa é uma realidade no Porto e em várias outras áreas da usina.


O colete salva vidas no Porto está mais para colete ataca vidas: os coletes que a Usiminas entrega aos trabalhadores são verdadeiros hospedeiros de fungos e bactérias. Estão rasgados, sujos e com mal cheiro, é uma verdadeira condição de risco para saúde dos trabalhadores. (veja a imagem)


E tem mais: os trabalhadores nas empresas terceirizadas além das funções para que foram contratados estão sendo obrigados a arrancar mato e lavar vestiários.



Zé Protesto

“Zé, na GEOTECH BRASIL os trabalhadores nem V.A. tem e o plano de saúde é compartilhado, temos que pagar até agulha de injeção. Olha o absurdo.”

- Esse é mais um exemplo do desrespeito da Usiminas e das suas terceirizadas contra os trabalhadores e para enfrentar isso é preciso fortalecer a luta do conjunto dos trabalhadores o que são efetivos na usina e os que estão nas terceirizadas.

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“Zé, a TREINAR e a Usiminas procurando aumentar os lucros não estão fornecendo o treinamento de NR 35 (trabalho em altura) aos trabalhadores nesta terceirizada e agora eles não podem subir os extintores das pontes-rolantes.”

- Assim, a Usiminas obriga os operadores de PR a fazerem esta atividade sem ter nenhum treinamento e ficando expostos a mais riscos. Isso é mais um ataque da Usiminas e das terceirizadas contra os trabalhadores e para enfrentar isso o caminho é fortalecer a nossa luta.

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