Vamos dizer NÃO para a proposta indecente da Usiminas
Na próxima semana faremos assembleia para mostrar a indignação dos trabalhadores contra o desrespeito da direção da usina.
Além de manter a proposta de arrocho se recusando a pagar o devido aumento salarial, a Usiminas colocou seu vice-presidente industrial para assediar os trabalhadores: foi isso que fez o vice-presidente industrial da usina Américo Ferreira Neto, o mesmo que foi promovido para direção executiva da Usiminas logo após a carnificina que ajudou a provocar contra o emprego de mais de 4 mil trabalhadores em 2015.
As reuniões realizadas pela direção da usina que trouxe de Ipatinga (MG) o vice-presidente industrial para praticar assédio moral coletivo contra os trabalhadores, é mais uma demonstração da importância da nossa mobilização que atrasou a produção no dia 27 de julho.
A direção da empresa viu que a indignação contra tanto arrocho salarial começou a se transformar em movimento e o próximo passo agora é dizermos NÃO para a proposta da empresa apresentada na sexta-feira passada, que não garante nada de aumento salarial, veja:
- Reajuste de 3,83%, ou seja, apenas as perdas medidas pelo INPC. NADA DE AUMENTO SALARIAL.
- Vale-Alimentação de R$ 400,00.
A DIREÇÃO DA USIMINAS TEM A CARA DE PAU DE DIZER QUE O PLANO DE SAUDE NÃO TEM RELAÇÃO COM O ACORDO COLETIVO, MAS A CADA DATA-BASE DÁ UMA FACADA AUMENTANDO A MENSALIDADE DO PLANO MUITO MAIS DO QUE PAGA DE SALÁRIO.
Na quarta-feira dia 16 de agosto no turno do zero hora e no dia 17 de agosto no primeiro turno, administrativo e no turno das 15 horas acontece a assembleia para decidir sobre a proposta indecente apresentada pela Usiminas.
É o momento de rejeitarmos a proposta da empresa que segue ampliando seus lucros explorando ainda mais os trabalhadores.
Já faz tempo, como os próprios representantes da Usiminas afirmam, que os trabalhadores não recebem o devido aumento salarial, apenas as perdas medidas pelo INPC e com isso a única coisa que aumenta para o trabalhador é o arrocho salarial . A cada ano fica mais difícil pagar as contas, pois tudo que temos que pagar; alimento, plano de saúde, água, luz, aluguel, combustível tudo aumenta, menos os salários.
VOCÊ CONCORDA COM A PROPOSTA DA USIMINAS QUE NÃO GARANTE AUMENTO SALARIAL, APENAS 3,83% DE REAJUSTE E UM V.A. DE SOMENTE R$ 400,00?
( ) NÃO
( ) SIM
Lembrando que os direitos que estão no Acordo Coletivo de Trabalho só estão garantidos por conta da nossa luta, eles não são nenhuma concessão da empresa, são frutos da luta dos trabalhadores junto com o Sindicato.
O Sindicato está encaminhando mais uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho mostrando a prática da Usiminas contra os trabalhadores
Na semana passada em todos os turnos da Usiminas os trabalhadores sofreram assédio moral praticado pela direção da empresa que através do seu vice-presidente industrial usou de chantagem para tentar impor mais arrocho salarial.
Falou com os trabalhadores como se fossemos ignorantes que não sabem de nada, tentou inverter a realidade e a cada frase que falava mostrava o desespero dos acionistas para continuar impondo o arrocho salarial.
- Na reunião admitiram que sucatearam as áreas primárias para reorganizar seus negócios, isso significou mais de 4 mil demissões, feita a base de muita repressão. Nunca vamos nos esquecer do aparato policial na porta da usina para impedir a greve dos trabalhadores. O mesmo que veio fazer essa reunião de assédio contra os trabalhadores foi o responsável por chamar a Polícia que tinha mais de 100 homens a serviço da Usiminas durante a manifestação em 2015.
- Também admitiram que só fazem a demolição das áreas desativadas por conta da fiscalização, ou seja, não é preocupação com a segurança dos trabalhadores e sim com os negócios da Usiminas.
- Tentam transformar investimento em crise: na reunião a direção da empresa não conseguiu esconder que sejam as demissões realizadas em 2015/2016, as demissões durante a pandemia em 2020 faziam parte do projeto da Usiminas de ampliar seus lucros demitindo e arrochando mais os salários.
- Acúmulo de função, arrocho salarial, péssimas condições de trabalho: os representantes da Usiminas não conseguem esconder que o investimento no Alto Forno em Ipatinga (MG) é mais um exemplo que os lucros seguem crescendo, por isso o investimento. Enquanto isso os trabalhadores tanto em Ipatinga, como aqui sofrem com as péssimas condições de trabalho e o acúmulo de função.
O lucro líquido da Usiminas nos primeiros seis meses do ano totalizam 831 milhões. As vendas de aço no segundo trimestre estiveram dentro das projeções, 972 mil toneladas e a direção da empresa também afirma que a receita líquida da empresa está estável.
E o que falar dos dividendos distribuídos para os acionistas? Só nesse período foram R$ 644 milhões, enquanto para os trabalhadores é zero de aumento salarial.
O Sindicato já está encaminhando denúncia ao Ministério Público do Trabalho mostrando o assédio praticado pela Usiminas durante as reuniões da semana passada em que os trabalhadores foram coagidos e ameaçados com demissão.
Mas, para além da denúncia é na força da nossa luta que iremos combater o assédio, o arrocho salarial e o desrespeito aos direitos.
- Reposição das perdas e aumento salarial.
- Aumento no Vale- Alimentação.
- Manutenção e ampliação dos direitos.
10 de agosto de 2023