CONTRA A PROVOCAÇÃO DE PATRÃO, NOSSA RESPOSTA É MOBILIZAÇÃO
Se a direção da usina não apresentar proposta de reajuste salarial e do Vale-Alimentação a próxima assembleia será para decidir pelo estado de greve
Na reunião que aconteceu na última sexta-feira, dia 21 de julho, os representantes da Usiminas vieram com mais desrespeito contra os trabalhadores: a direção da empresa se recusa a pagar reajuste salarial, quer pagar apenas as perdas acumuladas pelo INPC que são de apenas de 3,83%, ou seja, isso está longe, muito longe das perdas que tivemos nos últimos 12 meses.
E o aumento no Vale-Alimentação? Não dá para garantir nem o frango assado do domingo: a proposta da Usiminas nessa reunião aumentou apenas R$35,00, ou seja, apenas um V.A. de R$ 385,00 que está bem longe de garantir o básico de alimentação que precisamos colocar em casa.
A direção do Sindicato rejeitou durante a reunião mais essa proposta absurda da empresa que significa calote nos salários dos trabalhadores, porque pagar apenas 3,83% de reajuste salarial é simplesmente ignorar as perdas que os trabalhadores têm sofrido ao longo dos anos.
Nos últimos 4 anos a carestia voltou a fazer parte do duro dia a dia do trabalhador: os alimentos seguem cada vez mais caros, a cada ida no mercado compramos menos alimentos, por isso a reivindicação do V.A. tem sido incluída em várias Campanhas Salariais pelo país afora.
Agora é hora de fortalecer a luta para garantir as nossas reivindicações: só esperar por nova reunião não adianta, de agora em diante a mobilização vai se intensificar na portaria da usina e se não houver proposta de reajuste salarial e do V.A. pra valer, a próxima assembleia será para decidir sobre o estado de greve. Pois é só na luta que garantimos as nossas reivindicações
É no mínimo hipocrisia a tal campanha da Usiminas sobre a igualdade de gênero dentro da usina, pois na realidade o que existe é discriminação e desrespeito às trabalhadoras.
Em várias áreas não há banheiros para mulheres e vestiários adequados, então além da sobrecarga de trabalho ainda sofrem por falta de acesso ao básico: banheiro perto do local de trabalho durante a jornada.
Durante a Copa do Mundo masculina a direção da usina organizou horários e locais para assistir os jogos em que apenas uma parte dos trabalhadores conseguiu assistir aos jogos. E agora que está acontecendo a Copa do Mundo feminina, ao serem questionados sobre tempo para assistir os jogos o que falaram os representantes da Usiminas? Que não há nada programado para assistir os jogos.
Ou seja, a Usiminas, como todas as empresas tentam se apropriar da discussão sobre igualdade de gênero, para aprofundar a opressão contra as mulheres e a exploração do conjunto da classe trabalhadora que é formada por mulheres e homens.
Contra isso a nossa resposta deve ser a luta conjunta da nossa classe contra toda a forma de opressão e exploração.
“Resultado teve alta de 35% na comparação com os três meses anteriores; lucro líquido e vendas de aço também tiveram crescimento no período.” Matéria publicada em 20 de abril de 2023
“A Usiminas anunciou que seu conselho de administração aprovou a realização de investimentos para reparos na Coqueria 2 da Usina de Ipatinga, em Minas Gerais.”- Valor Investe de agosto de 2022
Já faz tempo que a direção da Usiminas impõe como reajuste salarial apenas as perdas medidas pelo INPC. Nesse ano quer impor um arrocho maior ainda ao tentar enfiar goela abaixo apenas 3,83% de reajuste.
Enquanto os patrões tentam dar calote no que devem, os trabalhadores veem cada vez mais o carrinho no mercado vazio, pois seja o arroz, o feijão, o leite, os legumes e verduras, tudo segue cada vez mais caro.
E o plano de saúde? A ANS (Agência Nacional de Saúde) divulgou no final de junho de 2023 a autorização de reajuste de 9,63%. É mole? É praticamente o triplo do que a Usiminas quer pagar de reajuste salarial.
VAMOS PRA CIMA PARA GARANTIR O DEVIDO PAGAMENTO DAS PERDAS, AUMENTO SALARIAL E OS DIREIITOS NO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO
Ser sindicalizado é um direito de todo trabalhador. Quantos mais trabalhadores sindicalizados mais forte será a luta por melhores condições de trabalho, aumento salarial e proteção aos direitos.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista enfrenta os ataques dos patrões e dos governos e está junto com a Intersindical organizando a luta por melhores condições de vida e trabalho, em defesa dos direitos, empregos e salários.
Então, se você ainda não é sócio procure um diretor na área da usina ou vá até a sede ou subsedes do Sindicato e faça a sua sindicalização.
Fique forte, fique sócio!
27 de julho de 2023