No dia 12 de agosto, Eloah da Silva dos Santos, de 5 anos morreu baleada enquanto brincava no quarto de sua casa, na Ilha do Governador/RJ.
A bala que atingiu o peito de Eloah veio da polícia. Uma semana antes, no dia 07 de agosto mais uma bala perdida da Polícia, que de perdida nada tem, matou um garoto de 13 anos, Thiago Flausino na comunidade Cidade de Deus também no Rio de Janeiro.
Trabalhadores e seus filhos jovens e crianças seguem sendo assassinados e o alvo preferencial da bala atinge principalmente nossa classe pela sua cor.
No litoral sul de São Paulo, na cidade do Guarujá a ação promovida pelo braço armado do Estado, aterroriza a população trabalhadora, atingindo principalmente a juventude negra e os mais pobres.
São muitas as denúncias que chegaram à Ouvidoria da Polícia Militar e à Comissão de Direitos Humanos que relatam o terror que invadiu as comunidades da periferia do Guarujá, há relatos de tortura, o medo se espalhou entre mulheres e homens trabalhadores, crianças e idosos que temem sair de casa correndo o risco de serem assassinados.
Somando as mortes pela polícia da Bahia, sob o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) e as mortes pela Polícia Militar de São Paulo sob o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) cria de Bolsonaro, que durante seu governo fez questão de mostrar o quanto é racista, machista e homofóbico, são mais de 40 mortes .
Maria Bernadete Pacífico, líder quilombola foi assassinada na noite do dia 17 de agosto. O crime é mais um exemplo do racismo num país em que a estrutura do Estado segue operando para manter a impunidade e banalizar a vida de mulheres e homens negros, que banaliza a vida dos que lutam.
Bernadete era uma liderança quilombola e teve o filho mais novo arrancado de seus braços, Flavio Gabriel Pacífico dos Santos de 36 anos também foi assassinado em 2017.
Seu filho também era uma liderança quilombola e o crime continua até hoje impune.
Bernadete foi executada na frente de seus netos, um deles filho de Flavio Gabriel, Bernadete já havia denunciado que tanto ela como outras lideranças quilombolas estavam sendo ameaçadas por grupos ligado à especulação imobiliária.
A Bahia há tempos é governada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), o governo federal de Lula recriou o Ministério dos Direitos Humanos e criou o Ministério da Igualdade Racial, mas até agora nenhuma medida de fato foi feita no sentido de criminalizar e punir os crimes de racismo e os crimes que matam mulheres e homens que dedicam a vida à luta por direitos, terra, moradia.
É preciso combater tanto as ações dos governos de plantão nas cidades e estados que coloca a Polícia para matar como também exigir do governo federal de Lula/PT medidas concretas de combate ao racismo e a violência policial, pois até agora não apresentou nenhuma ação prática para punir os assassinos.
Para enfrentar a matança e a impunidade , a luta é do conjunto da classe trabalhadora