O Metalúrgico #734

21 de setembro de 2023

Índice:

-Na próxima sexta-feira, dia 22, tem mais uma reunião com a Usiminas para discutir nossa pauta de reivindicação;
-Greve dos trabalhadores na Solução Usiminas garante avanços;
-As tragédias no Rio Grande do Sul, em Marrocos e na Líbia não são apenas desastres naturais, são potencializadas pela ação do capital que agride o meio ambiente e o clima;
-VOCÊ SABIA QUE SER SINDICALIZADO É UM DIREITO DE TODO/A TRABALHADOR/A;
-Zé Protesto;



Na próxima sexta-feira, dia 22, tem mais uma reunião com a Usiminas para discutir nossa pauta de reivindicação

Só esperar pela reunião não adianta, vamos mostrar nossa indignação aumentando a mobilização dentro da Usiminas


A assembleia que rejeitou a proposta rebaixada da Usiminas aconteceu há mais de um mês e até agora a direção da empresa foge de pagar o que deve aos trabalhadores.


Na semana passada apresentaram uma proposta que foi mais uma afronta contra os trabalhadores e foi rejeitada pelo Sindicato já no mesmo dia. Amanhã tem uma nova reunião marcada pelos representantes da empresa e antes dela acontecer vamos mostrar ainda mais a nossa indignação.


Se os patrões não estão com pressa de pagar, nada de pressa de produzir: operação tartaruga neles


Os lucros dos patrões não param de crescer e são frutos do trabalho árduo feito pelo conjunto dos trabalhadores efetivos na Usiminas e contratados nas empresas terceirizadas.


A pressão por mais produção é constante, o ritmo de trabalho é intenso e durante o ano são muitas as chamadas para dobras e antecipações, ou seja, a direção da usina suga todo nossa força de trabalho e no momento da Campanha Salarial tenta dar calote ao não pagar o devido aumento salarial.


Se a direção da empresa não está com pressa de pagar é hora de colocar a indignação em movimento e um passo importante para isso é nossa mobilização dentro da usina, vamos começar uma operação tartaruga: cada um e todos juntos vamos baixar o ritmo da produção, vamos devagar no mesmo ritmo da demora da direção da empresa de pagar o que nos deve.



Greve dos trabalhadores na Solução Usiminas garante avanços

Os trabalhadores na Soluções Usiminas nas unidades de Guarulhos fizeram greve de três dias e conseguiram garantir o pagamento da PLR. Em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) foi decidido o pagamento da primeira parcela no mês de setembro no valor de R$ 1.600,00 e a segunda parcela para o mês de abril de 2024 no valor de R$ 800,00. Também foi garantido estabilidade de 90 dias e o abono dos dias parados.


Esse é mais um exemplo de que é só na luta que avançamos e que a greve é um instrumento muito importante para essa luta, pois é no silêncio das máquinas que os patrões escutam nossas reivindicações.



As tragédias no Rio Grande do Sul, em Marrocos e na Líbia não são apenas desastres naturais, são potencializadas pela ação do capital que agride o meio ambiente e o clima

No Rio Grande do Sul no início de setembro um ciclone extratropical provocou a morte de dezenas de pessoas, deixou milhares de desabrigados e devastou cidades inteiras do interior gaúcho.


Para além das fronteiras do Brasil, no Marrocos dias depois do ciclone que atingiu a região sul do Brasil, um terremoto matou milhares de pessoas, também devastou cidades inteiras.


No mesmo mês na Líbia chuvas torrenciais inundaram várias cidades, já são mais de 20 mil mortos, corpos são encontrados nas praias e enterrados em valas comuns, num total desrespeito às vítimas e suas famílias. Junto a isso outra ameaça que atinge a população é a cólera que pode se proliferar não só por conta da forma como estão sendo feitos os sepultamentos, mas pela falta de acesso a água potável e recursos básicos de higiene.


Não se pode separar os desastres naturais da crise climática que afeta o planeta há muito tempo e nem cair no discurso hipócrita que são necessárias apenas ações dos indivíduos de proteção ao meio ambiente, quando quem mais agride o meio ambiente são as grandes empresas, os capitalistas com o apoio de seus governos.


O uso de forma violenta dos recursos naturais para a produção de matéria prima, a emissão cada vez maior de poluição provocada pelas formas de produção impostas pelo Capital para obter suas mercadorias através da exploração da classe trabalhadora são os elementos que potencializam a crise climática que o mundo vive hoje.


Os governos a cada tragédia repetem as mesmas ações que na realidade são omissões ao não garantir moradias dignas em lugares seguros a classe trabalhadora, ao não investirem em políticas públicas que se antecipem aos desastres naturais.


Os governos seguem investindo em políticas de proteção aos interesses capitalistas, como a ampliação da produção sem proteção aos trabalhadores e ao meio ambiente, na expansão da especulação imobiliária que joga os pobres, os trabalhadores e suas famílias para os lugares de maior risco.


Além de cercar de solidariedade aqueles que sofrem com as consequências dessas tragédias é preciso fortalecer a luta contra esse sistema de exploração que quanto mais concentra riqueza, mais devasta vidas e o planeta.



VOCÊ SABIA QUE SER SINDICALIZADO É UM DIREITO DE TODO/A TRABALHADOR/A

Ser sócio do Sindicato é um direito de todo trabalhador, ser sindicalizado é uma atitude importante na defesa de seus direitos, pois quanto mais sindicalizados mais forte é nossa luta em cada local de trabalho.


O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista é um Sindicato que tem compromisso com os trabalhadores e luta contra os ataques dos patrões e de qualquer governo.


Aqui não tem rabo preso com patrões e governos, o Sindicato é mantido pelos trabalhadores e luta em defesa dos direitos, salários e melhores condições de trabalho.


Ninguém pode te impedir de ser sindicalizado, isso é um direito de cada trabalhador, então se você ainda não é sindicalizado procure os diretores do Sindicato na área ou ligue para o número (13) 3226-3575.


Fique forte, fique sócio.



Zé Protesto

“Zé, a situação dos telhados e das calhas e de toda a estrutura do galpão da Escarfagem vai de mal a pior. Quando chove é mais água dentro do que fora e que atinge também equipamentos elétricos e pontos rolantes, o que vai provocar mais acidente.”


- O Sindicato já fez várias denúncias, a direção da Usiminas sabe e não fez nenhuma reforma para garantir a segurança dos trabalhadores e com isso logo, logo vai provocar mais um grave acidente.

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“Zé, a situação dos ar-condicionados das cabines de controle e pontes-rolantes de toda a usina também continua de mal a pior. Não tem nem a manutenção preventiva para realizar a limpeza dos dutos de ar.”

Duto de ar da ponte-rolante

- Isso é mais um exemplo do sucateamento feito pela direção da Usiminas, que só está preocupada em aumentar seus lucros e não faz nenhum investimento em manutenção e segurança, é só gambiarra espalhada por todas as áreas.

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