Paralisação organizada pelo Sindicato atrasou a produção e foi só o começo da mobilização
No dia 27 de julho, os trabalhadores na Usiminas e nas empresas terceirizadas juntos com o Sindicato realizaram protesto na entrada do turno B.
A paralisação foi só o começo da mobilização contra a enrolação e o desrespeito da Usiminas em relação a pauta de reivindicação da Campanha Salarial 2023 e contra as péssimas condições de trabalho e perseguições impostas pelas terceirizadas, como a demissão absurda de um trabalhador na Amoi.
Fruto da pressão organizada pelo Sindicato junto com os trabalhadores, a direção da Usiminas marcou uma nova reunião para essa sexta-feira, dia 04 de agosto, mas só reunião não adianta, é preciso ter proposta de aumento salarial e no V.A.
Nas próximas semanas mais atividades de mobilização irão acontecer e caso não tenha proposta pra valer sobre o aumento salarial e do Vale- Alimentação realizaremos assembleia para decidir sobre o estado de greve.
A mobilização do dia 27 realizada com o conjunto dos trabalhadores efetivos na Usiminas e dos trabalhadores nas terceirizadas é um exemplo muito importante de que só com união e luta que garantimos nossas reivindicações.
Esse é o caminho para avançarmos na luta por melhores salários, ampliação dos direitos e melhores condições de trabalho
- Reposição das perdas e aumento salarial pra valer
- Aumento no Vale-Alimentação
- Manutenção e ampliação dos direitos
- Melhores condições de trabalho
A Usiminas divulgou na sexta-feira, 28 de julho, os resultados do 2º trimestre de 2023. No período, o lucro líquido foi de R$ 287 milhões.
O presidente da empresa Marcelo Chara ao afirmar que a queda da margem reflete a condição produtiva atual da Usiminas porque está sendo realizada uma grande reforma no Alto-Forno 3 de Ipatinga, escancara que o lucro da usina se mantém.
Os acionistas seguem lucrando fruto da maior exploração contra os trabalhadores, exemplo disso é o investimento de bilhões na reforma do alto-forno.
Não tem nada de crise, o que tem são altos investimentos, sendo que no segundo trimestre o investimento foi de R$ 879 milhões, 51,4% superior ao primeiro trimestre (R$ 580 milhões).
As denúncias sobre as condições de uso e trabalho nos restaurantes aumentam a cada dia. Não faz muito tempo um acidente aconteceu com uma trabalhadora que tomou um choque no balcão de comida e outros irão acontecer por falta de manutenção e prevenção dos balcões e vários outros equipamentos na área dos restaurantes que são de responsabilidade da empresa Sapore e também da Usiminas.
No restaurante central as trabalhadoras estão tendo que lavar tudo nas mãos, porque a máquina está quebrada de novo. A sobrecarga de trabalho é enorme e as condições de trabalho são péssimas.
A Usiminas Mecânica não está fornecendo óculos de proteção com grau e dessa forma desrespeita a legislação ao não cumprir o que está na NR6, que que são Normas Regulamentadoras sobre segurança e proteção a saúde dos trabalhadores.
O Serviço de segurança do trabalho da Usiminas se faz de cego, mais uma prova que é negligente com a saúde dos trabalhadores.
No canal da Piaçaguera entre a Usiminas e VLi tem sido constante o vazamento de enxofre o que causa a contaminação do meio ambiente ao redor.
Devido ao descaso das empresas foram muitas as denúncias feitas pelos trabalhadores exigindo providências dos órgãos de fiscalização.
A CETESB notificou as empresas. Mas só isso não basta: é preciso exigir ações que protejam a saúde dos trabalhadores e preservem o meio ambiente.
Ser sindicalizado é um direito de todo trabalhador. Quantos mais trabalhadores sindicalizados mais forte será a luta por melhores condições de trabalho, aumento salarial e proteção aos direitos.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista enfrenta os ataques dos patrões e dos governos e está junto com a Intersindical organizando a luta por melhores condições de vida e trabalho, em defesa dos direitos, empregos e salários.
Então, se você ainda não é sócio procure um diretor na área da usina ou vá até a sede ou subsedes do Sindicato e faça a sua sindicalização.
“Zé, a GPS (antiga Ormec) no Porto da Usiminas obrigou os trabalhadores a trabalhar das 09 às 14:00 horas sem alimentação. Os supervisores lambe-botas da GPS e da Usiminas sabiam disso e não fizeram nada.”
– Certeza de que enquanto os trabalhadores passavam fome esses chefetes estavam de barriga cheia puxando o saco da direção da empresa. Não garantir a devida alimentação ao trabalhador é ilegal e desumano. Está mais do que na hora de dar um soco no estômago da Usiminas e suas empreiteiras repetindo muitas vezes a nossa parada do dia 27 de julho.
04 de agosto de 2023