Hoje, mais do que nunca, os trabalhadores precisam estar organizados e mobilizados contra os ataques aos direitos que vem por aí

28/09/16

Desde o governo FHC (PSDB), os trabalhadores sofrem ataques dos patrões contra seus direitos e, na última década, nos governos do PT não foi diferente: baixaram a cabeça para os patrões e mantiveram as investidas contra a classe trabalhadora, beneficiando o Capital com o aumento dos lucros.

Agora, depois do “impeachment”, o governo golpista de Temer (PMDB), apoiado pelos patrões, afronta mais uma vez os trabalhadores propondo acabar com direitos que foram conquistados há muito tempo e com muita luta.

Você é novo para aposentar, mas velho para o mercado
De início, o governo propõe uma reforma na Previdência, aumentando a idade para a aposentadoria para 65 anos, tanto para homens como para mulheres, inclusive no serviço público. Os trabalhadores com menos de 50 anos de idade, deverão trabalhar até os 65 anos. Já quem tem mais de 50 anos, terá de pagar um pedágio (trabalhar mais) para conseguir a aposentadoria.

Num país, assolado por uma crise política sem precedentes que trava a economia e impede seu desenvolvimento, será quase impossível, o trabalhador com mais idade conquistar uma vaga de emprego e assim, não conseguirá se aposentar.

Patrões atacam trabalhador e até a Constituição
Na proposta do governo Temer (PMDB), está a redução dos salários, o aumento da jornada de trabalho, além do 13º salário, férias, FGTS, tudo pago proporcionalmente a jornada trabalhada, contrariando até a Constituição que em seu Artigo 7º, proíbe tudo isso.

Nas negociações dos acordos e convenções coletivas, a proposta do governo é de que o negociado passará por cima das leis, ou seja, o patrão vai pressionar para reduzir salários, retirar direitos e, se os trabalhadores não tiverem um sindicato de luta, correm o risco de não conseguir nem no judiciário o direito que lhe foi retirado.

O perigo da Terceirização
Outro absurdo que já está tramitando no Congresso Nacional, em Brasília (DF) é o projeto de lei dos patrões que trata da terceirização geral, inclusive das atividades afins, ou seja, a precarização da força de trabalho, um prenúncio de mais exploração e demissões (e depois contratar com salários mais baixos), mais doenças e mortes no trabalho.

Eleições: todo cuidado é pouco
A tal reforma que o governo irá enviar para a Câmara dos Deputados, deve ser discutida depois das próximas eleições, ou seja, o governo receia que a proposta desgaste os candidatos em campanha eleitoral. E, depois de enganar a população trabalhadora com mentiras, como a de que não vão retirar direitos, retornam, junto com os patrões, aos ataques contra a classe trabalhadora.

Sindicato é a trincheira de luta contra os ataques aos direitos
Os direitos que a classe trabalhadora tem hoje, e que agora governo e patrões querem arrancar, foram conquistados há muito tempo e com muita luta, prisões e mortes. Nada foi concessão do Estado ou “caiu do céu”. Governos e patrões vão intensificar os ataques contra os direitos. Por isso, é necessário estar organizado e mobilizado na única trincheira de luta dos trabalhadores que é o sindicato. Participe!

+ artigos